Karol Józef Wojtyla nasceu na data de 18/05/1920, em Wadowice, lugarejo distante 50 km de Cracóvia, a terceira maior cidade da Polônia, e faleceu em 02/04/2005,na cidade do Vaticano. Era o mais novo dos três irmãos, portanto o caçula do casal tenente Karol e Emilia Kaczorowska. Sua infância e juventude foi deveras sofrida: assistiu a morte de vários amigos e colegas quando o exército alemão invadiu a Polônia, na Segunda Guerra Mundial. Aos vinte anos já tinha perdido todos os que ele amava.
Wojtyla foi um atleta, chegando a atuar no futebol amador de Wadowice. Manifestou interesse pelo teatro, pela música popular e pela literatura.Com o pseudônimo de AndrzejJawien, publicou livros de poesia, uma peça de teatro chamada “A loja do Ourives” e escritos teológicos e éticos. Era um poliglota: falava 12 línguas. A ideia do sacerdócio veio após a morte do pai. Em 1942, ele bateu às portas do palácio do bispo e pediu para estudar, começando a ter aulas num seminário que funcionava clandestinamente. Tornou-se padre em 01/11/1946. Foi pároco e professor de ética;doutor em Teologia com a tese “Doutrina da fé segundo São João da Cruz” e em Filosofia com a tese “Sistema Ético do Fenomenologista Max Scheler”. Foi eleito bispo auxiliar de Cracóvia em 04/07/1958 e, em 13/01/1964, elevadoà condição de arcebispo, para depois, no consistório de 26/06/1967, ser escolhido como cardeal.
Com a morte de João Paulo I, que governou a Igreja por 33 dias, foi eleito papa em 14 de outubro de 1978. Foi o 264º papa da história da Igreja católica, o primeiro não italiano em 455 anos, eleito em 23/10/1978, com apenas 58 anos de idade.
O papa João Paulo II visitou 129 países durante o seu pontificado. Fez três visitas oficiais ao Brasil, passando por muitas cidades brasileiras.Beatificou 1340 fiéis e canonizou outros 483. Seu pontificado foi o terceiro mais longo da história do papado, perdurando por vinte e seis anos.Participou do Concílio Vaticano II, contribuindo com a redação do documento sobre liberdade religiosa, intitulado “Dignitates Humanae” e a constituição pastoral sobre a Igreja no mundo moderno chamada “Gaudiumet Spes”.
Contribuiu muito para o fim do comunismo na Polônia e em vários países da Europa. Sua primeira encíclica foi “RedemptorisHominis” (Redentor dos Homens), versando sobre a misericórdia na vida dos homens, a importância do trabalho como forma de santificação, a posição da Igreja na Europa do Leste, os males do marxismo, materialismo e ateísmo, o papel da Virgem Maria como fonte da unidade cristã, os efeitos da rivalidade das superpotências, a necessidade de reconciliar o capitalismo com a justiça social e a argumentação contra o relativismo moral.
Na encíclica “Evangelium Vitae”, a 11ª de seu pontificado, reitera a posição contra o aborto, a engenharia genética, o controle de natalidade, a fertilização “in vitro” e a eutanásia. Na encíclica “Ut Unum Sint”, referiu-se a temas que até hoje dividem as igrejas cristãs: o Sacramento da Eucaristia, o papel da Virgem Maria e a relação entre as Sagradas Escrituras e a tradição.
João Paulo II foi um papa essencialmente mariano. Em uma das suas alocuções, disse: “Deus também é Mãe”.Antes de terminar seu pontificado, ele instituiu mais um mistério no rosário, chamando-o de mistérios luminosos, rezado às quintas-feiras, assim composto:Batismo, Bodas de Canaã, Reino de Deus, Transfiguração do Senhor, Instituição da Eucaristia.
Bento XVI, seu sucessor,declarou-o venerável em 19/12/2009 e proclamou-o beato em 01/05/2011.
Que João Paulo II interceda por nós! Amém.
Diácono Adilson José Cunha
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