Bento Ferreira de Brito era natural da Ribeira, freguesia de São João de Brito, termo da Vila de Guimarães, Arcebispado de Braga. Era filho de Francisco Vieira da Silva e Catarina Luiz ou Catarina Luiza Ferreira. Casou-se em Carrancas, em 6 de agosto de 1766, com Inácia Gonçalves Araújo, natural de São João Del Rei, Minas Gerais. Possuía terras que confrontavam com a sesmaria de Francisco Domingos Regulado, na região da Serra da Boa Esperança. Vendeu-as a Luiz Francisco dos passos que as recebeu a título de sesmaria, em 7 de setembro de 1776¹. Posteriormente transferiu sua residência para a região do arraial de Três Pontas, às margens do Córrego da Urtiga.
Com o crescimento populacional da região, novas Companhias de Ordenanças foram criadas. Bento Ferreira de Brito foi nomeado Capitão, para comandar uma delas, em 17 de dezembro de 1785, porém esta não foi instalada². Se não foi instalada, pode-se supor-se que Bento Ferreira de Brito não residia no Arraial ou não se interessou pela instalação da mesma. Muitos historiadores dizem ter sido ele o fundador de Três Pontas, ou doador do patrimônio da Capela de Nossa Senhora da Ajuda, entretanto, nenhum documento foi encontrado para comprovar o fato. A segunda via da pública forma, de 20 de julho de 1895, em que se baseiam os pesquisadores, não diz ser ele o doador. Consta apenas a medição e demarcação das terras da Capela e Arraial, da sesmaria de Bento Ferreira de Brito e das terras de outros proprietários, nas cercanias da Capela. Faleceu na Fazenda das Bandeirinhas, também conhecida por Candongas. Seu inventário foi processado em São João Del Rei e está arquivado no Museu Regional daquela cidade³.
(21-MAR-1744 - 22-OUT-1800)
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1. SC.206, p.92. Arquivo Público Mineiro.
2. História de Três Pontas. Guerino Casasanta, p.125.
3. Caixa 15, 1821/1831.
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Filho de Azarias de Brito Sobrinho e Maria Adelindes de Brito. Foi casado com Maria Antonieta de Luca Araújo Brito. Nasceu na cidade de São Joaquim da Serra Negra (hoje Alterosa, Minas Gerais). Era um homem de média estatura, elegante, bem trajado, cortês e atencioso, não só com ricos, mas também com pobres. Foi dirigente da Usina Boa Vista, desde os 17 anos, em 1915, até 28 de agosto de 1950, quando se desligou da Empresa. Construiu uma usina de açúcar, em sua propriedade, denominada São Sebastião, situada em Santana da Vargem, Minas Gerais. Em virtude de os proprietários rurais não terem plantado cano para abastecer a Usina São Sebastião, como haviam acordado, o empreendimento fracassou, por falta de matéria prima. Participou da fundação de um colégio em Santana da Vargem, Minas Gerais e da construção do aeroporto de Três Pontas. Político atuante, ocupou a Presidência do antigo Partido Republicano local. Eleito vereador em 1936, na primeira eleição após a revolução de 1930, tomou posse em 25 de julho do mesmo ano. Nos últimos anos de sua existência, viveu no ostracismo. Após a sua morte, a Câmara Municipal, reconhecendo os bons serviços por ele prestados à comunidade, aprovou a Lei n.706, de 7 de fevereiro de 1972, alterando a denominação da Rua da Prata para Avenida Caio de Brito (17-AGO-1898 - 01-JAN-1964).
Natural de Ribeira, Freguesia de São José de Brito, termo da Vila de Guimarães, Arcebispado de Braga, Portugal. Filho de Francisco Vieira da Silva e de Catarina Luiz Ferreira (alguns registram Luiza). Era irmão de Bento Ferreira de Brito e também sócio, em terras que confrontavam com a Capela e Arraial de Nossa Senhora da Ajuda, em 1794. Na medição e demarcação das terras, constantes de uma cópia de pública-forma, datada de 1895, aparece como cessionário de seu irmão, contudo, por uma leitura equivocada, alguns pesquisadores registraram o termo como "consignário" (sic). Não consta do Catálogo de Sesmarias, editado pelo Arquivo Público Mineiro (ed.1988)., qualquer sesmaria em seu nome, na região de Três Pontas. Consta do referido catálogo uma sesmaria, em nome de José Ferreira de Brito, requerida na paragem do MARANHÃO, freguesia de Aiuruoca (SC.265 p.167, em 06-MAIO-1797, Arquivo Público Mineiro). Não conseguimos descobrir se é o mesmo indivíduo ou se é um homônimo. Acredita-se que a casa existente na chamada "ESTÂNCIA DO MOTA", tenha sido a sede de suas terras. Não há documentação comprobatória dessa suposição, há apenas indícios, baseados nas confrontações das terras de seu irmão e das sesmarias do Arraial e da Capela de Nossa Senhora da Ajuda, além de outras duas.
Casado com Santa Mendes de Brito
filho Antônio Ferreira de Brito
Meu nome Silvania Ferreira de Brito