Mulatos, negros africanos e criolos em finais do século XVII e meados do século XVIII
Os idos anos de 1995 e o posterior 2008 nos presenteou com duas obras, resultadas de pesquisas históricas de autoria de Tarcísio José Martins:
- Quilombo do Campo Grande, a história de Minas, roubada do povo
- Quilombo do Campo Grande, a história de Minas que se devolve ao povo
Na duas obras, vimo-nos inseridos como “Quilombo do Gondu com 80 casas”, e somos informados de que “não consta do mapa do capitão Antônio Francisco França a indicação (roteiro) de que este quilombo de Carmo da Cachoeira tenha sido atacado em 1760”. A localização do referido quilombo, ou seja, à latitude 21° 27’ Sul e longitude 45° 23’ 25” Oeste era um espaço periférico. Diz o prof. Wanderley Ferreira de Rezende:
“Sabemos que as terras localizadas mais ou menos a noroeste do DESERTO DOURADO e onde se encontra situado o município de Carmo da Cachoeira eram conhecidas pelo nome de DESERTO DESNUDO”.No entanto, antecipando essa determinação, já localizamos sesmarias sendo conhecidas na freguesia de Carrancas, a que nossas terras eram ligadas. São elas:
- 1734: carta de Antonio Gomes de Carvalho, capitão-mór do Caminho de Minas, pedindo que os roceiros fizessem a demarcação de suas sesmarias, já que ocupavam indevidamente as terras devolutas;
- 1746: concessão de sesmaria ao Pe. José Bento Ferreira, meia légua perto das terras de Diogo Bueno da Fonseca;
- 1749: Pe. Bento Ferreira Vila Nova requereu quatro sesmarias no lugar chamado “Deserto Dourado”, suas terras abrangiam extensa área;
- 1750: carta de sesmaria em nome de Domingos Leytão Coelho no rio Couro do Cervo; e
- 1751: em nome de Mathias Gonçalves Moinhos, capitão-mor Paragem do Sertão do Cervo, entre outras.
No DESERTO DESNUDO, junto ao ribeirão do Carmo, fixa residência a família de Manoel Antonio Rates e Maria da Costa Moraes.
Consta do inventário de 1785 do Capitão Domingos Reis e Silva que teve como inventariante Andressa Dias de Carvalho o seguinte, ao referir-se aos bens do casal:
“Declarou ele inventariante haver outra fazenda composta de vários campos de matas virgens e capoeiras e sem casas de vivenda sita na Freguesia de Santa Ana de Lavras do Funil que parte de uma banda com a fazenda do Alferes José Joaquim Gomes Branquinho e de outra com Manoel Gonçalves Chaves, com a viúva e herdeiros de Simão da Silva Teixeira e com Antônio Furtado e de outra com Manoel Antonio Rattes e Manoel Ferreira Guimarães que foi vista e avaliada pelos ditos avaliadores na quantia de um conto e duzentos réis… 1:200$000”.A família Rates já se encontrava em terras brasileiras:
- Manoel Antonio Rates, aqui no sertão do Rio da Mortes ou também chamado Campo Grande, cuja comarca era em São João del Rey;
- Pedro de Rates Henequim, um português filho de holandeses que estava em terras indeterminadas, mas que morreu em Lisboa, em 26 de janeiro de 1744; e
- Manoel Rodrigues Rates e Antonio André Rates que em 1745 trabalhavam como artesãos em acabamento na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição do Mato Dentro.
Fazendo uma revisão em nossa história a partir das obras do ilustre pesquisador Tarcísio José Martins, ousamos perguntar:
(nascido +- 1735)
Qual seu perfil ideológico?
Para que vivia ou para quem vivia?
A quem servia?
Seria um colaborador? De quem?
O que impulsionava este personagem?
Poder, ambição ou um ideal nobre ou vil?
Para que vivia ou para quem vivia?
A quem servia?
Seria um colaborador? De quem?
O que impulsionava este personagem?
Poder, ambição ou um ideal nobre ou vil?
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