Coronel João Cândido dos Reis, filho do Capitão Manoel dos Reis Silva e de Mariana Vilela do Espírito Santo, foi casado com sua sobrinha Maria Constância de Figueiredo. Não foi possível obter dados relativos ao local de seu nascimento, nem o dia (ano 2004).
Cel. João Cândido foi o grande benfeitor da igreja construída por Padre Victor, doando a expressiva quantia de 20:000$000 (vinte contos de réis). Relatos de antigos moradores da cidade afirmavam que o Coronel Cândido Reis foi assassinado, por um de seus escravos, na antiga praça do Camirão¹, onde fora levantado o Pelourinho². O escravo foi condenado a várias chibatadas e, era levado ali diariamente, a fim de ser punido. Um dia, desesperado, o escravo tirou o gorro de algodão e, introduzindo-o na boca de seu senhor, sufoco-o até a morte. Não conseguimos provas desse fato. O Cel. João Cândido Reis foi sepultado na velha igreja matriz de Nossa Senhora da Ajuda, em Três Pontas. Com a construção da nova igreja, seus restos mortais teriam sido colocados na parede, à direita de quem entra, pela porta principal do templo, onde há uma placa como os dizeres:
"Aqui jaz João Cândido dos Reis
doador da antiga Igreja
* março de 1809
+ fevereiro de 1886"
Testemunhas, presentes à construção do piso da nova igreja, afirmam que não foi mudada a localização dos restos mortais do benfeitor da velha igreja, que permaneceram na antiga sepultura, a cerca de dois metros da parede citada.
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1. Camiram - Nome arcaico de logradouro público, situado em Três Pontas, Minas Gerais. O Largo do Camirão é o logradouro público onde foi erguido o Pelourinho, em 10 de fevereiro de 1842, por ocasião da elevação de Três Pontas à condição de vila. (O Tres-Pontano, ed. 18-Jul-1897, p.3). A denominação desse logradouro foi mudada em duas oportunidades; na primeira, para Praça da República e, na segunda, para Praça Presidente Vargas, nome atual.
2. Pelourinho: Trata-se de coluna de madeira, de ferro ou mesmo de pedra que se erguia como símbolo da elevação de um arraial à vila. O Pelourinho trespontano foi levantado em 10 de fevereiro de 1842, no Largo do Camirão, fronteiriço à Escola Estadual Cônego Vitor, hoje Praça Presidente Vargas. Era o local destinado a punir, com açoites, as pessoas condenadas a esta humilhante e bárbara pena. O condenado era amarrado, a fim de receber a punição a ele imposta. O encarregado de aplicar os açoites cumpria ordens emanadas da autoridade judiciária local.
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