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Livro de escravos de Evaristo José da Silva Penna.

"Silva Penna" é a rubrica de Evaristo José da Silva Penna (Pena), conforme se lê num documento de dificílima leitura, datado de 27 de março de 1866 e assinado em Lavras. O teor do texto em que está sua assinatura parece ser o seguinte:

"Servirá este livro para nelle se laçarem as escripturas de compra e venda de escravos que se ali (corroído) perante o Escrivão do Juiz de Pás do Districto do Carmo da Cachoeira. Nas (ilegível) por mim numeradas e rubricadas da seguinte forma "Silva Penna; (ilegível) o appelido do que (ilegível) e no fim do livro encontra-se (ilegível) há o termo de encerramento. Lavras, 27 de março de 1866. Mendes e Evaristo José da Silva Penna."

Logo a abaixo, a primeira Escriptura de venda de duas escravas de nomes Leopoldina, e outra Joanna que Ignácio Antônio Teixeira de Abreu a faz a Manoel Antônio Teixeira pela quantia de um conto e nove centos mil réis sendo a primeira por quatro centos mil réis, e a segunda por um conto e quinhentos na forma abaixo:

"Saibão quantos este publico instrumento de escriptura de venda virem, que sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos (corroído) dias do mes de Abril do (corroído)choeira do Carmo, e termo (corroído) cartório comparecerão pre (corroído) data como procura (corroído). No verso, o seguinte: os poderes da procuração bastante que apresentou e ao diante vais transcripto, e como comprador Manoel Antonio Teixeira, reconhecidos pelos os próprios de que faço menção, e pelo o mesmo procurador foi dito, em presença de duas testemunhas abaixo nomeadas, e assignadas que seu e cliente é o senhor e possuidor de duas escravas huma de nome Leopoldina de idade de cinco annos mais ou menos (corroído) natural da Cidade de Campanha e que a possui (corroído) produção; e a segunda de nome Joanna de idade (corroído) doze annos solteira natural da Freguesia de Lambary que houve por compra que fes a a Cressencio Rangel Furquim, e o por que as possue livre e desembaraçado de qualquer embargo, penhora, ou hypotheca, com todos os seus achaques novos e velhos, vende, e como de facto vendido tem de hoje para sempre por meio desta ao comprador Manoel Antonio Teixeira por preço e quantia de um conto e nove centos mil réis de que o comprador já se acha, digo, de que o vendedor já se achava pago e satisfeito, pelo o que lhe dava plena e geral quitação de pago e satisfeito para mais em tempo algum lhe não ser pedida por si e nem por seus herdeiros; e que toda posse, domínio e Senhorio, que nas dittas escravas tem tido, todo cede e trespassa para a pessoa do comprador, que o gozará como suas que fica sendo por bem desta. E pelo o comprador foi dito, que aceitava esta escriptura de venda a elle feita, e desde já se dava por empossado das referidas escravas Leopoldina e Joanna. Pagou (corroído até o fim da folha)."

Projeto Partilha - Leonor Rizzi

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