As Famílias Gomes Nascimento e Branquinho na Comarca do Rio das Mortes
O Alféres Luís Gonzaga Branquinho é filho de José Joaquim Gomes Branquinho. Seu pai foi fazendeiro no Distrito da Boa Vista, município de Lavras do Funil - MG (hoje Lavras). Luís Gonzaga Branquinho aparece no município de Sapucaí, Minas Gerais na Fazenda da Serra. Ele casou-se com Ana Cândida Meireles, filha do Cap. João de Souza Meireles e Mariana Garcia Duarte Meireles (cf. fls. 182 - Família Reis).
Em um texto dos Anais do XVII Encontro Regional de História, ano de 2004, Campanha foi citada como a mais antiga cidade do Sul de Minas, como outras cidades mineiras, surgiu em decorrência das descobertas auríferas. As minas do Rio Verde, descoberta pelos paulistas em 1720, tiveram pouca divulgação até 1737, quando uma expedição militar sob comando do Ouvidor da Vila de São João del-Rei, Cipriano José da Rocha, encontrou um arraial com “muito boas casas”, “um povoado com praças e ruas em boa ordem”, que seria então denominado de Arraial de São Cipriano. Mais tarde essa denominação foi mudada para Arraial de Santo Antônio da Campanha do Rio Verde. Com o crescimento e prosperidade do arraial, foi criada a Freguesia pelo Bispado do Rio de Janeiro em 1741, com o nome de Freguesia de Santo Antônio do Vale da Piedade da Campanha do Rio Verde. A jurisdição municipal, com legislação edil em um círculo de aproximadamente três mil léguas era composto por: Lavras do Funil, Baependi, Pouso Alto, Santa Ana do Sapucaí, Camanducaia, Ouro Fino, Itajubá, Cabo Verde, Jacuí, Carrancas e Aiuruoca. Até 1833, juntamente com duas outras vilas, Aiuruoca e Baependi, a Campanha pertenceu à Comarca do Rio das Mortes. No começo do século XIX verifica-se um crescimento demográfico expressivo na Comarca do Rio das Mortes, sendo as vilas de São João del-Rei, Barbacena e Campanha os principais centros urbanos.
Apparecida Gomes do Nascimento Tomazelli, após traçar algumas considerações em sua obra As Famílias de Nossas Famílias diz que, há quem afirme que o apelido Branquinho teria surgido das características físicas dos mesmos, que eram altos, esguios, muito brancos, e de olhos azuis, características essas que, no entanto, poderiam ser herança flamenga ou gaulesa, ou simplesmente do norte de Portugal.
A autora é descendente dos GOMES DO NASCIMENTO através de Antônio Gomes Nascimento c.c Maria Teresa de Jesus em 30.8.1838, na Capela de São Tomé das Letras, filial da matriz de Carrancas à época.
Maria Teresa era filha de José Francisco do Nascimento e de Francisca Inácia de Jesus, sua mulher. José Francisco e Francisca Inácia casaram-se na Igreja de Monteserrat de Baependi, Minas Gerais, aos 13.9.1814 (cf. fls. 215 da referida obra). Francisca Inácia era filha legítima de José Maria do Espírito Santo e de sua mulher Ana Francisca da Silva, os quais, por sua vez, se casaram na Matriz de Lavras em 4.8.1786 (pg. 90 do Livro competente); ela era neta paterna de João Rodrigues de Souza e de sua mulher, Ana Margarida de Jesus, neta materna de Francisco Carvalho da Fonseca e de Antônia Maria Duarte. Diz a autora, às fls. 216:
Do estudo cuidadoso de nossas pesquisas, acabamos de concluir (conclusão não comprovada), Antônia Maria Duarte e Ana Margarida de Jesus seriam irmãs de João Garcia Duarte, portanto filhos legítimos de outro João Garcia Duarte e de Antônia da Boa Nova, e netos paternos de Francisco Rodrigues e de Francisca Garcia, naturais da Freguesia de Nossa Senhora das Angústias da Ilha do Faial, nos Açores.
Foram tios paternos de Francisca Inácia de Jesus entre outros, João Rodrigues Duarte c.c Ana Bernardina de Jesus ou de Moraes (cf. fls.179/180/181 Genealogia da Família Terra), filha legítima de Manuel Francisco Terra e de Ana Vitória de Jesus, sua mulher, na Matriz de Lavras em 18.11.1788. Maria Teresa, (cf. fls. 218), segundo afirmava nosso pai, que era seu neto, pertencia à Família dos BRANQUINHOS.
Antônio Gomes do Nascimento esteve sempre relacionado com os Branquinhos:
... foi testemunha do processo de justificação de casamento de José Joaquim Gomes Branquinho (II) com Maria Luísa Branquinho (I); teve como testemunha e seu próprio casamento o Alf. Antônio Joaquim Álvares, e de seu filho Gabriel (o primeiro), José Porcídio Branquinho e sua mulher Leopoldina de Lara e Silva. Bastante idoso e viúvo, José Porcídio contraiu novas núpcias com Regina Gomes Nascimento, viúva de Izael Gomes e filha de Antônio.
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