O primeiro passo para uma vida livre é aceitarmos
voluntariamente cumprir nosso dever, mesmo que este não seja aquilo que
gostaríamos para nós mesmos. O corajoso São Brás, também conhecido como S. Biagio
di Sebaste aceitou sua cota de responsabilidade e hoje é um exemplo para todos
os Cristãos.
Bispo da Armênia no ano de 316, últimos tempos da grande
perseguição feita pelos romanos contra o povo de Cristo, foi torturado e
decapitado por ordem do co-imperador romano Valério Liciniano Licínio.
São Brás foi o grande consolador do povo naqueles
momentos difíceis, curando as chagas do corpo e da alma, pois como médico, este
santo homem usava a ciência para recuperar fisicamente os pacientes enquanto
usava a Palavra de Deus para que as almas dos enfermos também se elevassem.
Tão querido ele era que foi proclamado Bispo pelo povo da
região de Sebaste onde vivia. Para poder exercer esta arriscada empreita passou
a viver isolado no Monte Ardene, onde os animais passaram a buscar sua
companhia, até o dia em que ele foi capturado pelo exército romano.
Em vida ele usava a força das palavras e do conhecimento
bíblico para salvar aqueles que padeciam, e após sua morte seu exemplo de
coragem e fé multiplicaram seu poder de converter e divulgar a Verdade Cristã.
Licínio não matou São Brás, o co-imperador romano apenas
fez aquilo que o santo previu quando os soldados romanos foram buscá-lo para o
cativeiro: "Sê benditos, vós me trazeis uma boa-nova: que Jesus Cristo
quer que o meu corpo seja imolado como hóstia de louvor".
Assim como a hóstia sagrada de Nosso Senhor Jesus Cristo
é repartido há milênios espalhando Sua bênção, a palavra e a fé de São Brás
incendiaram o Império Romano após seu martírio. A glória de sua morte foi mais
uma pá de cal na perseguição que ocorria contra o Povo de Deus, animando muitos
a seguirem seu exemplo e resistirem contra os dominadores pagãos.
Seu martírio foi duro: seu corpo foi rasgado com um pente
de ferro, espadas e foi jogado ao fogo. Após cada sessão de tortura seu corpo
saía ileso, enfurecendo ainda mais seus algozes. O juiz então ordenou que fosse
amarrado e jogado na parte mais funda do lago, quando os soldados entraram na
água para retirar o corpo encontraram-no ainda vivo.
Quando era trazido de volta a cidade encontrou uma
criança sufocada por uma espinha de peixe, e apesar de tudo o que estava
passando lhe salvou a vida. Seu martírio terminou no ano de 316 quando teve sua
cabeça cortada.
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