A Sociedade de São Vicente de Paula (Paulo) em Carmo da Cachoeira, Minas Gerais tem suas raízes firmadas no firme propósito do Pe. Manoel Francisco Maciel que, impulsionando seu irmão (ambos in memoriam), Antônio Bonifácio Maciel (cartorário na cidade) buscou, neste manual, as informações necessárias para sua implantação. O objetivo do Pe. Manoel e de Antônio era manter um ponto de encontro de jovens que, integrados na busca de um ideal pudessem ter suas consciências ampliadas. O caminho seria o que lhes pudesse oferecer oportunidade do exercício contínuo de serviço altruístico e desinteressado.
Quando o Projeto Partilha conversou com seu Antônio sobre os primórdios do "Asilo", ele disse: "Na realidade, o que se pretendia era organizar um grupo de moços, todos cristãos que desejassem formar uma união comum de orações e obras de caridade". Mostrando um livro de registro de presenças, cuja página inicial, em seu topo, estava escrito: "mês de dezembro de 1946 vimos os nomes dos jovens que, em Carmo da Cachoeira se alinharam em torno dessa bandeira: oração e obras de caridade. Foram os seguintes:
Orlando Brasiliense Naves
José Chagas
Wanderley Ferreira de Rezende
Domingos de Oliveira Godinho
Ismael de Oliveira Faria
João Francisco Alvarenga
Antonio Bonifácio Maciel
Delfino Antonio de Mesquita
Jacy de Oliveira Vilela
Saul de Oliveira Vilela
Antônio Adriano da Silva
João de Oliveira Faria
Ozório dos Santos
Antônio Augusto Leite
Olympio Virgulino de Souza
Pedro Juvêncio de Souza
Francisco Lopes de Souza
Geraldo Sidney Faria
José Cândido da Silva
Constantino dos Santos
Juvenal Machado.
Dois anos depois, numa das páginas seguintes, um termo de abertura:
"Este livro tem 81 páginas que serve para chamada dos membros da Sociedade São Vicente de Paulo. Carmo da Cachoeira, 12 de dezembro de 1948. O presidente, Orlando Brasiliense Naves".
Seguem relacionados os nomes acima, mais o de:
Manuel Monteiro Azevedo
José Custódio do Nascimento
Antônio Jorge
Guido Martins da Costa
Altamiro Custódio
Venerando Barboza
Valter Pereira Barboza
Paulo Romaniello
José Reinaldo Rezende
Amado de Jesus
Carmo Alves
José Maria Adriano
José Paulino Machado
Otávio Marques
José Marcelino de Almeida
Antônio Vilela de Oliveira
Geraldo Moreira Naves
Vitor Adélio Leopoldino
Geracídio Teodoro do Prado
Ciro Severiano de Almeida
José Marcelino da Costa
Domingos Arruda
Guiomar Severiano de Almeida
José Siqueira de Melo
José Umbelino
Vitor Carvalho do Carmo
Agenor Joaquim de Carvalho
Benedito Tiburcio de Melo
João Rosa Vitor
Randolfo Ferreira de Rezende
Sebastião Batista Nogueira
Urbano Reis
Antônio Maciel lembrou seguinte:
"A Sociedade de São Vicente de Paulo foi criada pelos moços e para eles. A intenção era de preservá-los dos perigos de toda sorte a que se acham expostos nesta fase de suas vidas.
Mantinham com assistência, casinhas, onde moravam pessoas que "passavam por dias difíceis". O fim da sociedade era aperfeiçoar os sentimentos cristãos das pessoas que estavam em dificuldade. Enfim, não é só o alívio, sem dúvida louvável, mas é um objetivo meramente humano. O mais importante era o zelo pela salvação das almas, através da união e de orações."
Na folha de número 17 a constituição da diretoria no ano de 1952:
Conferência São Vicente de Paulo de Carmo da Cachoeira.
presidente: Antônio Bonifácio Maciel
Vice- presidente: Antônio Adriano da Silva
Secretário: Guido Martins da Costa
Segundo secretário: Constantino dos Santos
Tesouraria: Pedro Augusto
Segundo tesoureiro: João Francisco Alvarenga.
Da relação de confrades, os novos nomes são:
José Rosário da Costa
José Guilherme Emergente
Manoel Batista da Cruz
Osvaldo Alves
Manoel Guilherme Arcanjo
José Paulino Machado
Pedro Vilela de Rezende
Francisco Reinaldo Rezende
Antônio Sales
Antônio Clemente do Nascimento
Geraldo de Araújo Leite
Arte: TS Bovaris
Próxima imagem: Crianças em evento cultural em Minas Gerais.
Imagem anterior: Flores do Campo na fazenda dos Tachos, Minas
Comentários
Batei e abrir-se-vos-à.
Pois nada é inerte à voz da alma
que almeja alcançar.
Nada é imune ao apelo
do espírito que procura encontrar."
Saibam quantos este publico instrumento de Escriptura de compra e venda virem que, sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil novecentos e dois aos dizesete dias do mes de junho do mesmo anno neste Districto do Carmo da Cachoeira, Comarca de Varginha, Estado de Minas Geraes na Fazenda de residencia de dona Anna Emigdia Vilela, viúva do fallecido João de Rezende Branquinho onde (...) fui vindo e sendo ahi compareceram como outorgantes João(?)(ilegível/...umas d´Alkmin e sua mulher dona Julia Paranayba Villela residentes no districto de Luminarias, Município de Lavras do Funil como outorgante comprador João Villela de Rezende residente no mesmo districto (Cachoeira do Carmo), na Fazenda Taquaral conhecidos todos de mim tabelião e das duas testemunhas no fim desta assignadas e estas também minhas conhecidas, de que dou fé. Pelos outorgantes e outorgado em presença das mesmas testemunhas foi informado de que sendo os primeiros outorgantes possuidores d´uma fazenda de engenho da Fazenda do Taquaral, districto de Luminárias, Município de Lavras do Funil com parte de engenho como discrito possuem terra e (ilegível) inclusive os de hippoteca legal a vende pelo preço e quantia certa de quinhentos mil réis que (...) minhas notas, a qual lhe li e achou conforme e assignam com as testemunhas presentes sobre uma estampilha federal de valor de um mil réis. Eu Adelino Eustáchio de Carvalho, que esta escrevi e assino. Seguem as assinaturas de Aurélio Batista de Rezende (e Naves?); ten. Beraldo Alexandre da Silva e Joaquim Neves Gomes.
Para: Padre Manoel Francisco Maciel e
Antonio Bonifácio Maciel - Cidadão Cachoeirense, por Título de Cidadania, expedido pela Câmara Municipal da cidade.
Irmão em Cristo. Queiram receber, em suas moradas nos planos internos da vida, hoje chamado de "PLANO DIVINO", um regalo especial. Ele corresponde ao reconhecimento dos fiéis católicos da cidade pela implantação deste belíssimo trabalho. O projeto Partilha escolheu um trecho de uma obra especialíssima:
"A Pedra Filosofal".
"Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança."
Saibam quantos este melhor instrumento de procuração bastante virem que no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil novecentos e dois, neste Districto do Carmo da Cachoeira, Comarca de Varginha, Estado de Minas Geraes, em o meu cartório aos dois dias do mes de junho do mesmo anno, compareceo o senhor Conego Estanilau Mosciaro, Vigário e Fabriqueiro da Matriz desta freguezia, como outorgante, reconhecido de mim próprio e das testemunhas abaixo assignadas estas também minhas conhecidas, de que dou fé; perante as quaes elle outorgante me foi dito que, por este melhor instrumento e na melhor forma de direito que a lei (ilegível) nomeia e constitui seu bastante procurador na cidade de Varginha ao douctor Antonio Pinto de Oliveira especialmente para que em seo nome, e, como se presente fosse tractar demarcações das divisas do Patrimônio de Sam Bento (São Bento) desta freguesia, dando eu por este fim poderes illimitados e de substabelecer esta em pessoa de sua confiança se assim for conveniente. Como assim disse e outorgou, de que dou fé, e me pedio fazer o presente instrumento em minhas notas o qual lhe li e achou conforme, accertou, assigna com as testemunhas presentes sobre uma estampilha federal de selos no valor de um mil réis, assignaturas esta que (ilegível) por mim tabellião Adelino Eustáchio de Carvalho que esta escrevi e assino. Seguem as assinaturas de Cônego Estanislao Mosciaro; Ten. Beraldo Alexandre da Silva e Joaquim Alves Gomes.