Estamos vivendo tempos de tensões, desavenças e divisões não apenas em nosso país, mas em todo o mundo e percebemos que muitas pessoas ainda estão feridas e sem paz. A Novena de Natal 2022 buscou em cada ser um bálsamo nessas feridas ainda abertas através de um olhar catequético sobre a história de amor e salvação que Deus realiza na família de Nazaré e em toda a família humana.
A partir da leitura e da oração comunitária, a Novena de Natal aborda o chamado de Deus como Graça que impulsiona à Missão, que nos coloca abertos a escutar as histórias de nossos irmãos e partilhar as graças que temos recebido.
A Comunidade São Pedro de Rates, em Carmo da Cachoeira - Minas Gerais, com fé e entusiasmo, na espera do Senhor que vem, formou um grupo que se uniu em oração aos milhares de outros grupos de católicos brasileiros espalhados por todos os recantos dessa nossa grande nação.
Os temas propostos para esse ano para a reflexão da comunidade foram:
1º Encontro: A luz da Palavra do Senhor, construir a fraternidade;
1º Encontro: A luz da Palavra do Senhor, construir a fraternidade;
2º Encontro: A nova humanidade é possível;
3º Encontro: Ninguém passará necessidade;
4º Encontro: Confiando em Deus, construímos A Paz;
5º Encontro: Uma nova sociedade que inclui a todos e promove a vida;
6º Encontro: A Força do Perdão;
7º Encontro: Desapareceram os fatores de morte, surgem sinais de vida;
8º Encontro: Deus nos consola buscando para nós a vida plena; e
9º Encontro: Nunca perder a esperança.
Em cada encontro houve uma reflexão sob o título Recordação da Vida onde lembramos as figuras de:
1º Encontro: Nelson Mandela;
2º Encontro: Chiara Lubich;
3º Encontro: Irmã Dulce;
4º Encontro: Irmã Doroty;
5º Encontro: Padre Júlio Lancellotti;
6º Encontro: Papa São João Paulo II;
7º Encontro: Drª. Zilda Arns;
8º Encontro: Padre Léo; e
9º Encontro: Dom Helder Câmara.
E assim a Comunidade São Pedro de Rates da Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Carmo da Cachoeira se preparou para a vinda de Nosso Salvador Senhor Jesus Cristo.
Comentários
Luz e Harmonia a todos. Feliz Natal.
Transcrição de Testamento. Capitão Francisco Lopes Guimarães.
Nomeio e instituo por meus Testamenteiros em primeiro lugar a minha mulher dona Ana Maria de Siqueira, em segundo lugar o Padre Francisco Lopes Guimarães, em terceiro lugar Ignácio Lopes Guimarães, em quarto lugar Joaquim Lopes Guimarães e na falta destes a Fernando Lopes Guimarães e a cada um dos mais meus filhos seguindo a estes pela ordem do seu nascimento substituindo uns na falta dos outros os quais todos e a cada um insoldum dou e trespasso todos os meus poderes especiais e gerais para fazerem a minha figura em juízo e fora (Fl.06v) dele quão bastante de direito se requer para inventariarem, arrecadarem, pagarem, responderem, e fazer tudo mais o que for a bem da Testamentaria para o que os hei por abonados.
Os bens do meu casal constaram por Inventário amigável ou judicial e depois de pago o meu funeral e dívidas sobre o que abaixo farei declarações se partirá o restante ao meio o qual uma metade pertence a minha mulher e a outra metade que me pertence se partirá em três partes, duas das quais se partilhará em igual parte por todos os meus filhos que são dez herdeiros acima mencionados, e da minha terça disponho na forma seguinte:
Mandarão dizer oito missas de esmola comum dentro do oitavário de meu falecimento em altar privilegiado.
Deitarão na caixa da Bula da Santa Cruzada cinco oitavas de ouro perante o pároco ou Tesoureiro menor dela, ao que qualquer destes passará Certidão.
Declaro que mandarão dizer dez missas de esmola comum pelas almas de meus escravos falecidos.
Declaro que o Alferes Damaso da Costa Moreira sem clareza me deve dez oitavas de ouro, que por ele pague a conta de uns castiçais dourados, que estão no Altar DO SENHOR DOS PERDÕES na Matriz desta Freguesia, a qual divida cobrada que seja será de esmola para o mais preciso adorno ou decência do mesmo Altar isto no caso que eu faleça sem cobrar e cobrando eu mesmo a darei e ou deixarei declarado no meu Livro ou Lista de Razão que servirá depois desta verba.
Declaro que darão de esmola duas tochas de cera branca para a assistência do Santíssimo Sacramento da Matriz desta Freguesia.
Declaro que eu e minha mulher demos a nosso filho Gabriel Lopes Guimarães a conta de sua legítima paterna e materna a Fazenda e Sítio chamada (Artes?) em que moramos para ele nela construir o seu Patrimônio a fim de se ordenar de ordem sacra pelo preço em que for avaliado nos Autos do Patrimônio, e seu, ou a dita minha mulher falecer antes de ser avaliada nos Autos do Patrimônio lha damos pelo seu valor em que for avaliada no Inventário do casal, e se exceder no preço o importe das ditas legítimas este excesso se partirá ao meio e uma metade sairá da minha terça.
Declaro que depois de satisfeitos os legados supra e feito bom como acima declaro a metade do excesso a legítima paterna sobre o valor da metade do patrimônio do dito meu filho Gabriel Lopes Guimarães mandarão por minha alma dizer cem missas de esmola comum.
Declaro que do resto da minha terça depois de pagas as despesas testamentárias se parta ao meio e cada parte se dará as minhas filhas: Ana Joaquina da Conceição e Maria Esméria Thomásia de Aquino estando qualquer delas solteiras para adjutório de seus dotes, e tendo casado estando dotadas excedendo o dote de suas legítimas se fará este dote bom quanto ao excesso no dito restante de minha terça o qual restante deixo por inteiro estando solteiras ou não dotadas; e sendo dotadas e casadas depois de feito bom como dito fica os seus (ilegível) alguma coisa sobrar se dará de esmola a minha afilhada Flora enjeitada em minha casa para seus vestuários a arbítrio de quem a recolher educar e criar que por ora é minha mulher, e se a dita Flora morre o resto que existir se dirão em missas pela minha alma.
(continua)
Dia 17 de dezembro comemora-se o "DIA DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO MUNICÍPIO".
Cf. COSTA, Joaquim Ribeiro. Toponímia de Minas Gerais. Belo Horizonte. Itatiaia. 1993.
A obra faz um estudo histórico da divisão territorial e administrativa dos Municípios de Minas Gerais. Fala da origem e significado de seus nomes.
A Emancipação Política de CARMO DA CACHOEIRA, Minas Gerais, aconteceu através do Decreto-lei n.148, de 17 de dezembro de 1938. Emancipação política, cujas origens históricas tem suas raízes na passagem do feudalismo ao capitalismo no Brasil-Colônia, e que traz o entendimento de uma sociedade livre, onde o espaço ora "EMANCIPADO" é tido como um espaço com condições de conduzir o seu processo histórico. Espaço em que seu povo foi percebido com capacidade para gerir e administrar o espaço. É um espaço social criado, e entregue aos que aí habitam. Sabedores dos aspectos legais garantidos pela Constituição, o povo se encarregará de administrar o território que mora. O homem é transformado em CIDADÃO. Ele cresceu e foi percebido como grupo capaz e hábil. E agora, que fazer com esta responsabilidade e liberdade? Assusta ver-se como cidadão e decidindo. Cabe então perguntar-se, argumentar e saber como quer ver o funcionamento de sua cidade. O Estado concedeu a este grupo de pessoas a liberdade de escolha, entregou a ele os destinos de uma parte do território brasileiro, o denominado, CARMO DA CACHOEIRA, no Estado de Minas Gerais. Em outras palavras disse: É a hora e a vez do cidadão, exerça sua cidadania. Surge então centenas de questionamentos nas cabeças destes filhos já crescidos e prontos para assumir responsabilidades: - A cidadania expressa o que existe de mais aperfeiçoado em termos de liberdade? - Sendo cidadão, dá para se lutar para um mundo melhor e mais humano? - Esta liberdade existe ou é uma utopia?
As respostas vem das reflexões, principalmente as grupais, e em torno de conceitos. Por exemplo, "Emancipação Humana", considerado como um dos aspectos fundamentais da cidadania. Qual é o Regime de governo adotado pelo País? O cidadão sabe a que Regime seu País está inserido? Deverá saber que esta forma irá, certamente, refletir o tipo e forma de convivência social predominante. No Regime Capitalista, quer dizer, onde as relações econômicas estão na base da sociedade, é ela que dá as cartas e influencia as decisões da sociedade civil - aquela que escolhe, aquela responsável pelos seus destinos, do seu Município, do seu País. Até onde chega a liberdade de escolha? Poderá haver manipulações? Como desempenhar o papel de cidadão consciente? São reflexões que orientam novos passos que, se dados com firmeza e determinação, poderão conduzir os destinos de seu território, e transformá-lo num lugar bom para se viver, conviver e se relacionar. Com consciência e senso crítico pode-se construir, a cada dia, um novo mundo - o mundo cidadão.
FELIZ ANIVERSÁRIO PELA SUA EMANCIPAÇÃO, CARMO DA CACHOEIRA.
Transcrição por Edriana Aparecida Nolasco. Testamento do Capitão Francisco Lopes Guimarães.
Deixo o tempo de cinco anos para dar contas da testamentária tão somente por juramento sem ser preciso ao Testamenteiro apresentar documentos, ou papéis por onde mostre (Fl.07) ter cumprido as disposições da minha terça.
Declaro que de todo o monte se pagará as dívidas do meu casal as quais constarão de uma lista por mim assinada, que servirá de parte desta verba com a qual Lista se haverão. As ditas dívidas por justificadas e muito verdadeiras e sem dependência, para isso, de procedimento Judicial para serem atendidas nas Partilhas de Inventário Judicial ou Amigável que serão feitos salvas as ditas dívidas que se pagarão ou separarão para elas bens primeiramente, e se acaso eu pagar algumas, ou for de novo contraindo tudo se achará declarado na dita Lista.
Declaro que aos meus filhos nada devo a exceção de minha filha Ana Joaquina da Conceição a quem devo cem oitavas de ouro de dois legados, que lhe deixaram ALEXANDRE GOMES e IGNÁCIO SOARES DE SIQUEIRA, e alguns dos mais me devem, o que constará de suas clarezas; porém o que de novo sobrevier, sobre esta matéria constará da dita Lista por mim assinada, que será atendida como parte deste Testamento pagando se logo e sem procedimento Judicial todos os meus credores, que constar da dita Lista em dinheiro, ou bens por sua avaliação.
Declaro que se ao tempo de meu falecimento me ficarem filhos com idade menor de vinte e cinco anos no meio e rogo as Justiças de sua Majestade nomeiem para tutor deles a dita minha mulher ou a qualquer dos meus filhos o Padre Francisco Lopes Guimarães, Ignácio Lopes Guimarães ou Fernando Lopes Guimarães porque do ânimo caridoso de qualquer deles e bom conceito que faço sei zelarão, administrando e aumentarão os bens dos órfãos ainda quando a mais moça que ao fazer deste tem mais de dezenove anos acho já, e semelhantemente os mais com Juízo e capacidade para regerem suas pessoas, e bens, aumentá-los, não desfrutá-los, e se eu morrer antes que eles tenham vinte e cinco anos ou estejam solteiras rogo às Justiças de sua Majestade não façam arrematar os bens dos ditos órfãos e sim conservá-los porque assim mais se aumentam visto ter capacidade para isso com assistência de seu Tutor.
Declaro que com minha mulher dei a minha Ana Joaquina da Conceição duas escravas crioulas chamadas Margarida e Bernardina; e a minha filha Maria Esméria Thomásia de Aquino também duas escravas crioulas Francisca e Delfina, das quais elas estão de posse debaixo do meu Pátrio Poder, e em casando ou estando emancipadas as levarão por dote a conta de suas legítimas as quais escravas lhes não serão tiradas por forma alguma.
Declaro que sou Testamenteiro de Ignácia Soares de Siqueira cujas contas estou a finalizar, porém se em minha vida o não fizer meus Testamenteiros o farão pelos bens de meu casal sendo que dos bens da terça até aqui ainda não recebi um macho chamado Quatro Olhos e parte respectiva de dívidas adjudicadas a terça por me não entregar a Inventariante dona Antônia Coutinha e seu segundo marido o Capitão Ignácio Xavier de Gusmão, em cujo poder estão e o que sobrevier de novo sobre esta matéria declararei na dita Lista como parte desta verba.
E nesta forma dou por acabado este meu Testamento que quero valha em Juízo, e fora dele como minha última vontade que é, e disponho sem constrangimento de pessoa alguma, e se nele faltar algumas cláusulas, e condições as hei por expressadas, e se tiver alguma palavra ou palavras, condições ou cláusulas contra as Leis Testamentárias as dou por riscadas e não ditas, porque quero se cumpra no mais deste meu Testamento e rogo as Justiças de sua Majestade o cumpram e guarde e façam cumprir e guardar como nele se contém, e para constar mandei escrever o presente por BERNARDO JOSÉ CARNEIRO, que também assinou como (Fl.07v) testemunha e sendo por mim lido achando como notei me assinei por minha mão e punho.
Arraial da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Aiuruoca, 26 de abril de 1803 anos.
FRANCISCO LOPES GUIMARÃES
Fl.08v.
ABERTURA
Certifico que falecendo da vida presente o Capitão Francisco Lopes Guimarães com o seu solene Testamento que é o presente no dia vinte e dois do mês de junho de mil oitocentos e três (...)
Fl.10
PROCURAÇÃO
Procuradores Nomeados - a seus filhos o Padre Francisco Lopes Guimarães, Ignácio Lopes Guimarães e Fernando Lopes Guimarães.
Data - 24 de junho de 1803
Local - Freguesia da Aiuruoca.
Que faz - a viúva dona Ana Maria de Siqueira.
São as casas visitadas pelo menino Jesus:
Alcione
Sebastiana
Terezinha
D. Irene
D. Dita
Cleide
Rosa
Graça
Aparecida Moreira
Alice
Shirley
Di
Vania
Roselania
Maria Trindade
e terminaremos na sua casa Leonor, onde está o Nosso Santuario. A partir, daí também queremos convidar todas as pessoas que se interessarem a participar conosco do nosso encontro todas as quartas para a oração do Terço à Mãe Rainha, por volta das 18:00hs, quem se juntar à nós, será muito bem recebido, por nós e pela Nossa Mãe, que está sempre de braços abertos para acolher seus filhos...
Obrigada pelo espaço.....
Shirley....