Comunidades missionárias continuam a missão de Jesus em pleno século XXI. Fiéis cachoeirenses, sob o pastoreio de Padre André Luiz da Cruz, descobriram o verdadeiro gosto de servir aos irmãos e de viver o amor fraterno. Do seio fértil das pastorais e dos movimentos nasceu em muitos o desejo de verem ampliada a mensagem deixada por nosso Senhor JESUS CRISTO, de testemunhar Seu amor libertador e vivificante. Esses arregaçaram as mangas e, à semelhança daquilo que os apóstolos viveram, ofertaram-se como agentes, através dos quais a Palavra possa ser irradiada para os confins da Terra. Eles perceberam que a dimensão universal do Reino de Deus nada mais é do que aproximar-se daqueles irmãos que ainda não “estão continuamente no Templo louvando a Deus” (Lc 24,53). Ao assumirem-se como missionários divulgadores da Palavra, para torná-la cada vez mais universal, aprenderam a dizer: “a paz esteja nesta casa!” Lucas assim o fez nas comunidades por ele fundadas. Hoje, como ontem, muitos aderem àquilo que mais se assemelha a uma campanha vocacional, em busca de trabalhadores para a colheita. Missionários saem de seu mundinho e seguem despojados e confiantes de que serão acolhidos por aqueles aos quais se dirigem. O Evangelho é que irá demarcar o procedimento. Seu testemunho de confiança abrirá os corações mais resistentes e a pobreza assumida o fará mais humilde. Essa humildade certamente demoverá corações resistentes. O missionário que traz o Evangelho para sua vida e o vive no seu dia a dia atingirá o âmago do anúncio, ao qual ele mesmo se incorpora. Inaugurada por João Batista (Mt 3,2), a máxima é:
o Reino de Deus está próximo.
Viver o Evangelho é atingir a própria natureza do Reino, ou seja, a justiça que liberta (de toda opressão e exclusão). No século XXI, a justiça traz como característica a integração do homem ao convívio social, através da libertação dos preconceitos existentes na sociedade massificadora e excludente.
Nós, missionários, que lutamos para manifestar com gestos concretos o anúncio, necessitamos de cura e devemos pedi-la insistentemente para que ela aconteça em nós, por Cristo. Sermos santos e íntegros diante de Deus é missão individual e nossa primeira conquista (Ef1, 3-14). Desde o despojamento inicial, que é nosso abandono real nas mãos de Deus, até que o missionário bata às portas de uma casa, base da missão, um trabalho interno e exaustivo deve ocorrer em caráter individual. A conversão tem início no próprio missionário que deve buscar, antes de qualquer coisa, sua santificação, espelhando-se na simplicidade da encarnação, onde foi revelado o imenso amor de Deus.
Seguindo a vida de Jesus de Nazaré, Filho de Deus e filho de Maria, em seu convívio amoroso com os discípulos e as multidões, os missionários não têm escolha a não ser santificarem-se e partirem para convidar outros a participar da vida divina e eterna, através da prática do amor, seguindo o caminho de Jesus. Os verdadeiros missionários, indo despojados e pobres para a missão, identificam-se com os excluídos, e a aceitação do outro como irmão cria clima propício à conversão pela PALAVRA e pelo exemplo.
Qual é a trajetória? Caminhar em comunhão com a grande família dos que fazem a VONTADE DO PAI, aderindo ao seu projeto vivificante. Lucas adverte: “Todo aquele que falar uma palavra contra o Filho do Homem será perdoado. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado”(12, 8-12). Blasfêmia contra o Espírito Santo é a rejeição do próprio perdão e do dom da vida eterna.
Que Deus, em sua infinita bondade,nos ensine a levar a todos esta mensagem, afim de que ninguém venha a alegar que não sabia!
Comentários