Francisco Ximenes de Oliveira, homem alto, tez e olhos claros e calva acentuada. Filho de Francisco Guilherme Júnior e de Ana Evangelista Ximenes, era casado com a trespontana Albertina Reis Ximenes. Integrou por vários anos o Coro da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Ajuda, era ótimo cantor. Na comissão encarregada de construir um campo de futebol, participou ativamente e foi um dos fundadores do Trespontano Atlético Clube - TAC. Foi comerciante de café em grão, por muitos anos, ramo de atividade que conhece profundamente.
Exerceu interinamente o cargo de prefeito, no período de 10 de junho de 1938 a 31 de agosto de 1938. Em primeiro de janeiro de 1941, foi nomeado prefeito de Três Pontas, Minas Gerais. Em 30 de novembro de 1941, o semanário "Três Pontas Jornal" publicou uma nota, informando que o prefeito Ximenes havia determinado que se iniciasse o serviço de nivelamento, construção de rede de esgotos e três canteiros na Praça Cônego Victor, a fim de terminar o calçamento da mesma com paralelepípedos, bem como o ajardinamento e iluminção daquele logradouro. Nos primeiros meses de 1942, os trespontanos receberam com alegria os melhoramentos. Permaneceu na Prefeitura até 13 de junho de 1943, quando se licenciou, reassumindo em primeiro de outubro de 1943. Em 8 de setembro de 1944, afastou-se definitivamente d prefeitura, para se dedicar somente ao ramo de comercialização de café.
01-abril - 1895 - 10-maio -1975
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Era uma pessoa de porte altivo, estatura mediana e tez e olhos claros. Possuía grande cultura geral e inteligência aguçada. Dominava o latim, o francês e o inglês. Nascido em lavras do Funil (Lavras, Minas Gerais), filho de Antônio Rabello Silva Pereira e Ana Rosa Silvéria de Jesus e Campos, casado com Joana Gonçalves de Araújo. Os Rabellos e os Campos transferiram suas residências para Três Pontas, por volta de 1820, que, na época, era um pequeno arraial. Não foi possível precisar a data exata dessa mudança. Sabe-se apenas que o Cel. Rabello Campos despontou como grande líder político, por ocasião da elevação do curato de Três Pontas à freguesia, em 1832. Rabellinho, como era conhecido, é considerado o mais importante político de todos os tempos em Três Pontas. Graças as suas ligações com os próceres da Província de Minas Gerais, conseguiu a elevação da então freguesia à vila, em 1 de abril de 1841. Participou da Revolução de 1842. No início como combatente ao lado das forças legalistas e, no decorrer da batalha, abandonando as armas, passou a socorrer feridos nos combates, mercês de seus conhecimentos práticos de medicina. Em 3 de julho de 1857, graças ao seu prestígio político, a vila foi elevada à cidade. O cel. Rabello e Campos foi deputado provincial, presidente da Câmara Municipal de Três Pontas, agricultor, cultivando juntamente com seu tio Luiz da Silva Campos, na fazenda do Parreiral, mais de vinte castas de uvas destinadas a uma fábrica ali existente de licores e vinhos de qualidade. Acredita-se ter sido ele um dos primeiros cafeicultores do município, por volta de 1845. Foi o fundador do primeiro jornal a circular na cidade, tendo por companheiro de redação o Alferes CUSTÓDIO VIEIRA DE BRITO. A primeira edição data de 21 de outubro de 1861, com o nome de "ESTRELLA MINEIRA". Quando deputado, apresentou o projeto de lei n.1, propondo a criação de Escolas Agrícolas em toda a Província de Minas Gerais, tendo as cadeiras de Química e Botânica aplicadas à agricultura. O curso deveria ter uma duração de três anos. Não obstante tantos serviços prestados à comunidade, ele é pouco lembrado pelos trespontanos, não se sabendo sequer a data de seu nascimento e de sua morte. Sabe-se tão somente que em 1873 já era falecido. Foi sepultado no antigo cemitério, porém seu neto, o professor Alpídio Rabello, trasladou seus restos mortais para o túmulo da família, no Cemitério Municipal da cidade.
Era de compleição frágil, de baixa estatura, olhos claros. Nascido na cidade de Três Pontas, no Bairro das Dores, era filho de Antônio José Rabello Campos e de Joana Silvéria da Cruz. Foi ordenado sacerdote em Mariana, no dia 22 de maio de 1873, pelo Bispo Dom Antônio Ferreira Viçoso. Exerceu seu ministério nas cidades mineiras de Bom Sucesso, Guaxupé, na Igreja da Boa Viagem, em Belo Horizonte. Veio para Três Pontas, como coadjutor do Padre Victor, assumindo a paróquia, após a morte deste, em 1905. Foi presidente da Câmara Municipal de 1903 a 1906. Construiu, com recursos próprios e de sua mãe, a igreja de Nossa Senhora das Dores, que depois teve o nome mudado para igreja de Nossa Senhora Aparecida. Deixou bens para serem aplicados na construção de um "Liceu de Artes e Ofícios". A donatária foi Nossa Senhora Aparecida, da Capela de Nossa Senhora das Dores (Escritura de 12-Abr-1922 fls.71v a 73v, livro n.28, do antigo Cartório do primeiro Ofício). O local abriga atualmente a FEPESMIG - Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas. Legou outros bens para a construção de uma santa casa de misericórdia. Foi sepultado na igreja de Nossa Senhora da Aparecida, como era o seu desejo. Seus restos mortais foram traslados para a cripta da igreja de Nossa Senhora d´Ajuda. (20-MAIO-1848 - 20-MAIO-1922).