São Benedito, filho de escravos, fez-se eremita franciscano, depois de vender seus bens. Por decisão do Papa Pio VI voltou ao convento onde foi exemplo na humildade e na simplicidade. Por sua santidade o que importava era servir ao designo de Deus. Conta-se que depois de ser superior da Comunidade, voltou aos humildes trabalhos com toda naturalidade.
São Benedito... frágil e grande... servo incansável, exemplo de amor e de homem que acolhe a palavra de Deus em sua vida, e, o reino de Deus em seu coração. “Seu coração estava lá onde estava seu tesouro”, e seu tesouro era servir ao seu criador com a maior perfeição. Era ser apostolo através de vida humilde, simples e santa no sofrimento. Pequeno encontrava forças onde não tem e então se torna grande diante dos homens e de Deus. Exemplo de superação naquele que nos fortalece, na força inesgotável que é Deus. Somos forte quando vivemos imersos no amor de Deus. São Benedito vivendo a humildade e a simplicidade, manifestava que o coração que batia em seu peito estava em plena sintonia com AQUELE que é o maior do que todo o universo – DEUS.
São Benedito, sendo Negro, foi discriminado. Neste dia perguntemo-nos: Em qual coração está o preconceito, o racismo?
Certamente não esta naqueles que seguem o CORAÇÃO DE CRISTO, através do exercício do maior mandamento deixado por Jesus: Ame o próximo , como eu vos amei. É o mandamento que reflete o amor na sua essência.
Compaixão. Caridade. Onde foi parar?
Corações machucados, feridos doentes, intolerantes, invejosos são frutos do distanciamento da lei do amor vivida por Jesus Cristo. Eles são ácidos e lançam venenos conforme observamos em ações motivadas pelos racistas. Corações que precisam ser libertados, transformados e curados. São Benedito, coração aberto e acolhedor lembra-nos logo o próprio CORAÇÃO DE JESUS, o coração misericordioso do Pai que se faz presente a nós: “Ele está no meio de nós”. A cura é possível? Sim, e para que ela aconteça a igreja intercede diuturnamente através de seu ministério. Que cada um possa fazer sua parte trilhando o caminho da transformação. A exemplo de São Benedito, o caminho da transformação passa por uma vivencia na fraternidade e na solidariedade junto aos idosos, às crianças abandonadas e aos pobres que necessitam de amparo.
A oração que a Igreja faz sobre as OFERENDAS neste dia em que se celebra São Benedito, o Negro e a seguinte:
“O Deus de bondade, que, destruindo o velho homem, criastes um São Bendito um homem novo segundo a vossa imagem, daí que possamos, igualmente renovados, oferecer este sacrifício de reparação. POR CRISTO, nosso Senhor.”
Não é tarefa fácil equilibrar o que acreditamos, o que chamamos certo e errado com amor e tolerância. Mais ai está o grande desafio. Se fomos batizados, entramos na vida pela porta da fé que nos introduziu na vida de comunhão com Deus, tudo e possível. É uma porta sempre aberta para todos nós. A fé, por ser um ato de liberdade, exige assumir a responsabilidade daquilo em que se acredita, inclusive a possibilidade de nos transformar-nos em pessoas melhores e compromissadas.
São Benedito Rogai por nos.
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