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JMJ: Mais que um evento, uma resposta de Deus para nós

"Ide e fazei discípulos entre todas as nações" (Mt 28,19)

Com o fim da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Brasileira é positivo compreender este mistério que reuniu inúmeros jovens, ao longo da história. A JMJ foi iniciada pelo Papa, hoje Beato, João Paulo II a fim de aproximar os jovens do Cristo que se faz presente na Palavra e na Eucaristia e que necessita ser vivido nos atos e na missão, ou seja, estes mesmos cristãos devem agir “corpo a corpo”, uns para com os outros, com a Evangelização e Partilha da Fé.

As primeiras Jornadas Mundiais da Juventude foram celebradas a nível Diocesano, em Roma, nos anos de 1984 e 1986. Um ano depois, em pleno Domingo de Ramos, o mesmo evento ocorreu em Buenos Aires, com mais de um milhão de jovens.

Em 1989, a tão conhecida “terra dos peregrinos”, Santiago de Compostela (Espanha), recebeu a juventude com um planejamento mais definido da JMJ, dividido em três partes: Catequese, Vigília de Oração e a Eucaristia dos jovens no mundo.

Sucessiva à Santiago, veio Chestokowa (Polônia), um santuário mariano de peregrinações muito intensas. Esta foi a primeira JMJ, historicamente falando, após a Queda do Muro de Berlim.

Logo, os norte americanos de Denver receberam a Jornada, em 1993, sendo um desafio por ser uma grande metrópole estadunidense e não um santuário católico. Em 1995, Manila (Filipinas) vivenciou o carisma juvenil da JMJ, com o maior número de participantes, chegando à quatro milhões de pessoas.

À seguir, Paris foi a próxima cidade a receber esta juventude, no ano de 1997, sendo acrescentada a Via Crucis e as visitas à Dioceses francesas. Em pleno ano 2000, Roma mais uma vez recebeu o evento, agora muito mais grandioso acerca de mais de dois milhões de jovens vivendo um momento especial em torno do ano Jubileu.

Toronto (Canadá) foi a última Jornada Mundial da Juventude realizada por João Paulo II, em 2002. No ano de 2005, em Koln (Colônia), um novo sucessor de Pedro dava continuidade à proposta de Karol Wojtyla: Bento XVI.

Identificando-se com a proposta de Evangelização deixada por João Paulo II, Bento XVI prosseguiu com a JMJ pela segunda vez, no ano de 2008, em Sydney (Austrália), onde apenas 20% da população é católica.

2011 foi a vez de Madri com o tema “Arraigados e edificados em Cristo, firmes na fé” (Colossenses 2,7). Neste mesmo evento foi entregue aos brasileiros a Cruz Peregrina e o Ícone de Maria para ser percorrido no país que seria o próximo local da Jornada.

De norte a Sul, estes símbolos percorreram o Brasil até Julho de 2013 com o início da JMJ, no Rio de Janeiro. Antes de ir à Copacabana, o terceiro Papa a participar da Jornada Mundial, Jorge Mario Bergoglio, ou simplesmente Francisco, foi à Aparecida celebrar um grande momento mariano, prometendo um possível retorno ao Brasil, no “tri” centenário da aparição de Nossa Senhora, no Rio Paraíba.

Com alguns problemas no Campo da Fé relacionados à chuva, todo o planejamento da Jornada foi transferido para a Praia de Copacabana onde aproximadamente três milhões de católicos presenciaram a grandeza da fé cristã através de música, oração, vigília, via sacra e o ‘ápice da vida cristã’ que é a Eucaristia. Papa Francisco também visitou alguns lugares, como o Morro da Varginha, no Rio, pedindo ao povo que rezasse por ele.

Com certeza a humildade do papa argentino em resposta aos peregrinos que estavam dispostos a fazer desta visita papal um lindo momento, valeu a pena e ficará para a história e em muitos corações.

Que não só estes participantes, mas todos nós possamos dar continuidade à missão de Jesus tão pedida por Francisco nestes dias em território brasileiro e que possamos ter sempre em mente: “Vocês não estão sozinhos, a Igreja está com vocês, o Papa está com vocês!” (Papa Francisco)  

André Lucas de Carvalho

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