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A família Faria no Sul de Minas Gerais.

Trecho da obra de Otávio J. Alvarenga:
- TERRA DOS COQUEIROS (Reminiscências) -

A família Faria tem aqui raiz mais afastada na pessoa do capitão Bento de Faria Neves, o velho. Era natural da Freguesia de São Miguel, termo de Bastos, do Arcebispado de Braga (Portugal). Filho de Antônio de Faria e de Maria da Mota. Casou-se com Ana Maria de Oliveira que era natural de São João del-Rei, e filha de Antônio Rodrigues do Prado e de Francisca Cordeiro de Lima. Levou esse casal à pia batismal, em Lavras, os seguintes filhos:

- Maria Theresa de Faria, casada com José Ferreira de Brito;
- Francisco José de Faria, a 21-9-1765;
- Ana Jacinta de Faria, casada com Francisco Afonso da Rosa;
- João de Faria, a 24-8-1767;
- Amaro de Faria, a 24-6-1771;
- Bento de Faria de Neves Júnior, a 27-3-1769;
- Thereza Maria, casada com Francisco Pereira da Silva; e
- Brígida, a 8-4-1776 (ou Brizida de Faria) (ou Brizida Angélica), casada com Simão Martins Ferreira.

Bento de Faria Neves Júnior, casou-se a 16-2-1792, com Rita de Tal, em Lavras, sendo, provavelmente, o celebrante do ato o pimeiro Capelão dalí, Pe. José Alves Preto, sendo Rita ali batizada em, 26-7-1774¹. Era filha de Nicolau Martins Saldanha e do seu primeiro casamento com Ignácia Maria de Barros. O segundo casamento foi com dona Maria Josefa de Gouveia ou Aguiar, filha de Josefa de Gouveia Oliveira e Mathias Fernandes da Silva. A primeira filha de Nicolau, Maria Joaquina do Espírito Santo, casou-se com João Garcia Leal.

Bento de Faria Neves Júnior e Rita de Tal residiu no antigo São João Nepomuceno, deixou os seguintes filhos:

a) Capitão João Bento de Faria, que foi casado, primeiramente, com Emília Esmeraldina de Faria e, depois, com Irene da Costa Ribeiro, com geração em Lavras;
b) João Domingues de Faria, casado que foi com Joana Pereira, também com geração em Lavras;
c) Margarida Neves de Faria;
d) Joaquim Silvério de Faria;
e) Rafael de Faria Marins; e
f) Bento José de Faria.

Do Capitão Joaquim Silvério de Faria era filho, além de outros:

De Joaquim Silvério de Faria Júnior, que foi casado com Maria Umbelina Clara. Desse casal eram filhos:
a) Jesuíno Silvério de Faria (sobrinho), e
b) Leopoldino Silvério de Faria.

De Rafael de Faria Marins descenderam:
a) José Bento de Faria Marins;
b) Ana Elisa de Faria, casada que foi com o Farm. José Barbosa de Oliveira;
c) Maria Elisa de Faria, casada que foi com Jesúino Silvério de Faria (tio), tendo sido filho do casal Rafael de Faria Neto e Ana de Faria Sobrinho.

De Bento José de Faria descendem, dentre outros, Deocleciano de Faria, que foi casado com Ana Feliciana de Faria. Desse casal são filhos, além de outros: Antônio e Ernesto Bento de Faria, Ana e Maria Feliciano de Faria, casadas, respectivamente, com Joaquim Antonio da Silva e José Vitor de Faria.

Projeto Partilha - Leonor Rizzi

Próxima matéria: Provisão de algumas ermidas sul-mineiras.
Artigo Anterior: Algumas fontes consultadas pelo Projeto Partilha.

1. Segundo o historiador Waldemar de Almeida Barbosa, em o "Dicionário Histórico e Geográfico de Minas Gerais", o mais antigo registro conhecido, referente à Capela filial da Matriz de Lavras, data de 6-3-1776.

Comentários

Anônimo disse…
Juntando ao nosso preito de gratidão ao inesquecível Otávio J. Alvarenga, anexamos uma contribuição que, se vivo, iria regozijar-se. A tecnologia da informação aliada a da informática, em suas manifestações mais recentes, são meios dos quais nosso querido ACADÊMICO não dispunha em sua época. Mesmo assim ousou. Ousou e registrou o que pode, e a custa de muita luta, incompreensões e sacrifícios. Se vivo receberia um presente vindo do Projeto Compartilhar - uma página importante para o Município do qual ele tanto se orgulhava.
Otávio J. Alvarenga, p. 17 de TERRA DOS COQUEIROS dizia:

GENEALOGIA LOCAL

Parece-nos chegada a hora de reportar-nos, em síntese, a outros ascendentes das atuais (1978) e mais numerosas famílias coqueirenses. Em grande parte, vão elas aparecer neste bosqueio da história local.
A seguir, pois, um rápido gizar:
O casal MATIAS DA SILVA BORGES - MARIANA JOAQUINA DO SACRAMENTO, ao que parece (...)

(...) neste ano de 2008, a genealogia vem socorrer este "AO QUE PARECE" e mostra claramente através de documentos tão buscados pelo academicista Otávio J. Alvarenga.

Cf. DOMINGOS BORGES DA SILVA, avô de MATIAS DA SILVA BORGES, nascido em Lavras do Funil.
O PROJETO COMPARTILHAR disponibiliza a enriquecedora página. Aportes e Correções à Genealogia Paulistana, entre outros dados. As repercussões chegam até ao que hoje é chamada CARMO DA CACHOEIRA - Minas Gerais.
Anônimo disse…
Da obra, Arca de Noé. Otávio J. Alvarenga, p.194/195.

LIGEIROS DADOS BIOGRÁFICOS

Otávio J. Alvarenga, filho de Antônio Batista de Alvarenga e de Conceição Maria da Costa, nasceu a 15 de setembro de 1911, na Fazenda "Boa Vista", município de Campo Belo - Minas Gerais. A primeira fase da sua descuidada infância passou-a no bucólico sítio natal. A 22 de maio de 1915, com sua família, passou a residir em Coqueiral. Ali, na "Fazenda das Laranjeiras", o menino contemplativo e tímido passou a viver pode dizer-se - casimiramente a sua segunda infância. A doçura remansosa de um sítio de silente beleza e quietude de uma écloga virgiliana e plena de manadas mugidoras sempre o seduziu. Vivia, então, feliz na balsâmica companhia das pessoas queridas que lhe aberçaram a infância.
Em 1918 matriculo-se em uma escola primária, regida pelo professor José Cipriano Freire. Desde o seu primeiro dia de aula, revelou, insofismavelmente, o seu acendrado amor às letras. Foi o primeiro aluno em aproveitamento e comportamento.
Em 13 de julho de 1924, entro para o comércio, como balconista de seu pai. O caduceu de Mercúrio, porém, não o atraía. Como o lírico das "Primaveras e outros contrariados em sua vocação, preferia pontificar no templo de Minerva. Assim, mesmo exercendo as prosaicas atividades mercantis, nunca deixou de estudar consigo mesmo.
Em 1928, por iniciativa própria, matriculo-se na Academia de Comércio "Leão de Faria", de Alfenas. Em 1929 transferiu-se para Belo Horizonte, onde apenas teve oportunidade de fazer, com distinção, em todas as matérias, os cursos de madureza e de perito-contador.
Em 1930, frente às condições madrastas da vida, viu-se compelido a abandonar os estudos em educandários. Começou aí a sua "via crucis".
Em 1932, passou a redatoriar o "ARAUTO DO SUL", de Varginha. No fim do mesmo ano, arrostando dificuldades sem conta, publicou o seu livro de estréia - "Arquipélago dos Sonhos" - poemas em provas.
Foi membro da Academia Livre de Letras (de Neterói), do Centro Matogrossense de Letras, da Academia Nacional de Letras, da Academia Belo-Horizontina de Letras, sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. ´Foi eleito para a Academia Sul Mineira de Letras e Instituto Histórico e Geográfico, sediados na cidade de Campanha. Foi considerado CIDADÃO HONORÁRIO DE LAVRAS.
Casou-se, a 10 de janeiro de 1952, com sua prima Iraci Paula Alvarenga. Foi o frenteador máximo da campanha emancipacionista de sua Terra adotiva - COQUEIRAL, onde exerceu destacada e útil liderança política.

A FAMÍLIA ALVARENGA, por Otávio J. Alvarenga, autor de "Terra dos Coqueiros", p.35/36/37.

A gênese dessa família remonta a épocas assaz, afastadas no tempo. Provavelmente, ao segundo século da Era Cristã. Ramificou-se, com o dobrar dos anos, por várias e longínquas áreas geográficas.
Procede, historicamente, em data menos afastada e, portanto, mais conhecida, de DOM PAYO, dito o "Moço Viegas".
Até, porém, que a este cheguemos, remontemos, em terras de Castela, aos séculos VIII e IX:

1 - Dom Ramiro, o primeiro do nome que reinou de 842 850. Fora casado com Urraca Patrona.
2 - Desse casal descende DOM ORDONHO II DE LEÃO, Rei das Astúrias. Desposou Múnia Dona. Faleceu em 25-5-866.
3 - Daí descende DOM AFONSO, nascido em 850 e falecido em 912. Fora casado com D. Ximena Navarra.

(...)
12 - De Dom Egas Moniz, que foi aio de Dom Afonso Henrique, primeiro Rei de Portugal, casado com Payo da Silva, filha de Dom Payo Gutierre da Silva. Descende desse casal, Dom Payo Viegas, dito o "Moço Viegas", que foi senhor de ALVARENGA.

13 - Desse, provém MARTINS PIRES DE ALVARENGA, o primeiro a usar o apelido de ALVARENGA, por ser senhor do Condado de "ALVARENGA", Conselho de Beira (Portugal).

14 - Desse descende DOM BALTAZAR DE ALVARENGA, natural de Lamego (Portugal), casado com MESSIAS MONTEIRO.

15 - Desse matrimônio descende ANTÔNIO RODRIGUES DE ALVARENGA, que, a serviço del Rey de Portugal, passou a ser um dos primeiros povoadores da Vila de São Vicente (São Paulo), fundada pelo donatário MARTIM AFONSO DE SOUSA. Condecorou-o, com o brazão de armas, del Rey Dom João III. Foi casado com D. Ana Ribeiro, natural da Cidade do Porto, filha de Estevam Bayão e de D. Magdalena Fernandes Feijó. Ela falecida em 23-10-1642. Ele, já viúvo, com testamento, em 1647.

16 - Desse casal, além de outros, descende ESTEVAM RIBEIRO DE ALVARENGA, considerado nobre cidadão de São Paulo, casado que foi com D. Maria Misael, filha de João Misael Gigante e de D. Izabel Gonçalves.

17 - Desse casal é descendente IZABEL RIBEIRO DE ALVARENGA, falecida em 1682, casada com DIOGO MARTINS DA COSTA ou BERNARDINO COLAÇO DA COSTA.

18 - Daí, procede ANA RIBEIRO DE ALVARENGA, casada com FRANCISCO DA SILVA COLAÇO, falecido em 1713, ou Bernardino Colaço da Costa. Foi alferes de Infantaria no Presídio da Cidade da Bahia. Era natural de Vila de Alenquer, Portugal, filho de Francisco Luiz e de Maria Ribeiro.

19 - Daí, origina o Sargento-mor INÁCIO MOREIRA DE ALVARENGA, casado com dona Ana Barreto de Almeida, ou de LIMA, falecida na CAMPANHA DA PRINCISA, em 06-05-1751.

20 - Desse casal, além de LUÍS COLAÇO MOREIRA (um dos fundadores do antigo Santo Antônio do VALE DA PIEDADE DA CAMPANHA DO RIO VERDE, segundo Pedro Taques, citado pelo conspícuo humanista Mons. José do Patrocínio Lefort) tem origem MANUEL MARTINS COLAÇO, casado com dona Izabel de Almeida.

21 - Desse consórcio, procede ANTÔNIO CARDOSO BICUDO, casado com Maria Camargo de Almeida.

22 - Daí origina o cap. LUÍ COLAÇO DE ALMEIDA, casado com dona Ana Maria de Jesus.

23 - Desse casal, descende ANTÔNIO JOSÉ ALVARENGA, casado com dona Ana Rosa da Mata.

24 - Desse consórcio, descenderam vários filhos, dentre os quais JOÃO BATISTA DE ALVARENGA, casado com dona MARIA JACINTA (ou BATISTA) DE JESUS.

25 - Desse matrimônio, dentre outros descendentes, conta-se HERCULADO BATISTA DE ALVARENGA, casado com sua prima ANA BENVINDA DE ALVARENGA, filha de ANTÔNIO BATISTA ALVARENGA e de dona ANA BENVINDA. Ele, na cidade de Coqueiral, em 12-01-1939.

26 - Desse casal, além de João Alvarenga Primo, Olímpio, Aristides e José Alvarenga, Jonas Augusto Alvarenga e Maria Olinda Alvarenga, descende ANTONIO BATISTA DE ALVARENGA (neto), casado que foi com dona CONCEIÇÃO MARIA DA COSTA. Ela falecida em 15-11-1930, filha de ANTÔNIO CÂNDIDO DA COSTA e de dona MARIA PERCÍLIA DA COSTA. Aquele falecido em 13-09-1960.

27 - desse casal, são filhos, dentre outros, o humilde autor deste livrinho e o saudoso LEONIDES ALVARENGA, falecido em 1970.
Divina Visentin disse…
Me encantei com este trabalho de resgate da história.
sou descendentes de pessoas que habitaram nos idos de 1800 a 1900 esta região.
Gostaria de saber se tem algum resgistro da familia José Machado de Faria (casou em Piumhy).
Obrigada
Unknown disse…
Procuro os familiares de meu avô BrtolinBe Guedes de faria

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