A Fábrica da Matriz de N. Srª. do Carmo regulariza patrimônio
Padre Bento Ferreira Villa Nova foi proprietário da importante sesmaria de três léguas no Deserto Dourado no século XVIII. Construiu nela a Capela de São Bento, dando-lhe como patrimônio parte dessas terras que iam até o Rio do Peixe. O restante da sesmaria ficou constituindo a Fazenda Campo Bello. No entanto, o patrimônio da capela, sem uma demarcação em forma, pois a escritura da doação desaparecera e foi, pouco a pouco invadida pelos proprietários vizinhos.
Os católicos cachoeirenses, por intermédio da fábrica da Matriz de Nossa Senhora do Carmo, iniciaram a demarcação judicial do patrimônio de São Bento. Atuou como advogado Dr. José Marcondes de Andrade Figueira, sendo a disputa travada com Gabriel Fachardo da Costa Junqueira e outros.
Este pleito durou anos e a sentença desse memorável pleito foi lavrada pelo Dr. Francisco Carneiro Ribeiro da Luz, então, Juiz de Direito da Comarca dando como direito e justo ganho de causa a Matriz de Nossa Senhora do Carmo. Foi durante o mandato do Revmo. Padre João Pina do Amaral (1º.1.1916 a 4.8.1920) vigário da freguesia do Carmo da Cachoeira que teve início o processo de regularização do patrimônio de São Bento Abade.
Diz o Prof. Arlindo Cruz: “É a alma do progresso do novo povoado o Revmo. Padre João Pina do Amaral, vigário da freguesia que não descansa, estimulando as iniciativas dos moradores, servindo também de intermediário com os chefes políticos do distrito quando se trata de implementar melhoramentos do povoado”.
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