Fazenda do Paraíso de Francisco Garcia de Figueiredo Francisco Garcia de Figueiredo é citado como um dos condôminos / herdeiros da tradicional família formada por Manuel Gonçalves Corrêa (o Burgão) e Maria Nunes. Linhagistas conspícuos, como Ary Florenzano, Mons. José Patrocínio Lefort, José Guimarães, Amélio Garcia de Miranda afirmam que as Famílias Figueiredo, Vilela, Andrade Reis, Junqueira existentes nesta região tem a sua ascendência mais remota neste casal, naturais da Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila de Horta, Ilha do Fayal, Arquipélago dos Açores, Bispado de Angra. Deixaram três filhos que, para o Brasil, por volta de 1723, imigraram. Eram as três célebres ILHOAS. Júlia Maria da Caridade era uma delas, nascida em 8.2.1707 e que foi casada com Diogo Garcia. Diogo Garcia deixou solene testamento assinado em 23.3.1762. Diz ele, entre tantas outras ordenações: E para darem empreendimento a tudo aqui declarado, torno a pedir a minha mulher Julia Maria da Caridade e mai
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Helena é avó de Tristão Afonso Azevedo, através de seu filho José Fernandes das Neves e de sua nora Rosa Maria de Campos. Tristão se casou com dona Eulália Leodora de Miranda, nascida no ano de 1790, filha do Tenente Antônio Pinto de Miranda e de sua mulher Rosa Angélica da Conceição, moradores na Fazenda do Rio Grande do Funil, Freguesia de Lavras do Funil.
Cf. Projeto Compartilhar.
Inventário Ten. Antonio Pinto de Miranda. Ano 1794.
A navegação do Rio Grande tece seus estudos preliminares indicados em 1850, pelo Dr. José Jorge da Silva, agente executivo de Lavras, que propôs ao governo da Província de Minas o estabelecimento de uma navegação no Rio Grande, começando na barra do Ribeirão Vermelho, margem esquerda do Rio Grande, afastada de Lavras por aproximadamente 8 km. Porém, essa brilhante idéia de explorar dezenas de léguas com a navegação do Rio Grande só veio ocorrer quando o cônego Joaquim José de Sant´Ana, comendador da Ordem de Cristo e vice-presidente da Província de Minas Gerais, decretou a Lei n.2.754 de 18 de dezembro de 1880. A exploração da navegação do Rio Grande, no trecho entre a barra do Ribeirão Vermelho e a Cachoeira da Bocaina (Capetinga), no município de Puimhí, numa extensão de 208 km rio abaixo.
Nesse tempo, com a implantação da navegação do Rio Grande, forma-se o primitivo povoamento, em razão do centro comercial organizado à margem do rio, com a denominação de "PORTO ALEGRE", primeiro nome de Ribeirão Vermelho.
O estabelecimento dessa navegação, entretanto, num percurso de mais de 200 km, constituiu, igualmente, assunto de interesse da Cia. Estrada de Ferro Oeste de Minas, pelas grandes vantagens que ela poderia obter, por se tratar de uma zona banhada por um mesmo rio, de terras ubérrimas e ricas matas, sem vias de comunicação rápida e barata.
Assim, procurando meios para seu desenvolvimento, uma vez que a região percorrida era falha de recursos por ser pouco habitada, a Cia. Estrada de Ferro Oeste de Minas pensou em prolongar suas linhas, tratando logo de adquirir a concessão, então existente, de uma estrada de ferro que, partindo de São João del Rei se dirigisse a Oliveira, com um ramal para "PORTO ALEGRE".
Em 14 de abril de 1888, foi inaugurada na margem direita do Rio Grande, a Estação de Ribeirão Vermelho, na ocasião, com o nome de ESTAÇÃO DE LAVRAS.
No ano de 1881, a Lei n.1785, de 22 de setembro, a Assembléia Legislativa Provincial decretou a criação do Município do Espírito Santo da Varginha, "composto da freguesia deste nome, elevada à categoria de villa, e da (Freguesia) DO CARMO DA CACHOEIRA, desmembradas, a primeira do Município de Três Pontas e a segunda do de LAVRAS".
O Livro da Lei Mineira contem a Lei de n.556 1911, de 30 de agosto de 1911. Nela, o seguinte:
As divisas do Município de Lavras são as seguintes: A partir da confluência do Rio Aiuruoca com o Rio Grande, ponto da divisa com o districto da Madre de Deus, do Município do Turvo, descendo a linha de limite a margem esquerda do Rio Grande e dividindo o Município de Lavras do Município do Turvo, até frontear a embocadura do Ribeirão das Vacas, e daí por diante dividindo o mesmo município de Lavras do de São João del Rei até frontear a embocadura do Rio das Mortes, e deste ponto em diante dividindo-o do Município de Bom Sucesso pelo mesmo Rio Grande até encontrar a divisa do Distrito de Perdões como o distrito de Ribeirão Vermelho, e seguindo por essa divisa até a confluência do córrego do Barreiro com o Rio Grande, e por este abaixo até a confluência do Rio do Cervo, limite do Distrito de São João Nepomuceno com o de Lavras; subindo, em continuação, o Rio do Cervo até a linha imaginária traçada no Mapa da Comissão Geográfica até o Rio do Peixe, e por este abaixo até a confluência do RIBEIRÃO VERMELHO, NO DISTRITO DE SÃO TOMÉ, e por este ribeirão acima até o ponto da linha imaginária traçada no mesmo mapa, e com as alterações ultimamente feitas e que passaram para o Município de Lavras a Fazenda do Jardim, da Viscondessa de Caldas, e outras, e deixando a linha já traçada no referido mapa, no ponto em que abandona o rio INGAÍ, próximo a Fazenda do Capim, e desse ponto continuando a subida pelo rio Ingaí até a confluência do ribeirão da Traituba, e por este acima até a Serra do Mindorim e por esta, a direita, em linha reta, até o Ribeirão dos Carneiros e descendo por este até o ribeirão dos Pitangueiras e por este abaixo até o Rio Aiuruoca, por este abaixo até a confluência com o Rio Grande, onde começou a divisa ficando incorporados ao Município todos os terrenos compreendidos dentro da demarcação assinalada.
Texto contido na p.171 da obra, "O Quilombo do Campo Grande". A História de Minas Gerais Roubada do Povo. Tarcísio José Martins - mineiro, autor da referida obra, advogado pela USP. Obra editada por "A Gazeta Maçonica. São Paulo.1995.
A informação primeira que nos trouxe a esperança de desvendar o mistério da localização do Quilombo do Ambrósio é dada também pelo Prof. Waldemar de Almeida Barbosa:
"(...) Ora, no mapa de todo o campo grande, tanto da parte da Conquista, que parte com a Campanha do Rio Verde e São Paulo, como do Piuí e Goiases, e no qual figuram os nossos quilombos, inclusive o de Caetés, não consta Quilombo do Creça, mas nele figura o do Careca, aliás como dos maiores, com 110 casas. Nesse mesmo mapa, em vez de Quilombo do 'Bamboí', lê-se 'Mambói'. Quer nos parecer, assim que Creça e Careca sejam o mesmo Quilombo. Questão de ortografia. Há ainda o auto de posse do Quilombo do Morro da Angola; nesse foram presos 25 negros, algumas crias, quase todos de nação Angola. Circunstância digna de registro é essa de um quilombo com predominância da mesma nacionalidade". (Negros e Quilombos em Minas Gerais, p.50).
Waldemar de Almeida Barbosa não cita a sua fonte para tais afirmativas.
Francisco de Assis Carvalho Franco menciona que "nesse mesmo ano (1760), a 26 de novembro, comunicava Bartolomeu Bueno ao governador de Minas tudo quanto fizera nas guerilhas contra os calhambolas, TENDO LEVANTADO UM MAPA, FEITO DE SEU PRÓPRIO PUNHO, COM MINUCIOSA LOCALIZAÇÃO DOS MOCAMBOS QUE DESTRUIU, PEÇA QUE LEGOU A SEU NETO VICENTE FERREIRA DE PAULO BUENO". (Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil", p.313).
Durante mais de cinco anos andamos a procura do citado mapa, sem nada conseguir. Finalmente, através do Dr. Hélio Gravatá, alto funcionário do APM, em Belo Horizonte, obtivemos uma cópia xerox do citado mapa contido numa das revistas do APM. A cópia, porém, era muito pequena e pouco nítida. O Dr. Gravatá, grande conhecedor da pesquisa histórica, informou-nos de que o documento original, integrante da Coleção Almeida Prado, poderia ser encontrado na Universidade de São Paulo, junto ao Instituto de Estudos Brasileiros.
Realmente, localizamos o mapa, conforme nos fora informado pelo Dr. Gravatá, sem catalogação específica e em meio a inúmeros outros mapas e desenhos. Mandamos fotografá-lo e o reproduzimos em tamanho natural de 60 cm-X-40cm. (...).
Além do mapa, o documento traz um texto-legenda explicativo que reproduzimos a seguir:
"MAPA DE TODO O CAMPO GRANDE, TANTO DA PARTE DA CONQUISTA, QUE PARTE COM A CAMPANHA DO RIO VERDE, E SÃO PAULO, COMO COM PIHUI, CABECEIRAS DO RIO DE SÃO FRANCISCO E GOISASES".
"NA ENTRADA QUE SE FEZ A PÓS sertões das conquistas do Campo Grande por ordem do ilustríssimo Sr. Conde de Bobadela, como ordenou ao capitão Antônio Francisco França, o qual agora põe na presença do ilustríssimo e Ex.mo. Sr. general Diogo Lobo da Silva, como do presente ordena o seguinte:
"Saímos da Povoação dos Buenos ao Arraial de Sta. Anna das Lavras, que são quatro léguas, de onde se prosseguiu a viagem por terra entre o Rio Grande e o Rio Verde, em partes têm de distância de um a outro de 25 a 30 léguas. Primeiramente se passaram dois ribeirotes grandes chamados Servo em rumo direito à Serra das Três Pontas, até chegar ao quilombo queimado chamado a Boa Vista,já há tempos demolido, o qual estava situado entre o Rio Verde e o Rio Grande, como se mostra no título do mapa e em todos os mais daquele continente; e fazendo-se experiência de ouro em toda aquela campanha não mostrou coisa alguma; e somente pegada a Serra da Cordilheira das Esperanças mostrou tênues faíscas, cuja diligência prosseguiu o capitão Antônio Francisco França enquanto se foi a destruir o Quilombo chamado Cascalho que se achava nas cabeceiras do Ribeirão da Conquista, o qual é de limitada faisqueira; e para cima da outra banda do Sapucaí ficam os ribeirões do Cabo Verde e Águas Claras, donde hoje é o descoberto chamado do Espíndola, e para as cabeceiras do Rio das Velhas e de S. Francisco havia feito o capitão Bartolomeu Bueno do Prado algumas experiências em que achou faisqueiras de jornal de (...) até seis vinténs por dia em dois corgos somente; e por respeito de entrarem as águas e adoecer muita gente de bexigas saímos para fora com toda a gente e cavalgaduras para o Arraial de St. Anna, deixando estradas e pontes em em todos os rios e corgos que se julga serem do Rio Sapucaí, que fica adiante do Ribeirão das Araras, até a capital de Vila Rica do Ouro Preto 50 léguas mais ou menos; embarcamos no Porto Real abaixo de Sta. Anna, pelo Rio Grande abaixo, até as cachoeiras das Esperanças, donde se fizeram várias experiências de ouro e no Rio, em algumas (...) e hoje se acharam algumas faíscas de ouro, porém, nas grupiaras que vertem ao Rio Grande (...) para o sertão em que hoje se acha o descoberto de São Pedro de Alcantra, e provando-se em várias partes se acharem faisqueiras de três quartos de oitava por semana e nas margens do dito Rio Grande se fizeram algumas experiências e se achou ser de tênues faisqueiras; como depois desta diligência se entrou a povoar com gente que concorreu de São Paulo e Goiases e destas Gerais, em que já esta Crisma próxima passada se desobrigaram mil e cem pessoas, pouco mais ou menos".
A legenda poderia ter sido escrita após 1763 (posse do governador Luiz Diogo); o mapa, porém, foi feito no ano de 1760.