Decreto-Lei n. 10.
Carmo da Cachoeira delimita as áreas urbanas e suburbanas das sédes Municipal e distrital
Considerando que a delimitação dos perímetros urbanos e suburbanos das cidades e vilas são anexos obrigatórios do mapa municipal que as Prefeituras apresentarão até 31 de Dezembro de 1939, nos têrmos da resolução N.60 da Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia, o Departamento Administrativo do Estado de Minas Gerais aprovou e eu, prefeito municipal, sanciono o seguinte decreto-lei:
Artigo Primeiro - A área urbana de Carmo da Cachoeir fica compreendida: - Começando no cruzamento das ruas Domingos Ribeiro de Rezende e Artur Tiburcio; segue por esta até a rua Presidente Antonio Carlos e por esta até a rua Primeiro de Janeiro, pêla qual desce até a rua Barão de Lavras, continuando por esta até seu cruzamento com a rua Barão do Rio Branco e, descendo, segue pêla mesma até a rua Domingos Ribeiro de Rezende, pela qual continua até encontrar a rua Artur Tiburcio, ponto de partida.
Artigo Segundo - A área suburbana da cidade de Carmo da Cachoeira fica constituída dentro dos seguintes limites: - Começando no córrego da Chácara por um valo que sobe pêla encosta em direção à estrada que vae para São Marcos, até o alto do espigão e por êste, acompanhando o valo, até o entroncamento da estrada de São Marcos, seguindo d'aí, à esquerda, pêlo espigão a fora, descendo até o Ribeirão Capetinga (popularmente consagrado, conhecido e reconhecido como Ribeirão do Carmo) onde existe um moinho pertencente a Jorge Tomaz da Silva, subindo pêlo Ribeirão Capetinga até a confluência do córrego da Chácara, pêlo qual continua até encontrar o valo no ponto de partida.
Artigo Terceiro - A área urbana da vila São Bento fica compreendida, digo, delimitada pêlo seguinte perímetro: - Começando no Largo da Matriz, sóbe pêlo lado direito da avenida São Bento até à rua do Cruzeiro, continuando por esta à esquerda até encontrar o lado esquerdo da avenida São Bento, pêla qual desce e segue contornando o Largo da Matriz até o ponto de partida.
Artigo Quarto - A área suburbana da vila São Bento fica compreendida nos seguintes limites:
- Começando no alto do Cruzeiro, desce à direita pêlo alto do espigão, por uma cêrca de arame existente, até o cemitério, passando por detraz dêste, continua pela cerca de arame, em linha reta, até o rêgo d'água do moinho de Augusto Ferreira; deste ponto, à esquerda, em réta até o espigão, continuando por êste até à fralda da serra e segue costeando a mesma até o alto do cru, digo: Cruzeiro, ponto de partida.
Artigo Quinto - Este decreto-lei entrará em vigor a partir da data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Carmo da Cachoeira,
aos 9 de Dezembro de 1939.
Amynthas de Oliveira Vilela¹ Prefeito Municipal.
José Matinada Caldeira, Diretor da Secretaria.
Projeto Partilha - Leonor Rizzi
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1. O prefeito Amynthas de Oliveira Vilela foi empossado em agosto de 1939 e teve seu mandato até 1944.
Comentários
p.212 "(...) o mais fácil de todos para Cuiabá, Capitania de Goiases, e minas da CAMPANHA, Rio e Cabo Verde, q. são na Capitania de Minas Geraes hé, o que se encaminha, enquanto para o Cuiabá, e Goiases pela Villa de Santos e cidade de São Paulo, e enquanto às minas da Campanha, Rio e Cabo Verde pela V. de Santos, e Mogi das Cruses.: Este caminho de Santos até à Borda do Campo, quatro légoas antes de chegar à Cidade de São Paulo, hé hum dos peiores que se conhecem em toda a América, no princípio por ser mto. aspara a Serra, que cobre a Va. de Santos, e depois porque os rios (...) pantanos e alagadiços (...) Fl.249 (...) Vale de Pernaiba, Iundiahi; Atibaia; Itu; Sorocaba."
A Casa de Manoel Antonio Rates está representada em pintura de óleo sobre tela pelo artista plástico Maurício Nascimento. A obra está exposta na Sala Pe. Zequinha - interior da Matriz Nossa Senhora do Carmo.
O termo "Deserto Dourado" não tem sido encontrado nos documentos por nós consultados até a presente data. Assim sendo, fica-nos a pergunta: de onde veio esta citação?
O termo DESERTO DOURADO aparece pela primeira vez numa monografia histórico-geográfica e estatística-religiosa pelo centenário da Paróquia, quando, no intuito de colaborar com os que pretendessem fazer o levantamento histórico de Carmo da Cachoeira e a instâncias do atual pároco - R. Pe. Manoel Francisco Maciel, Mons. Lefort registra as informações contidas nos arquivos paroquiais de Carrancas e Lavras referentes a Freguesia de Nossa Senhora do Carmo. Segundo ele, "DESERTO DOURADO era o pomposo nome da extensa pradaria que Pe. José Bento Ferreira, devassou, povoou e ASSIM DENOMINOU. Utilizou o termo ao requerer uma "sorte de terras, ao longo do caminho por ele encurtado em oito léguas, que ligava a Vila de S. João del Rei a Campanha."(p.21. 21 Anuário Eclesiástico da diocese da Campanha.1959). Em 1752, respondendo o requerido, o Governo da Capitania de Minas Gerais repete o contido na solicitação "(...)morador no deserto dourado (...).
Resposta: Cf. p.21, 21 Anuário Eclesiástico da Diocese da Campanha. Ano, 1959: "O quartel general de sua Fazenda situava-se em S. Bento do Campo Belo, hoje Eremita, onde teve enorme latifúndio, atualmente partilhado em diversas fazendas."
http://piquerobi.tripod.com/origem_nome_piquerobi.htm
Capistrano de Abreu, Eugênio de Castro e outros historiadores realçam a função histórica do gado na penetração do interior e na fixação de suas populações, como na formação da unidade nacional, pela aproximação dos brasileiros do Norte e do Sul."