São duas torres perfeitas, São duas torres eleitas Como símbolo do poder, Solidamente erguidas Para abrigar vidas E ali dentro as proteger.
Nós somos invulneráveis, Somos inexpugnáveis, O povo, ao vê-las, pensava. Nós somos donos da História! A nós seja toda a glória, Com desdém, filosofava.
Relendo o Livro Sagrado, Como se deu no passado, Hoje a história se repete. Uma torre foi erguida, E a gente envaidecida Grande pecado comete.
"O Senhor desceu pra ver" E melhor compreender Aquela empáfia do povo. As torres que construíram E que, em segundos ruíram Perfazem a história de novo.
Lá na torre, quanta gente, Quanta língua diferente, Quanta paz e quanto amor! Agora, entre o escombro, Quanta gente sem um ombro Pra chorar a sua dor!
Faze nascer, ó Senhor, Em meio a todo esse horror uma nova Humanidade! Por que uma nova guerra? Para levar toda a terra A uma avalanche de dor?
Que se punam terroristas E ainda neonazistas, Mas, a justiça, Senhor! Em vez de retaliação, Porque não plantar perdão Que gera fraternidade?
Que Deus abençoe a América, Essa terra tão feérica, Tão bela, de norte a sul! Mas que abençoe também As outra pátrias de além E todo o Planeta Azul!
Trecho da obra: Encontros e desencontros de Maria Antonietta de Rezende
Projeto Partilha - Leonor Rizzi
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