O cristão tem um sinal: a cruz. A cruz é o sinal do cristão. Por isso, em cada lar cristãoé costume haver uma cruz exposta. O motivo é simbolizar o “Homem da Cruz”: Jesus. Há quem diga que a cruz é a glória e a exaltação de Cristo. Embora seja difícil entender essa ausência de lógica, é fato que quem possui a cruz possui um tesouro. Na mística da cruz não há lógica, mas na do tesouro há. Há muita lógica, sim! Qual? A derrota da morte que foi vencida pela cruz. Isto estava escrito: “Quando eu for exaltado, atrairei então todos a mim” (Jo 12,32).
Sim, a cruz é a glória e a exaltação de Cristo.
Nessa história da cruz há um Deus em forma humana: Jesus. Para a cruz acontecer, para o possuidor da cruz nela ser crucificado, acontece o mistério da encarnação, no qual Maria assume seu papel de agente da história. Ela, a Mãe de Jesus – o homem da cruz – torna-se a senhora das dores, senhora da cruz na qual seu Filho é crucificado para a salvação de toda a humanidade. No ventre de Maria estava o Verbo Encarnado. No peito do Verbo havia uma cruz, sinal de morte, sinal de vitória, sinal de salvação.
O autor da carta aos Hebreus, no capítulo 2º, escreve com propriedade: “Não vemos a Jesus coroado de glória e honra, por ter sofrido a morte. Sim, pela graça de Deus em favor de todos, ele provou a morte. Convinha de fato que aquele, por quem e para quem todas as coisas existem, e que desejou conduzir muitos filhos à glória, levasse o iniciador da salvação deles à consumação, por meio de sofrimento”. (Hb2,9,b-10)
São Paulo, na sua brilhante carta aos Gálatas, descreve lindamente um capítulo intitulado "A Glória da Cruz”. Termino essa reflexão resumindo esse fantástico capítulo aos Gálatas, convidando os leitores a uma reflexão: “Quanto a mim, que eu me glorie somente da cruz do Senhor nosso, Jesus Cristo. Por ele, o mundo está crucificado para mim, como eu estou crucificado para o mundo”. (Gl 6,14)
Pe. Pepê, Cem
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