Ovídio Reis, fazendeiro, Fazenda Pedra Branca, Município de Três Pontas - Minas Gerais, nascido na cidade de Três Pontas - Minas Gerais, aos 29 de maio de 1888, casado com sua prima Jovina Reis (Belica), nascida na cidade de Carmo da Cachoeira, Minas Gerais aos 12 de setembro de 1898, filha de Antonio Marciano Reis e Genoveva Cândida Garcia Reis, são os pais do autor desta obra, JOSÉ OVÍDIO REIS.
José Ovídio Reis, fazendeiro, Fazenda Pedra Branca, Município de Três Pontas, Minas Gerais, nascido na Fazenda Pedra Branca, aos 26 de dezembro de 1917 e registrado em 01 de janeiro de 1918, foi casado com a professora Nelly Gomes Reis, nascida em Varginha, Minas Gerais em 30 de junho de 1923 e falecida em 07 de julho de 1990, filha de José Gomes Nogueira e Romilda Sales Gomes.
Ovídio Reis, pai de José Ovídio, o autor, descende de Gabriel dos Reis Silva, casado com dona Bazilissa Cândida Branquinho. O casamento foi realizado em São Thomé das Letras no ano de 1813. Dona Basilissa é bisneta de Ângela de Moraes Ribeiro (Morais) (Ribeira), casada com José Gomes Branquinho e pais de JOSÉ JOAQUIM GOMES BRANQUINHO da Fazenda da Boa Vista, sede do Carmo da Boa Vista, distrito de Lavras do Funil. Esta sede, como o estudo tem nos demonstrado foi transferida para o núcleo populacional formado a partir da CACHOEIRA DOS RATES (DE RATTES) (DE RATES).
GABRIEL DOS REIS SILVA, filho de MANOEL DOS REIS SILVA (I), nascido em 1747 foi casado com dona MARIANA VILELA DO ESPÍRITO SANTO. O casamento ocorreu na Ermida do Senhor do Bonfim da Boa Vista no Município de AIURUOCA. Dona Mariana, nascida aos 28 de junho de 1774 em Serranos é filha de Domingos Vilela de de dona Maria do Espírito Santo, neta paterna de Custódio Vilela e Felícia Siqueira ou Cerqueira, conforme aparece no testamento de seu filho, André Vilela de Cerqueira. Mariana é neta materna de Diogo Garcia.
Numa revisão histórica, passada pelo crivo dos estudos e documentação revista pelo autor da obra, O SERTÃO DO CAMPO VELHO, Jorge Fernando Vilela, mantêm-se o contido às p. 25 quanto a dona Mariana Vilela do Espírito Santo, sua ancestral. Ela faleceu com 93 anos em Carmo da Cachoeira, Minas Gerais e seu corpo está enterrado onde hoje está construída a Matriz da cidade, na Praça do Carmo, em Carmo da Cachoeira Minas Gerais.
Um ponto muito interessante, e que foi foco de aprofundamento por parte do autor, é a questão do local onde estão os restos mortais do Capitão MANOEL DOS REIS SILVA (I), marido de dona Mariana Vilela do Espírito Santo. Sua tese é a de que, possivelmente, estes restos mortais possam estar no mesmo local onde estão os de sua mulher. Dona Mariana. Aprofundando os dados registrados pelo prof. Wanderley Ferreira de Rezende, buscou entender como a mulher resolveria a questão de onde enterrar o corpo de seu marido ocorrido numa época chuvosa, quando os acessos ficam difíceis. Mulher empreendedora e que mantinha em suas ações a fibra e linhagem de seus ancestrais, encontraria uma forma alternativa, criativa e inovadora de solução. Mariana, segundo Jorge Fernando Vilela, teria decidido enterrá-lo num espaço onde, a seguir, erigiria uma Capela. Esta Capela está no mesmo local onde está a Matriz de Cachoeira.
Mariana Vilela, dotada de cultura "fora de comum" à sua época, redigiu a próprio punho o seu testamento. Sabia, exatamente, como conduzir e administrar os bens da família. Foi uma figura feminina entre coronéis que primou pela forma de organização. Com a morte do marido tomou a rédea segura na condução e manutenção da riqueza em mãos do casal. Numa sociedade patriarcal e escravagista posicionou-se com firmeza. Administrou com segurança os bens vindos, e adquiridos através de seus ancestrais. Sabiamente manteve esses bens. Um impulso tão forte que chegou até os dias de hoje, e ainda se mantêm através de sua descendência. Num momento histórico marcado pelo PATRIARCADO, Carmo da Cachoeira teve, em MARIANA VILELA DO ESPÍRITO SANTO, uma figura feminina representativa. Esta figura marcou presença.
Comentários
Nós também muito nos orgulhamos de ter tido a presença dessa mulher em terras cachoeirense. Ela, segundo o testamento e os inventários, mostra que ela era uma pessoa forte, altruísta, e arroja.