A ação por impulso, esta sim é desmiolada.
A vida moderna, cada vez mais despersonalizando os relacionamentos humanos e explorando o lado puramente emocional dos acontecimentos, induz à imprudência.
A virtude da prudência está vinculada ao senso crítico, é uma deliberação, uma escolha entre alternativas.
Pai e mãe trabalhando fora, uma criança pequena fica sozinha em casa. Isto pode até acarretar a sua morte durante, por exemplo, um incêndio involuntário.
O pai que tem prudência não permitirá que seu filho fique nesta situação.
Mas, vivemos numa sociedade imprudente, com as comunidades carecendo de decisões que permitam um ambiente melhor para criar as nossas crianças. Sabemos que, com creches, áreas de recreação e escolas em tempo integral, poderíamos melhorar, e muito, a assistência infantil, mas não há decisão político-governamental. Em vez disto, os governos se deixam envolver pela ciranda das dívidas desnecessárias em moeda estrangeira. Fazem financiamentos até para a execução de obras corriqueiras, para as quais todos os pagamentos são feitos em real, a moeda nacional. Assim, cria-se uma dívida em dólares e a exigência do consequente pagamento compromete o orçamento, impedindo investimentos e pagamento decente aos funcionários. Não há melhor exemplo de imprudência, pois esta dívida insensata, contraída por um governo insensato, está comprometendo várias gerações para o seu pagamento.
Prudência é a disposição que permite deliberar corretamente sobre o que é bom ou mau para o homem. Não deve ser uma virtude somente para si, mas para a comunidade e o mundo.
Veja o que acontece e o que pode acontecer na sua comunidade com relação às crianças. O que a falta de investimentos para a sua formação acarreta, no futuro, em violência, em jovens delinquentes.
Vigie contra os financiamentos desnecessários, que sugam recursos que deveriam estar sendo direcionados para uma melhor assistência às nossas crianças e, consequentemente, à uma vida melhor e mais tranquila para todos nós.
Transmita, com alegria e fervor, a sua prudência.
Não soltamos os nossos filhos numa jaula com tigres famintos, mas os deixamos nas madrugadas, para terem as suas almas devoradas pelos comerciantes inescrupulosos e os proxenetas do sexo.
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