Capela de São Domingos
Fregueses dessa capela no final século final do século XVIII:
"Pereira da Silva"; "Gouvêa"; "Pereira de Gouveia"; "Reis"; "Pereira da Costa"; "Alves da Assunção"; "Martins da Luz"; "Ferreira Bravo"; "Ferreira da Silva"; "Branquinho"; "Ferreira Nascimento"; "Rodrigues Nascimento"; "Souza Melo"; "Pereira do Lago"; "Ribeiro Araújo"; "Ferreira Martins"; "Coelho Pain"; "Terra"; "Vieira de Moraes"; "Rates"; "Bueno da Silva"; "Manço"; "Ribeiro de Rezende"; "Rodrigues Nascimento"; "Xavier"; "Pinto de Miranda"; "Oliveira Simões"; "Gonçalves Chaves"; "Dias de Gouveia"; entre outros.
Padre Iansen Vieira Franco em sua obra publicada pela PACO EDITORIAL - História da Igreja no Sul de Minas nos lembra que, com a divulgação da notícia do aparecimento do ouro nas Gerais, milhares de pessoas se enveredavam por esses caminhos para tentarem a sorte. Diz ele: entre os forasteiros que se aventuraram no Brasil, contavam-se muitos cristãos novos (judeus e árabes) e ciganos. Todos fugiam das perseguições religiosas e da miséria que grassava o Reino. Anima-os também a certeza de serem menos perseguidos nos sertões brasileiros.
Tivemos também oportunidade de consultar documentos durante a busca que fazíamos em torno de Manoel Antonio Rates.
No Arquivo Histórico Ultramarino, em caixa catalogada como Brasil / Minas Gerais, caixa 70, doc. 27, folhas 2, há um que nos dá a conhecer os valores cobrados para se atravessar uma ponte sobre o rio das Mortes.
Trata-se de uma representação que, em 21 de julho de 1756, os vereadores da Câmara de São João del Rey dirigiam a dom José I. A comunicação nos conscientiza de quais eram as preocupações dos habitantes, na Comarca Rio das Mortes.
Nessa comarca é que nas últimas décadas do século XVIII morava, na região a família do tão buscado Manoel Antonio Rates. Seria ele procedente de ciganos, conforme nos aponta a Joelma Rates?
Tomei conhecimento da representação da Câmara, entre outras coisas, o seguinte: (...) na travessia de uma ponte sobre o rio das Mortes, entre São João del Rey e São José (hoje Tiradentes), cobrava-se exorbitante "tributo de cento e sessenta réis cada pessoa", e trezentos e vinte réis cada cavalo ou besta muar".
Pelos relatos de antigos moradores, chegou-nos o conhecimento que que o prédio antigo da Fazenda da Barra mantinha em sua arquitetura um cômodo utilizado para recebimentos. Havia, inclusive, espécie de um guichê.
O documento consultado suplicava providências para o estado de decadência e ruína que se encontrava as Minas.
Nosso intuito ao fazer esse breve relato histórico foi o de situar o difícil momento vivido pela família RATES nesse sertão que, segundo o professor Wanderley Rezende, foi chamado, "o DESERTO DESNUDO".
Foi na capela de São Domingos da Barra, em 19.7.1812 que foi batizado EUSÉBIO, filho de Clemente Vieira de Moraes c.c. Maria Antonia Rates, liv. 03 fl. 240 da referida capela, distrito de Carmo da Cachoeira, catalogada sob n°. 942, conforme nos informa José Aleixo Garcia de Carvalho em correspondência recebida em 7 de julho de 2021. Nossa gratidão a esse tão querido amigo de caminhada nas trilhas documentais em busca de nossas origens.
Aproveitamos esse espaço para divulgar a obra do sociólogo, professor, empresário e empreendedor José Aleixo Garcia de Carvalho. Ele é o autor do livro "Nossa História - um estudo genealógico IGUATAMENSE".
Ao lançar a obra confessa o desejo de "imprimir um livro totalmente embasado no livro Iguatama, do doutor Djalma Garcia Campos.
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