Foi a Festa da Divina Misericórdia, celebrada no dia 15 de abril, segundo domingo após a Páscoa, o momento que nos levou a refletir sobre o significado do Concílio Vaticano II, sobre o que pretendeu o Papa João XXIII ao inaugurá-lo e sobre os reflexos que as resoluções do Concílio trouxeram, nesses 50 anos, à maneira como nós, cristãos, vivemos hoje.
Certamente não foi tanto a discussão de um ou outro ponto da doutrina. “A Igreja deseja mostrar-se MÃE AMOROSA de todos, paciente, cheia de misericórdia e bondade com os filhos dela separados”. (Papa João XXIII)
Para que esteja ao alcance da compreensão de todos, os bispos e sacerdotes, no seu zelo de pastores, têm procurado comunicar-se em linguagem clara, simples e familiar às pessoas do nosso tempo. Você já percebeu como o Pe. André Luiz da Cruz atrai o seu rebanho? Preste bem atenção nisso. Converse com seus parentes, amigos e vizinhos sobre esse assunto. Tente ligar sua forma de agir e de nos conduzir com as propostas de ação geradas pelo Concílio Vaticano II. A igreja, com ou sem teto, está sempre lotada. Faça chuva ou faça sol. Os fiéis, com olhos pregados em seu pastor, saciam ali sua sede de entendimento e conhecimento, buscando dar verdadeiro sentido a sua caminhada de fé. Isto é reflexo do Concílio Vaticano II. As palavras do Pe. André levam-nos a entender o que representa a doutrina da Igreja hoje e como devemos agir para favorecer a unidade dos cristãos, no seio da amorosa Igreja de Jesus Cristo.
Reflita
Pode haver concorrência ou rivalidade entre os batizados na Igreja, se eles pertencem ao mesmo Corpo de Cristo e são chamados a exercer ações específicas, de acordo com a diversidade de dons e carismas distribuídos por Deus, para edificação da Igreja que é o corpo de Cristo? (1Cor 13,1-13)
Lembre-se: todos somos convocados à missão pastoral, em virtude do nosso Batismo. Essa ação da Igreja toda torna-se visível e sensível ao pastoreio do único Pastor que dá a vida por suas ovelhas, e a dá de forma abundante. (Jo 10,10) Fazer pastoral à maneira do Bom Pastor implica olhar pastoralmente a realidade e nela fazer intervenções, realizar transformações.
O Concílio Vaticano II ensina-nos que a Igreja não é simplesmente uma “Sociedade” ao lado de outras, mas um mistério de comunhão que reflete, com as limitações de seus membros e os limites do tempo e do espaço, o mistério da comunhão trinitária.“A comunhão trinitária torna-se então fonte de vida e da missão da Igreja, modelo de suas relações e meta última de sua peregrinação”. (Missão e ministério dos cristãos leigos e leigas, nº 64)
Deus, portanto, é o doador dos dons. Eles são dados a indivíduos que irão vivê-los no seio da Igreja. É desse mistério que provém o chamamento, dirigido a todos os membros do corpo de Cristo, para participar ativamente da missão e da edificação do povo de Deus em comunhão.
O Concílio Vaticano II usou a linguagem bíblica de povo de Deus para expressar o seu mistério e mostrar a igualdade de todos na Igreja e, ao mesmo tempo, a participação que se dá por meio do sacramento do Batismo, fundamento da vida cristã. Ele une cada pessoa com a Trindade Divina e com outros irmãos. A comunhão entre todos e a Igreja é celebrada na Eucaristia.
Como as primeiras comunidades de cristãos, somos convidados hoje a nos reunir para escutar a Palavra e os ensinamentos deixados por nosso Senhor Jesus Cristo. A comunhão da Igreja nutre-se com o Pão da Palavra de Deus e com o Pão do Corpo de Cristo. Portanto, o tema Evangelização é o que existe de mais atual na Igreja de hoje. Evangelizar através da missão é reconhecer os “sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho.” (Gaudium et spes, nº 4.11)
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