Antônio Gonçalves de Mesquita era natural da cidade de São João Del Rei, nascido em data ignorada, filho adotivo do alferes Francisco José de Mesquita e Hipólita Carolina de Abreu, residentes em Lavras, Minas Gerais e depois em Três Pontas. Casou-se com a trespontana Silvéria Maria Ferreira¹. Possuía a patente de Sargento-Mor. Por ocasião da elevação de Três Pontas à vila, em 1 de abril de 1841, foi eleito Presidente da Câmara e, como não havia Juiz Municipal, rubricou os livros dos Cartórios de Notas. Músico competente, fundou e dirigiu uma banda musical. Seus descendentes ocuparam cargos de destaque na comunidade e, até hoje, mantêm as tradições políticas do genearca. Foi ele que mandou construir o prédio onde funcionava sua botica (farmácia). O velho casarão abrigou também o Hotel dos Viajantes, na Rua São Pedro, 72. Este foi demolido e, no local, edificou-se o prédio que abriga o Supermercado Angolinha. Faleceu em 24 de abril de 1868, conforme inventário arquivado Fórum local².
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1. Livro n.3, em 03-JUL-1822.
2. pacote 20.
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Alto, compleição robusta, dando-lhe porte atlético e enérgico, era cortês no convívio social. Mais conhecido por Coronel Minguta, nasceu no município de CARMO DA CACHOEIRA, Minas Gerais, filho de Antônio Justiniano Monteiro de Rezende e Ana Francisca Teixeira. Casado em primeiras núpcias, com Guilhermina Ribeiro de Rezende e, em segunda núpcias, com Purcina Adelindes de Brito. Sua propriedade rural, Fazenda Pedra Negra, foi construída em 1915 e dotada de excelente infra-estrutura, onde se explorava a cultura do café, de cereais e a pecuária. Atualmente a sede da fazenda Pedra Negra abriga o Museu do Café, sob a competente administração de sua neta Isaura Maria Rezende. Ele foi político atuante e de grande prestígio no município. Exerceu a presidência da Câmara Municipal no período de 1922 a 1923. Juntamente com seu sogro, Azarias de Brito Sobrinho e ainda com Theodósio Bandeira Campos participou ativamente da fundação da Companhia Viação Férrea Três-Pontana, da qual foi diretor. Após o falecimento de seu sogro, foi cotista da Usina Boa Vista. (27-JUL-1873 - 15-ABR-1954).
Sesmeiro nas paragens do rio Verde, Comarca do Rio das Mortes, tendo requerido suas terras em 2 de setembro de 1764 (SC.206 p.178, Arquivo Público Mineiro). Veio para o Arraial de Nossa Senhora da Ajuda das Três pontas, onde, em conjunto Luiz Lourenço Mariz, José Joaquim dos Santos, Manuel de Siqueira, João de Siqueira, João de Faria Neves "e os mais moradores do arraial", requereu outra sesmaria em 22 de junho de 1793 (SC.256, p. 184 Arquivo Público Mineiro), antes destinada a formação do patrimônio da Capela e Arraial de Nossa Senhora da Ajuda. Na época já existia no arraial a capela.
Foi o primeiro escrivão da guardamoria do Arraial de Nossa Senhora da Ajuda das Três Pontas, provisionado guarda-mor em 11 de abril de 1786 (História de Três Pontas, p.121 Ed. JC, 1980). Esta guardamoria foi desmembrada da guardamoria das Lavras do Funil em 13 de julho de 1785.