O historiador Francisco Nardy Filho ao se referir a sesmeiros diz:
"A todo sesmeiro pode-se dar o nome de sertanista; a diferença entre ambos é que o sertanista penetrava pelo sertão à cata de minas ou de bugre; às vezes, por lá se demorava dois anos ou mais, quando acontecia encontrar uma lavra rendosa, porém tornava a sua terra natal ou de Cuiabá se passava para Goiás ou Minas; o sertanista não se estabilizava; o sesmeiro, alcançada a sua sesmaria, se encaminhava para o sertão onde a mesma ficava e levava consigo sua família, seus escravos e suas criações, e lá, nesse sertão, abria seus campos de criar, formava suas roças, erguia sua moradia, aí se estabilizava, e, muitas vezes, dentro dessa sesmaria, tendo por origem a moradia do sesmeiro, se erguia uma povoação, que depois era elevada a freguesia e vila.
Grande número de ituanos que, alcançando sesmarias no sertão, para lá se transferiram e lá foram abrir suas lavouras. Vamos dar relação de alguns deles, somente daqueles, cujos documentos de concessão de sesmarias, encontramos"...
O Projeto Partilha só irá citar as que estão em sua região de busca por >Manoel Antônio Rates. São elas:
→ José de Campos Banderborg, em Pitangui, no lugar denominado Lagoa dos Patos. Em nosso estudo existe a anotação de dona Sebastiana Leite da Silva, irmã de Fernão Dias Paes e tutor de seus filhos, no ano de 1671, como sendo mãe de dona Ignez Monteiro da Silva, casada com José de Campos Bicudo. José de Campos Bicudo é filho de >Felíppe de Campos Banderborg (Filippe), que veio ao Brasil como soldado voluntário e casou-se com dona Margarida Bicudo, no ano de 1643, vindo do Rio de Janeiro.
→ José de Campos Bicudo, no Cajuru, e em Pitanguí, no lugar denominado Lagoa Verde.
→ Antonio de Moraes Navarro, nas margens do Jequitinhonha.
→ Manuel Gomes da Costa, no caminho das minas de Goiás.
→ João Correa da Fonseca, caminho das minas de Goiás.
→ Manuel Dias Leite, no ribeirão do Sabará-Boçu.
→ João Araújo Cabral, em Cuiabá.
→ Antonio Borralho de Almada, rio Cuiabá abaixo.
→ Manuel Ferraz Bueno, no sertão da Vila Boa de Goiás.
Projeto Partilha - Leonor Rizzi
Próxima matéria: Uma indicação de estudo e leitura.Artigo Anterior: Os "De Souza Lima" pedem fotos e dados.
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