Theodósio Bandeira Campos, nascido na cidade de Boa Esperança-MG. "Dosico", como era conhecido, dotado de inteligência aguda, grande orador, dotado de invulgar eloquência, bem humorado e espirituoso, era filho de Carlos Bandeira de Gouvêa e da professora Teodósia Vieira Campos.
Theodósio com a mais tenra idade veio a Três Pontas, pois perdera a mãe, logo após seu nascimento. Foi criado pela tia, Rita Vieira de Campos¹, de quem foi segunda esposa do Tenente Juvêncio Elias de Souza, viúvo de Emília Augusta de Oliveira. Exerceu as funções de Presidente da Câmara. Participou da fundação da Companhia Viação Férrea Três Pontana e de sua primeira diretoria. Político de grande prestígio, junto às autoridades governamentais, por ocasião da criação do cargo de prefeito, nas comunas brasileiras, em 1930, foi nomeado o primeiro prefeito de Três Pontas-MG. Além de político, foi agricultor e pecuarista. Ocupou, por vários anos, a gerência local do Banco da Lavoura de Minas Gerais. Exerceu o magistério nos colégios da cidade. Eleito deputado à Assembléia Legislativa, para o período de 31 de janeiro de 1955 a 31 de janeiro de 1959. Faleceu em Belo Horizonte-MG, foi sepultado no Cemitério Municipal de Três Pontas.
۞ 28-SET-1889 - †14-DEZ-1960
Comentários
Era alto, magro, cabelos anelados, usava barba e bigode. Natural de Baependi, Minas Gerais, filho de José Carlos e Antônia Leopoldina Nogueira. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 4 de novembro de 1872. Quando foi restaurada a Comarca de Três Pontas, em 15 de novembro de 1873, foi nomeado para exercer as funções de Juiz Municipal da mesma e então passou a residir nesta cidade. Casou-se com Ana Inácia de Brito Nogueira, em segundas núpcias desta. Integrou-se muito bem à comunidade trespontana e passou a ocupar a liderança política de um grande segmento. Em novembro de 1900, o Doutor Tristão foi eleito Presidente da Câmara Municipal, em uma eleição acirrada, derrotando o mais importante líder político do município, o médico, ex-deputado e ex-senador provincial, Josino de Paula Brito. Tal fato gerou sérias animosidades entre as famílias. Faleceu em sua Fazenda do Bom Jardim, no antigo Distrito de Martinho Campos. Os trespontanos, agradecidos a este homem tão querido pela comunidade, deram o nome de Praça Doutor Tristão Nogueira a mais bela das praças da cidade (05-OUT-1844 - 21-OUT-1907).
Filho de Gabriel de Souza Diniz e de Francisca Maria da Encarnação Junqueira, foi batizado em São Tomé das Letras, em 6 de novembro de 1805. Casou-se, em primeiras núpcias, com sua prima Carlota Clementina Balduína de Sant´Ana, que, segundo o genealogista e historiador Mons. José do Patrocínio Lefort, era o nome que usava oficialmente, mas Amélio Garcia de Miranda, genealogista e historiador trespontano, afirma que o nome dela era Carlota Balduína Flora Junqueira, filha de José de Souza Diniz e Catarina Luiza Ferreira de Brito. Falecendo sua esposa, casou-se, em segundas núpcias, com Maria Claudina Junqueira. Participou da política de Lavras e foi eleito o primeiro presidente da Câmara Municipal, instalada em 14 de novembro de 1832. Quando da criação da freguesia de Nossa Senhora da Ajuda das Três Pontas, em 14 de julho de 1832, foi eleito o primeiro Juiz de Paz (Almanak Sul Mineiro - 1884. Bernardo Saturnino da Veiga). Por ocasião da venda da fazenda da Cachoeira, que possuía em conjunto com seu irmão, Francisco Antônio Diniz Junqueira, situada e Campanha, Minas Gerais, estava residindo em Franca, São Paulo. Deixou grande descendência em Três Pontas. Faleceu em Franca, Estado de São Paulo (Genealogia Trespontana. Amélio Garcia de Miranda, inédita).