A agricultura, desde o final do século XVIII, foi a principal atividade nesta região de Três Pontas, Minas Gerais. Plantavam-se cereais, algodão, cana de açúcar e fumo. A partir de 1860, mais de vinte castas de uvas foram cultivadas no município, principalmente para o fabrico de vinho. Esta cultura teve sua maior expressão na fazenda do Parreiral, cujos sócios Cel. Antônio José Rabello Campos e seu tio Luiz da Silva Campos mantiveram, por vários anos, uma fábrica de vinhos e licores, segundo dados coligidos por Bernardo Saturnino da Veiga¹.
Próxima matéria: A Capela de Nossa Senhora da Ajuda.
Matéria Anterior: O Ribeirão das Araras em Três Pontas, Minas.
Comentários
Instalou-se, por iniciativa do Doutor João Capistrano Ribeiro Alckmin, Juiz Municipal da Comarca de Três Pontas, em 15 de fevereiro de 1863. A finalidade precípua da entidade era o desenvolvimento da cidade, com maior ênfase para a criação de uma companhia de navegação fluvial no RIO VERDE. Foram eleitos para dirigir a associação, os seguintes membros fundadores:
Presidente - Doutor João Capistrano Ribeiro Alckmin.
Primeiro secretário - Daniel Pedro Becker.
Segundo secretário - Antônio José Rabello e Campos.
Tesoureiro - Sargento-Mor Antônio Gonçalves de Mesquita..
Observação: TRESPONTANO - Gentílico designativo dos naturais da cidade de Três Pontas, Minas Gerais, a partir do final do Século XIX. Inicialmente o gentílico era trespontense, algum tempo depois, começou utilizar-se três-pontano. No início do século XX, ficou estabelecida a grafia atual.
TRESPONTENSE - Gentílico designativo de pessoas naturais da cidade de Três Pontas, Minas Gerais até mais ou menos 1880/90.
Em 12 de janeiro de 1936, em assembléia, 95 pessoas representativas do meio rural, do comércio, da indústria e do setor bancário fundaram uma associação, para defender seus interesses. Presidiu à Assembléia, José Cândido de Souza Sobrinho, que convidou José Fernandes Torres para secretário. A reunião histórica teve como palco o "CINE THEATRO IDEAL", na Praça Cônego Victor. Aprovados os Estatutos, procedeu-se à eleição da diretoria, que ficou constituída pelos senhores: José Cândido de Souza Sobrinho - presidente; José Fernandes Torres - Vice-presidente; Joaquim Piedade Campos - primeiro secretário; José Maria Dias - segundo secretário; Francisco Ximenes de Oliveira - tesoureiro. Os demais cargos foram ocupados pelos seguintes associados:
Theodósio Bandeira Campos, orador;
Francisco Thomaz de Aquino, bibliotecário.
Para o Conselho fiscal: Francisco Veloso Filho, João Ferreira de Brito e Ari de Brito. A Associação não possuía sede própria. Quando eleito presidente, Joaquim Piedade Campos iniciou gestões, a fim de se construir uma sede para a Associação. A luta foi árdua, mas o então presidente atingiu seu objetivo. No dia 25 de novembro de 1945, foi inaugurada a sede, à Rua Afonso Pena, 33. Com o afastamento de Joaquim Piedade, a entidade estagnou, até que, a partir de 1984, graças aos trabalhos de Júlio Ignácio Miranda, Júlio Miari, Ailton de Oliveira, Francisco de Assis Carvalho, Sebastião de Fátima Cardoso e muitos outros ilustres membros, a Associação se desenvolveu, modernizou-se, atingindo a pujança atual.
Primeiro Juiz de Direito da Comarca de Três Pontas. Tomou posse em 8 de outubro de 1850. Não há maiores dados sobre esse cidadão, sabendo-se, tão somente, que gozava de estima e admiração da população, por ser íntegro e possuidor de grandes conhecimentos jurídicos. Com a supressão da Comarca, por injunções políticas, o Doutor Barbosa foi removido para a Comarca de Jequitinhonha (Estrella Mineira). ed. 31-AGO-1862).