Nascido em Lisboa no ano de 1680, Pedro de Rates Henequim era filho bastardo de Francisco Henequim, um cônsul calvinista holandês, tido com Maria da Silva de Castro, católica portuguesa. Quando pequeno, fora tomado sob os cuidados de um padre, tendo estudado no colégio jesuíta de Santo Antão. Aos dez anos volta a morar com o pai, um cônsul holandês. Com esta proximidade, ela entra em contato com idéias reformistas, porém continua a ter uma rígida educação católica.
Em 1702, se vê diante de dois caminhos: ou viver na Holanda, como sugerido pelo pai, ou ir para a Colônia. A época era de descobertas de ouro nas Minas Gerais do Brasil. Aconselhado pelo seu tutor, que temia contato maior com o calvinismo, Henequim segue para a Colônia. Lá se depara com uma realidade caótica de línguas, costumes, crenças, culturas e raças juntas num mesmo lugar. Chegou a Minas Gerais, onde viveu nas regiões de Sabará, Ouro Preto e Serro do Frio.
Bom em português, para provar que o homem foi criado por mais de uma entidade, Henequim serviu-se do texto bíblico que diz: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança". Escreveu ele: "Se é 'façamos', é mais do que um". Ele não aceitava o plural majestático.
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