− A PADROEIRA DAS MISSÕES −
Dia primeiro de outubro a Igreja celebra a memória desta Santa que, aos 15 anos de idade, abraçou com absoluta convicção a vida monástica e, com 24 anos, foi levada deste mundo. Muitos se perguntam a razão de Santa Teresinha ter sido declarada a padroeira principal das missões: se ela viveu os últimos 9 anos de sua vida em reclusão na clausura do Carmelo de Lisieux (França) e nunca andou pelo mundo evangelizando, como pôde impulsionar o trabalho missionário? Em suas próprias palavras podemos encontrar a resposta:
Divino Jesus, escutai a oração que vos dirijo por aquele que quer ser Missionário: protegei-o dos perigos do mundo, fazei com que ele sinta, cada vez mais, o nada e a vaidade das coisas passageiras e a felicidade de saber menosprezá-las por vosso amor. Que o seu sublime apostolado se exerça desde agora sobre os que o cercam, que ele seja apóstolo digno de vosso Sagrado Coração... (Obras Completas de Teresa do Menino Jesus, p. 1041)
Ao fazer sua profissão solene, Teresinha declarou que ingressava para o Carmelo a fim de salvar as almas e, sobretudo, para rezar pelos padres. Frei Patrício Sciadini, OCD diz que “o sacerdote deve ser santo; contudo se sente mais pecador do que os outros e necessita de mais oração para ajudar seus irmãos a libertarem-se do pecado.” Foi por sua fervorosa oração pela santidade dos ministros de Deus que Santa Teresinha passou a ser reconhecida como padroeira das missões. Tudo o que ela mais aspirava na vida era ganhar almas para Jesus.
Sinto em mim a vocação de sacerdote: com que amor, ó Jesus, levar-te-ia em minhas mãos quando, pela minha voz, descesses do Céu... Com que amor eu Te daria às almas!... (Idem, p. 211) Não podendo ser sacerdote, ela descobriu sua vocação de rezar pelos pecadores e pelos sacerdotes que ajudam a salvar almas; dessa forma fez o seu trabalho missionário, ganhando almas para Deus.
Em carta à sua irmã Celina, ela disse: Celina, sinto que Jesus pede de nós duas que mitiguemos a sua sede dando-lhe almas, almas de sacerdotes principalmente... Somos tão pouca coisa e contudo Jesus quer que a salvação das almas dependa de nossos sacrifícios, do nosso amor: Ele mendiga-nos almas...(Idem, p. 411)
Oh! Minha Celina, vivamos para as almas, sejamos apóstolas, salvemos sobretudo as almas dos sacerdotes: estas almas deveriam ser mais transparentes que o cristal... Ai! Quantos maus padres que não são bastante santos... Rezemos, soframos por eles e, no último dia, Jesus ficará agradecido. Dar-lhe-emos almas! (Idem, p. 409)
É preciso que façamos muitos sacerdotes que saibam amar a Jesus, que o toquem com a mesma delicadeza com que Maria o tocava no seu berço! (Idem, p. 417)
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