Matéria publicada no Jornal Correio do Sul - Varginha - 10/12/2008
Reportagem de Larissa Amaral
A Assistência Social do Município de Carmo da Cachoeira esteve envolvida nos últimos dez dias numa mobilização em prol dos desabrigados pelas enchentes de Santa Catarina.
A secretária municipal de Assistência, Maria Urbana Reis Silva, sua equipe e voluntários da comunidade, iniciaram a campanha para arrecadação de mantimentos, vestuário e itens de higiene pessoa e limpeza dia 1º de dezembro, através de anúnicos na Rádio Divinal da cidade e por meio de distribuição de cartazes. No dia 5, sexta-feira, a equipe organizou um arrastão, passando de casa em casa, conseguindo aproximadamente dez mil peças de vestuário, entre roupas e sapatos, alimentos como arroz, feijão, macarrão, açúcar, café, além de vários materiais de higiente.
Com apoio da empresa Mercedes Benz-Prodoeste, de Três Corações - que está captando arrecadações de várias cidades da região do Sul de Minas - as doações serão destinadas para a cidade de Itajaí, em Santa Catarina, no final desta semana, onde serão organizadas e distribuídas pela própria empresa.
"Precisaríamos fazer parcerias com várias cidades, no sentido de estarmos preparados para eventualidades como essa", frisa Maria Urbana. Ela ainda destaca: "Durante o período de preparação e arrecadação de doações, foi observado por todos da equipe da Assistência Social e voluntários, a disposição, a solidariedade que norteiam a grandeza do espírito humano diante de mudanças inesperadas, mas, com o apoio fraternal e incondicional da alma humana, podemos nos unir e sobrepujar as adversidades do dia-a-dia".
Comentários
De Pablo Neruda.
O CAMINHO molhado pela água de agosto
brilha como se fosse cortado em lua cheia,
em plena claridade da maçã,
em metade da fruta de outono.
Neblina, espaço ou céu, a vaga rede do dia
cresce com frios sonhos, sons e pescados.
O vapor das ilhas combate a comarca,
palpita o mar sobre a luz do Chile.
Tudo se reconcentra como o metal, se escondem
as folhas, o inverno mascara sua estirpe
e só cegos somos, sem cessar, somente.
Somente sujeitos ao leito sigiloso
do movimento, adeus, da viagem, do caminho:
adeus, da natureza caem as lágrimas.
PARALELO À MITOLOGIA
Tântalo, rei da Líbia, certo dia,
A visita dos deuses recebeu
E provar sua divindade ele queria,
Em repasto, o próprio filho ofereceu.
E esse seu gesto insano, imponderado,
A cólera de Júpiter mereceu.
No Tártaro, ele foi precipitado,
Pela sede e pela fome devorado,
Eis o suplício a que fora condenado.
Tu mereces, ó Tântalo, esse suplício!
A tua culpa hás de levar contigo!
Expia a culpa, e aceita o teu castigo!
Mas eu, pobre mortal, só tive um sonho,
Nada quero provar e a nada me proponho,
Provar não quero minha divindade,
Pois, sou apenas mísera criatura,
Que sonhou um dia com a felicidade,
Quando provou, dos olhos teus, essa doçura.
Meu crime, minha doce desventura
É esse amor sem esperança, essa amarga delícia.
É querer e não receber tua carícia.
É encontrar-me sedenta, em meio ao rio,
É um raio de sol sentindo frio,
Um pomar repleto de dourados frutos,
Que, ao tentar colhê-los, fogem-me abruptos.
Hei de levar comigo esse suplício!
Expio minha culpa, aceito o sacrifício!
"Reduza o amor à sua essência.
Ele é muito mais um conhecer
e um ser conhecido. Empenhe-se, realize o esforço em passar a conhecer e deixar seu verdadeiro eu ser conhecido.
Verá a singularidade do amor e do AMOR".
É uma terapia - a da SIMPLICIDADE. Experimente você também.
Acorde!
Desperte!
Tenha dinamismo em sua vida!
Não fique parado, de braços cruzados, preso na indiferença ante o que está acontecendo.
A vida não é para ser assistida como cenas de televisão, mas para ser vivida com toda a intensidade e alegria.
Lembre-se, o que já aconteceu ninguém muda.
Use o senso crítico. Não são palavras bonitas ou idéias enfeitadas que valem.
Procure as ações práticas.
A busca da felicidade é inerente ao ser humano e ela não pode ser uma atitude isolada.
Você feliz, a família carente.
Você feliz, a comunidade sofrendo sem conseguir ao menos ver atendidas as suas necessidades básicas.
Você, comendo, feliz, rodeado de famintos.
É possível ver esta cena, mas não é humano, não é ético.
Não podemos continuar amortecendo a nossa consciência com rótulos falsos: "Estão assim porque são incompetentes". "São preguiçosos".
Veja o imenso trabalho de milhares de pessoas para recolher latas vazias, caminhando, remexendo sacos de lixo, amassando-as com o calcanhar, para disto tirar seu sustento. Colocam neste trabalho uma auréola "combate à poluição" e todos têm uma imagem muito positiva da atividade.
Não esconderia isto um terrível e injusto esquema de exploração?
Neste setor de embalagens há muita coisa que deveria ser questionada.
Lança-se fora, sem nenhuma preocupação, milhões e milhões de embalagens plásticas que levam um século para se desfazerem na natureza e entopem bueiros, valas e tubulações. Por que não se usa o vidro, com retorno das embalagens?
O interesse público, a preservação da natureza não interessa. Prevalece o interesse econômico de uma minoria que incentiva o uso de recipientes plásticos, mesmo sendo poluentes e consumindo petróleo na sua fabricação, o que onera o País para pagar a sua importação.
Por outro lado, a eficiência e a "qualidade" da empresa é medida pelo lucro e pela presença de poucos funcionários.
Ela existe para quê?
Que lhe parece? Seria para construir um mundo melhor para todos viverem?
Absolutamente não é isto! Operando a empresa com produção e riqueza e oferecendo os lugares onde as pessoas trabalham para poder comprar o seu alimento, vale a questão: é uma estrutura para propiciar uma vida digna às pessoas ou apenas um ávido sorvedouro de riqueza para uma minoria?
Vamos refletir! É justo este esquema?
Haverá algum princípio ético ou religioso que justifique este injusto sistema econômico das empresas cristalizando privilégios e o comércio internacional explorador, monopolizando interesses e vantagens para minorias em detrimento da miséria da maior parte da humanidade?
Vamos! Manifeste as suas críticas! Nós sempre procuramos não sofrer. Mas não podemos tomar a atitude de ignorar o que acontece à nossa volta. Isto é uma maneira de nos omitirmos, CONSCIENTEMENTE, tentando, com isto, evitar os dissabores, os sofrimentos. Se eu atendo às minhas necessidades, por que me preocupar com os outros? Por favor, recorde os seus princípios! Ajude a construir um mundo com nova CONSCIÊNCIA crítica, voltada para o bem comum.
O QUE JÁ ACONTECEU NINGUÉM MUDA.
O QUE VAI ACONTECER TEM QUE SER CONSTRUÍDO.
PELA GESTÃO COMUNITÁRIA.
Estas simples dádivas e prazeres ajudarão você a manter a vida equilibrada.
Um texto esclarecedor e profundo poderá ser encontrado na Revista de História Comparada, "Helena de Campos".
Texto da prof. Ms Helena Guimarães Campos. Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. helenagcampos@yahoo.com.br
Na p.12, e com o referencia (LARA, 1988:35-36), o seguinte:
"Sem saber como despachar um leitãozinho numa gaiola, um agente da estação Central do Brasil, do norte de Minas, poeta espirituoso, consultou seu chefe por meio de um telegrama urgente:
Chegou, agora, à estação,
trazido por um negrão,
um porco numa gaiola.
Procurei classificá-lo ...
chegando até criar calo.
E isso até desconsola.
Como, então vou despachá-lo,
sem saber como mandá-lo?
Resolva, chefe, este entrave!
Aqui, entre nós, pergunto:
para encerrar o assunto:
Porco em gaiola é uma ... ave?"
E, ... no REINADO DAS FERROVIAS, o todo-poderoso ...
(...)
"E, se o trem subjugou algumas tradicionais prática locais de abuso de autoridade e de prestígio social, provocou mudanças também nos referenciais espaciais que refletiam hierarquias sociais. Na época dos muares, era comum caber ao tropeiro a ida à fazenda do mandatário local para prestar conta dos serviços feitos, para acordar novos transportes, para acertos a título de pagamento ou para outra tarefa, como dar-lhe informações relevantes colhidas ao longo da viagem. Já no reinado das ferrovias, era o todo-poderoso que se deslocava até a estação para despachar ou receber mercadorias ou uma pessoa querida ou para utilizar-se do telégrafo. Ele até poderia ter influenciado a construção da ferrovia para servir à sua propriedade ou a sua área de influência , mas era como o mais comum dos mortais - que se submetia aos imperativos burocráticos da operação das estradas de ferro".
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece.
(...)
Estou acordado e todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
Senti um impulso imenso de amor ao ler este artigo. Como não sei compor não sei compor, colei.
www.letrasdemusicas.com.br
Mas, valeu, né?
O interesse do Projeto Partilha no referido inventário de Antônio de Brito Peixoto está no fato de ter se casado com dona Maria de Moraes Ribeiro, no ano de 1725. Maria de Moraes Ribeiro é irmã de Ângela de Moraes Ribeiro (Morais)/(Ribeiro), mãe de José Joaquim Gomes Branquinho do Distrito da Boa Vista de Lavras do Funil. Antônio, portanto, cunhado de Ângela, é tio de José Joaquim.
Este Inventário já está disponibilizado, no entanto, o Projeto Partilha solicitou detalhamento, tendo em vista não haver encontrado o décimo filho do casal, o Manoel. Segue-se, assim, os dados do detalhamento . Inventário de Antônio de Brito Peixoto.
Ano - 1750 caixa - 605
Inventariante - Maria de Morais.
Local - São João del Rei.
Fl. 57v.
AUTO DE CONTAS
Data - 06 de dezembro de 1758
Local - Vila de São João del Rei
Tutor - Domingos Alves Fontes. Procurador da viúva.
Órfãos:
- o órfão José, com vinte e quatro anos, sendo seu exercício o Estudo;
- a órfã Jacinta, com vinte e dois anos, solteira, em companhia de sua mãe (...)
- a órfã Maria, com vinte anos, em companhia de sua mãe a qual lhe dá boa educação e ensino trazendo-a no exercício dos bons costumes (...) na diligência de lhe dar estado de casada com pessoa de igualdade o que lhe tem sido custoso achar ...
- a órfã Ângela com 20 anos, solteira, em companhia de sua mãe (...)
- o órfão Jerônimo com dezoito anos, em companhia de sua mãe, a qual o trás aprendendo a ler, escrever e contar e lhe dá bom ensino e educação.
- a órfã Dorotéa com quase quinze anos, se acha em companhia de sua mãe a qual lhe dá bom ensino e educação e exercitando-a aos bons costumes.
- a órfã Ana com 12 anos, em companhia de sua mãe a qual lhe dá bom ensino e educação exercitando-a bons costumes.
- a órfã Luíza com nove anos em companhia de sua mãe a qual lhe dá bom ensino e educação e exercitando-a aos bons costumes.
OBSERVAÇÃO - nascera outro filho póstumo e se chama MANOEL com idade de sete anos e tantos meses e que se acha em companhia de sua mãe.
Do inventário consta ainda que entre os BENS havia 43 cabeças de porcos; um carro velho com duas cangas; 23 cavalos russo e 262 vacas; 08 machados; 10 foices; 05 enxadas.
ESCRAVOS - 33
Residência - Paragem das Carrancas, Sítio chamado das Bicas.
Monte-mor - 7:644$240
Líquido - 5:704$753
Meação - 2:858$376
cada herd.- 250$158
Dívidas Ativas:
Manoel de Oliveira GALANTE 79$500
Antonio do Valle Ribeiro 417$500
Manoel do Valle Ribeiro 480$000
Manoel Machado Toledo 157$500
Domingos Villela 26$000
BENS DE RAIZ
o nome que aparece nesta transcrição entre seus vizinhos é o de Manoel de Oliveira GALANTE.
- Venância, casada com Manoel Joaquim de Santa Ana
- Ana Josefa de Souza, primeira mulher de Manoel Tomás de Carvalho. A segunda foi Umbelina Cândida de Andrade. Em 1822 foram indicados com louvados no testamento seus vizinhos: Manoel Joaquim da Costa e o Alferes José Simões de Aguiar. As Fazendas citadas: Sapé, Trombuca e Sertãozinho correspondem a Coqueiral, ou seja, Espírito Santo: do Sapé; dos Sertões; da Trombuca. Como vizinhos cita também, os herdeiros de Manoel Pereira de Carvalho.
Cf. Inventários disponibilizados pelo Projeto Compartilhar.
- Delfina Francisca de Andrade, casada com Francisco Teodoro Mendonça.
- Antonio Joaquim de Andrade.
Aparecem o nome de duas netas:
- Maria Emerenciana de Andrade
-Lauriana Felícia de Andrade.