A busca da felicidade é inerente ao ser humano.
A fuga do sofrimento também é básica em todos nós.
Existe, ainda, uma chama interior, que não é encontrada com a mesma intensidade em todas as pessoas, mas está sempre ali no fundinho da alma, pressurosa e esperançosa. É o senso de justiça.
Observe um grupo de crianças fazendo uma divisão qualquer, de um doce, de um pedaço de bolo. Se alguma delas puxa para si um pedaço maior, logo os outros percebem uma situação de injustiça.
Todo o nosso senso de justiça tem sido bloqueado, mantido afastado dos assuntos fundamentais para a construção de um amanhã melhor.
Gastamos a nossa indignação em situações insignificantes para o bem e a mudança da comunidade. Toneladas de papéis, discussões intermináveis em torno de jogos esportivos ou sobre dramas pessoais de habitantes do submundo, que não mereciam estar além das providências das delegacias policiais. O interesse coletivo, os projetos e os trabalhos de valor são omitidos.
Exercite seu senso de justiça.
É justo?
. Exportar grãos quando ainda temos tantos brasileiros com fome?
. Vender minérios e matéria-primas por preços que mal pagam a extração e o transporte?
. Haver isenção de impostos para grandes empresas estrangeiras?
. Facilitar importações que acabam com a produção interna e criam desemprego?
. Ver os agricultores sem sementes naturais, tendo que financiar as plantações comprando sementes importadas?
. Ver governantes fazendo empréstimos em moeda estrangeira para financiar obras simples, pagas com moeda nacional?
A felicidade não pode ser separada da visão de um mundo justo.
Se fomos escravos ontem, a nossa felicidade de amanhã estará baseada nos pensamentos de hoje.
Seremos donos do nosso amanhã se soubermos, hoje, usar o senso crítico e o senso de justiça para criá-lo com equidade e solidariedade.
Exportar não é solução. Exportamos com total isenção de impostos.
Firmas exportadoras são estrangeiras.
Qual a vantagem?
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Texto anterior: As inescrupulosas indústrias e as crianças.
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