de: Francis Vilela - o pianista
Talvez não ser é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando ao meio-dia
como uma flor azul, sem que caminhes
mais tarde pela névoa e os ladrilhos,
sem essa luz que levas na mão
que talvez outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem ruba da rosa,
sem que sejas, enfim, sem que viesses
brusca, incitante, conhecer minha vida,
aragem de roseira, trigo do vento,
e desde então sou porque tu és,
e desde então és, sou e somos
e por amor serei, serás, seremos.
Olá pessoal.
Um presente a todos. De Pablo Neruda. Tradução de Carlos Nejar.
Talvez não ser é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando ao meio-dia
como uma flor azul, sem que caminhes
mais tarde pela névoa e os ladrilhos,
sem essa luz que levas na mão
que talvez outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem ruba da rosa,
sem que sejas, enfim, sem que viesses
brusca, incitante, conhecer minha vida,
aragem de roseira, trigo do vento,
e desde então és, sou e somos
e por amor serei, serás, seremos.
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