O espaço onde funciona hoje a Comunidade São Pedro de Rates no município de Carmo da Cachoeira em Minas Gerais foi, nos primórdios de nossa história, denominado Sítio Cachoeira de propriedade da família Rates.
A Comunidade faz parte da Paróquia Nossa Senhora do Carmo da Diocese da Campanha. Como no início da história de cada povo está a busca pela dignidade e pela liberdade, assim se deu também na ocupação e formação deste núcleo populacional.
Uma história de solidariedade e luta empreendida pela família destemida sem medo de enfrentar os desafios apresentados nos idos anos do século XVIII. Fixou moradia junto a um caminho alternativo e pouco movimentado do vasto sertão inexplorado e referenciado pelo professor Wanderley Ferreira de Rezende como deserto desnudo — além de destemidos eram arrojados e especialmente despojados, tendo doado as terras que possuíam para que o espaço fosse povoado.
Aos pés do Morro do Bom Sucesso (hoje, Morro do Cruzeiro em terras da Família Vilela) uma casa singular e acolhedora, a da família Rates. O ribeirão do Carmo, com suas águas límpidas e extensa várzea, servia de refrigério para as boiadas exaustas que desciam o morro.
Condutores e animais extasiados e fatigados pelo percurso sentiam-se acolhidos entre os da família solidária dos “Rates”. Não importava a ela o porque os caminhantes optaram pela picada clandestina que, para alguns, era mais um “descaminho” aberto no imenso sertão.
O princípio que unia a família moradora e os que ela acolhia era o da solidariedade. Um agir na consciência de uma partilha em tempos de luta, na adversidade imposta pelo momento histórico dos idos anos de 1770.
A família Rates tentando sobreviver nesse ponto de um caminho pouco vigiado e solitário mantinha-se ou pelo menos tentava viver, na sua fragilidade, a consciência da dignidade presente em suas origens.
Essa família não abre mão de ser protagonista de sua história. Sabe-se ser parte de um povo que circunstancialmente está oprimido e só, mas que com fé buscava colaborar para um novo recomeço — uma era de liberdade e prosperidade.
Manoel Antonio Rates e Maria da Costa Moraes viveram e formaram seus filhos dentro dos princípios cristãos. Eram fregueses da Paróquia mais próxima, a de Carrancas. Sabiam eles de suas capacidades para agir e carregavam a bandeira da esperança.
Poderíamos até inferir quantas vezes a família reunida questionava, diante da adversidade do momento, sua vulnerabilidade e o quanto seus planos, o de estar em terras do novo descoberto Brasil estavam alicerçados em bases sólidas. Teriam acertado ao buscar a fortuna e a fartura nesse longínquo ponto recém-descoberto?
A realidade de um dia-a-dia de luta e sofrimento vivenciados numa terra de “muito pasto e pouco rasto" poderia ter acrescentado a esta, muitas outras reflexões profundas, como por exemplo, da importância da ajuda mútua pregada por seus ancestrais e o de quanto o serviço prestado aos passantes desta “picada” seria uma forma de buscar uma interação para enfrentamento ao poder estabelecido. Ou por outra, poderia ter emergido uma pergunta. Será que o objetivo da vida, em última instância, é o lucro e/ou o poder.
Acreditar em si mesmo, acreditar na família e na importância de seus valores, quer sejam eles ideológicos e/ou religiosos é a mensagem deixada pelos nossos primeiros moradores. Viviam unidos na rusticidade de um espaço a ser construído e transformado. Era uma ação de conjunto — um espaço a ser protegido e sobretudo um espaço de interação em torno do qual se pudesse prestar atenção ao sofrimento presente às suas voltas.
Em tempo de crises, tribulações e purificação nossa alma, portadora de valores imateriais deve manifestar os valores que nortearam a vida dos nossos antepassados, Ou seja, visualizar, com o olhar amoroso, o sofrimento que está à nossa volta. Revelar, através de nossas ações, algum tipo de ajuda. Lutar pela vida, desde a concepção até a morte natural, colocar-se em defesa da dignidade humana, no amor à liberdade, até onde as fronteiras divinas permitem na preocupação com a justiça e a Criação e na manifestação do amor à família.
Nosso padroeiro, São Pedro de Rates, aderiu ao cristianismo por conversão. Foi no ano 44 d. C. quando o apóstolo São Tiago (chamado de Tiago Maior) o batizou. Foi decaptado durante a celebração da Santa Missa. O mártir São Pedro de Rates embalado pela expectativa messiânica foi configurado a Nosso Senhor Jesus Cristo na esperança posta no futuro a de se criar um reino perfeito onde a bondade do Bom Pastor abarca os confins da terra.
Assim foram “os Rates” entre nós. Vivendo o aspecto mais positivo da utopia nos apontou para que vivêssemos outra realidade e que era possível de ser vivida.
A Comunidade faz parte da Paróquia Nossa Senhora do Carmo da Diocese da Campanha. Como no início da história de cada povo está a busca pela dignidade e pela liberdade, assim se deu também na ocupação e formação deste núcleo populacional.
Uma história de solidariedade e luta empreendida pela família destemida sem medo de enfrentar os desafios apresentados nos idos anos do século XVIII. Fixou moradia junto a um caminho alternativo e pouco movimentado do vasto sertão inexplorado e referenciado pelo professor Wanderley Ferreira de Rezende como deserto desnudo — além de destemidos eram arrojados e especialmente despojados, tendo doado as terras que possuíam para que o espaço fosse povoado.
Aos pés do Morro do Bom Sucesso (hoje, Morro do Cruzeiro em terras da Família Vilela) uma casa singular e acolhedora, a da família Rates. O ribeirão do Carmo, com suas águas límpidas e extensa várzea, servia de refrigério para as boiadas exaustas que desciam o morro.
Condutores e animais extasiados e fatigados pelo percurso sentiam-se acolhidos entre os da família solidária dos “Rates”. Não importava a ela o porque os caminhantes optaram pela picada clandestina que, para alguns, era mais um “descaminho” aberto no imenso sertão.
O princípio que unia a família moradora e os que ela acolhia era o da solidariedade. Um agir na consciência de uma partilha em tempos de luta, na adversidade imposta pelo momento histórico dos idos anos de 1770.
A família Rates tentando sobreviver nesse ponto de um caminho pouco vigiado e solitário mantinha-se ou pelo menos tentava viver, na sua fragilidade, a consciência da dignidade presente em suas origens.
Essa família não abre mão de ser protagonista de sua história. Sabe-se ser parte de um povo que circunstancialmente está oprimido e só, mas que com fé buscava colaborar para um novo recomeço — uma era de liberdade e prosperidade.
Manoel Antonio Rates e Maria da Costa Moraes viveram e formaram seus filhos dentro dos princípios cristãos. Eram fregueses da Paróquia mais próxima, a de Carrancas. Sabiam eles de suas capacidades para agir e carregavam a bandeira da esperança.
Poderíamos até inferir quantas vezes a família reunida questionava, diante da adversidade do momento, sua vulnerabilidade e o quanto seus planos, o de estar em terras do novo descoberto Brasil estavam alicerçados em bases sólidas. Teriam acertado ao buscar a fortuna e a fartura nesse longínquo ponto recém-descoberto?
A realidade de um dia-a-dia de luta e sofrimento vivenciados numa terra de “muito pasto e pouco rasto" poderia ter acrescentado a esta, muitas outras reflexões profundas, como por exemplo, da importância da ajuda mútua pregada por seus ancestrais e o de quanto o serviço prestado aos passantes desta “picada” seria uma forma de buscar uma interação para enfrentamento ao poder estabelecido. Ou por outra, poderia ter emergido uma pergunta. Será que o objetivo da vida, em última instância, é o lucro e/ou o poder.
Acreditar em si mesmo, acreditar na família e na importância de seus valores, quer sejam eles ideológicos e/ou religiosos é a mensagem deixada pelos nossos primeiros moradores. Viviam unidos na rusticidade de um espaço a ser construído e transformado. Era uma ação de conjunto — um espaço a ser protegido e sobretudo um espaço de interação em torno do qual se pudesse prestar atenção ao sofrimento presente às suas voltas.
Em tempo de crises, tribulações e purificação nossa alma, portadora de valores imateriais deve manifestar os valores que nortearam a vida dos nossos antepassados, Ou seja, visualizar, com o olhar amoroso, o sofrimento que está à nossa volta. Revelar, através de nossas ações, algum tipo de ajuda. Lutar pela vida, desde a concepção até a morte natural, colocar-se em defesa da dignidade humana, no amor à liberdade, até onde as fronteiras divinas permitem na preocupação com a justiça e a Criação e na manifestação do amor à família.
Nosso padroeiro, São Pedro de Rates, aderiu ao cristianismo por conversão. Foi no ano 44 d. C. quando o apóstolo São Tiago (chamado de Tiago Maior) o batizou. Foi decaptado durante a celebração da Santa Missa. O mártir São Pedro de Rates embalado pela expectativa messiânica foi configurado a Nosso Senhor Jesus Cristo na esperança posta no futuro a de se criar um reino perfeito onde a bondade do Bom Pastor abarca os confins da terra.
Assim foram “os Rates” entre nós. Vivendo o aspecto mais positivo da utopia nos apontou para que vivêssemos outra realidade e que era possível de ser vivida.
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