A emancipação política de Três Pontas ocorreu a primeiro de abril de 1841, pela Lei n.202, que a elevou à freguesia e vila. Eleitos os vereadores, foram empossados, em 10 de fevereiro de 1842. Com grande pompa, veio à vila o Presidente da Câmara Municipal das Lavras do Funil, José Esteves de Andrade Botelho, a fim de formalizar a emancipação, pois a freguesia àquela vila. Tomaram posse os seguintes vereadores: Sargento-Mor João Baptista Ferreira de Brito, Tenente-Coronel Francisco de Paula Pereira, Domingos Teixeira de Carvalho, Antônio Pinto Ribeiro, Antônio Luiz de Azevedo e o Sargento-Mor Antônio Gonçalves de Mesquita, escolhido para exercer a Presidência da Câmara. Domingos de Abreu Salgado, também eleito vereador, não tomou posse naquela data, sendo empossado posteriormente.¹
Próxima matéria: O botiqueiro Major Azarias Ferreira de Mesquita.
Matéria Anterior: O operoso português José Gonçalves da Costa.
1. O Tres-Pontano, ed. 18-JUL-1897,p.3, Arquivo Público Mineiro.
Comentários
Era de estatura baixa, muito afável no trato com as pessoas, inteligente, bondosa e estimada por toda a população da cidade. Em seu túmulo está a seguinte frase: "Inteligência lúcida, coração de ouro, alma de arminho". Filha de João Batista da Luz e Maria Bárbara de Castro. Fundadora do famoso Colégio São Geraldo, com internato e externato, para meninos e meninas. A formação de seus aluno era excelente, não só no campo cultural, mas também moral e religioso. Com um corpo discente numeroso, o educandário funcionava à Rua Barão da Boa Esperança, em prédio próprio, que existe, localizado entre o Hospital S. Francisco de Assis e a Escola Normal Coração de Jesus. Sua irmã, Hermengarda Luz, auxiliava-a nas tarefas, (05-OUT-1892 - 19-OUT-1935).
Alto, de boa aparência, educado e de fácil convívio com as pessoas. Natural de Três Pontas, filho de Antônio Gonçalves de Mesquita e de Silvéria Maria Ferreira, foi casado com Maria Frederica Meinberg. Exerceu a profissão de farmacêutico após se formar na Escola de Farmácia de Ouro Preto, Minas Gerais. Residiu, até seu falecimento, à Rua São Pedro, 72, no casarão onde funcionou, por muitos anos, o Hotel dos Viajantes, onde havia também um posto de atendimento telefônico, da antiga Cia. Telefônica Brasileira. A casa era conhecida por botica. Coincidentemente seu pai foi o primeiro presidente da Câmara Municipal e ele o último, no período imperial. Exerceu o cargo de 1887 a 1889. No dia seguinte ao seu falecimento, foi sepultado no antigo cemitério local (18-SET-1844 - 03-NOV-1909).