O Concílio Vaticano II, acontecido no final do milênio passado, afirmou que a Igreja é o Povo de Deus em marcha, que ela está se construindo e que, a cada momento, os cristãos devem ver e interpretar os fatos que vão acontecendo.
Nota-se nos tempos atuais dois tipos de pessoas batizadas: aquelas que aceitam a teoria que o Reino de Deus está no meio de nós, de que Ele veio para libertar o mundo do mal, que tudo foi resolvido por Ele, que tudo está pronto. E outras que acreditam que o Reino de Deus está se construindo, que a unidade está sendo feita, que existe uma dinâmica eclesial.
De qualquer forma, ambas têm noções claras que a Igreja é formada por cristãos batizados, que não são senão membros de um corpo cuja cabeça é o Ressuscitado.
Não resta a menor dúvida que o Espírito Santo de Deus trabalha o coração de cada um dos membros da Igreja.
O amadurecimento é um ato contínuo e assim vamos aprendendo a dar e gastar a vida em proveito de todos. Vivemos a fé inserida num mundo caótico, na tribulação do dia-a-dia, cheio de confusões, num mundo materializado. Mas temos a certeza que o Espírito Santo nos anima, nos encoraja naquilo que precisamos para viver a liberdade de filhos de Deus.
Entre os batizados existem aqueles que não têm tempo para viver o Evangelho, que estão preocupados com dinheiro, com negócios, com os assuntos mundanos: clube, piscina, praia e tantas outras coisas mais. Existem também aqueles que continuam olhando para o ar, não escutaram aqueles dois homens vestidos de branco (Atos 1,11-12) dizendo: Ele virá uma segunda vez. É como se eles estivessem dizendo: façam o que Ele ensinou enquanto esteve vivendo nesta terra no meio de vocês, difundam o Reino anunciado por Ele, levem a Palavra de Deus às cidades, às nações, aos impérios existentes no mundo de hoje, àqueles que se recusam a colocar em prática as leis divinas, àqueles que legislam em causa própria, fazendo leis que ferem as de Deus, àqueles que não vivem a partilha nem a fraternidade.
“Feliz daquele que se sentar à mesa no Reino de Deus”. (Lc 14,15)
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