A casa símbolo de modernidade
Segundo o que consta na genealogia publicada por José Ovídio Reis: Família Reis - Domingos dos Reis Silva, o patriarca seus descendentes, Eliza Costa Reis, Nascida na cidade de Carmo da Cachoeira, Minas Gerais é a 4ª filha de Antonio Justiniano dos Reis, fazendeiro, Fazenda da Serra, no mesmo município (cf. fls. 56).
Eliza casou-se em primeiras núpcias aos 29 de abril de 1899 com seu tio Gabriel Justiniano dos Reis, e em segunda núpcias com o médico Dr. João Octaviano da Veiga Lima. Foram pais de Paulo Reis da Veiga Lima e João Reis da Veiga Lima.
O Doutor João Octaviano da Veiga Lima contraiu segundas núpcias com Alexandrina (Dona Neta), o casal teve vários filhos: Octaviano; Joaquim (pai da Drª. Elenita); Beto; Jaques; Clara; Alcione; e Alessandro (Leco).
Os nomes do Dr. Veiga Lima e de Dona Alexandrina estão vinculados à Fazenda Couro do Cervo e a residência na cidade a rua Barão de Lavras, hoje, rua Dr. Veiga Lima, centro, Carmo da Cachoeira, Minas Gerais.
A Agenda 21 LOCAL - edição julho - 2006, assim se referiu ao casal:
Nosso EXEMPLO DE VIDA começa sobre um cavalo carregando duas pessoas, uma doente na frente, e um senhor atrás, conduzindo o animal, disposto a salvar mais uma vida. Chove muito e já é noite. Ao chegar em sua casa, incentivado por sua mulher, Dona Neta, ele leva aquela pessoa para dentro, onde outros dez filhos vão compartilhar com um doente o seu alimento, suas roupas, o carinho da família. Lá, sem recurso e sem a expectativa de qualquer recompensa ou reconhecimento, o Dr. Veiga acomoda mais um paciente dentre centenas, talvez milhares de outros cuja vida ou cujo nascimento passou por suas milagrosas mãos. Dona Neta, acostumada a doar todo mantimento, toda roupa que pudesse agasalhar alguém tenta desenvolver um teatro amador no velho cinema de Carmo da Cachoeira, a fim de recolher fundos e iniciar a construção de um Hospital, e, a cada dia ela repetia: Deus proverá! A fé daquelas duas almas, a esperança, a alegria, o otimismo, como se tudo tivesse jeito, o amor às pessoas e a vida foram a principal herança e o principal legado. Com mais de 55 anos de serviço, recebendo um cacho de bananas, uma sacola com verduras como pagamento, já cansado, ele chama sua companheira e diz: Saí com minhas malas e perdi o ônibus por que estava cheio. Tive que esperar. Sei que vou para outro plano e que lá não existe pobreza.
Em 1972 o Dr. Veiga encontra lugar naquele ônibus que vai levá-lo, para o alto, para junto do Pai, sabendo que deixou na terra inúmeros exemplos de compaixão e solidariedade, um verdadeiro e genuíno EXEMPLO DE VIDA.
Com o mesmo desprendimento, a casa, que já se encontrava construída quando serviu de morada à família, se deixou partir, em maio de 2007.
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