Celebração na Igreja Matriz e na “igreja doméstica”, na Comunidade de São Pedro de Rates em Carmo da Cachoeira em Minas Gerais
Templos não são os muros, mas as pessoas. Em época do isolamento social certas leis ficam suspensas por uma necessidade maior. Em 2021 é a preservação de vidas humanas.A casa transformou-se em A CASA DA IGREJA, como nos moldes antigos da Igreja primitiva. Tivemos oportunidade de observar, na procissão de Corpus Christi, as casas decoradas com motivos religiosos e seus respectivos altares. No trajeto de passagem de Nosso Senhor Jesus Cristo Sacramentado moradores expuseram os santos de sua devoção e aos quais apelam em momentos de dor e sofrimento.
Hoje, 24 de junho, A CASA DA IGREJA de São João Batista manifestava todo o seu fulgor. Decretos Municipais nos restringe. Nada de encontros. O bem maior a ser preservado é a vida – a nossa e dos demais.
O silêncio, no entanto, faz-se ouvir. A voz do silêncio toca o coração dos transeuntes. Neste ano, os aspectos típicos da festa de João Batista, ou seja, cantos, danças folclóricas, fogueiras e quadrilhas, foguetes, procissões e marcos foram substituídos pelas sensíveis emanações advindas das figuras do Cordeiro e de seu precursor, João, que significa “Deus tem piedade”.
Ele, João, apresentou oficialmente Cristo ao povo como Messias com estas palavras: “Eis o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Mt 3,11).
A CASA DA IGREJA de São João Batista foi de propriedade de JOÃO RITA – João Moreira Naves, casado com Dona Maria Umbelina Naves. Foi este casal a implantar a devoção e hoje com muita devoção sua filha, a Moreira – Aparecida Moreira Naves da Silva e seu esposo, José Arimatéia da Silva que, juntamente com seus filhos: Antônio, Íris, Carpegiani e Massig levam adiante a devoção, mobilizando toda a comunidade. Diz Arimatéia: “a lenha já está empilhada. Assim que passe a pandemia, vamos pular a fogueira”.
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