De um casamento em São Thomé das Letras, no ano de 1813, chegou-se neste ano de 2008 a um apaixonado por genealogia, José Roberto Reis. Ele tem em seus ancestrais a linhagem dos "Branquinhos da Boa Vista", através de dona Bazilissa Cândida Branquinho, filha do alferes Luiz Gonzaga Branquinho e de dona Ana Cândida Meireles.
O casamento em São Thomé das Letras foi o casal mostrado nesta foto enviada por José Roberto, e que temos o prazer que registrar em nossas páginas. Deste casamento de Gabriel dos Reis e Silva, da fazenda Morro Grande, em Carmo da Cachoeira, e dona Basiliça, os internautas já estão familiarizados com um nome - a dona Zilah do Percy. Agora, deste mesmo tronco, apresentamos José Roberto Reis, nosso colaborador.
Dona Zilah descende de um dos filhos de Gabriel e Basilissa, o Antônio Justiniano dos Reis. Antônio Justiniano, da Serra, foi pai de Gabriel nascido na fazenda da Serra, em Carmo da Cachoeira, no ano de 1885, e morador na fazenda da Capitinga (Capetinga) e casado com dona Mariana Teixeira Reis, em primeiras núpcias e com a mãe de dona Zilah, Ana Reis (Naninha), em segundas núpcias.
Do mesmo Antônio Justiniano descende o José Roberto Reis, através de um irmão de Gabriel Justiniano, o Dr. João Batista Reis, pai de Dr. João Batista Reis, médico e fazendeiro, fazenda Figueira, município de Varginha, nascido na fazenda da Serra, em 11 de agosto de 1886. Foi casado com dona Mariana Paiva Reis (Nanica). Era neta do primeiro prefeito da cidade de Varginha - Major Matheus Tavares, nascida na fazenda do Mato da Onça, Município de Varginha. Da filha Norma Aparecida Reis, nascida em 1928 na cidade de Três Pontas, casada com seu primo José Maria Reis, fazendeiro, fazenda Bom Retiro, nasceu o nosso colaborador, José Roberto Reis, irmão de Antenor José Teixeira Reis, segundo a genealogia da Família Reis.
Projeto Partilha - Leonor Rizzi
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Enviada por José Geraldo Begname, ao Projeto Partilha.
Transcrição Paleográfica de Provisões existentes nos Livros de Registro Geral da Cúria arquivados no Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, conforme referências.
Primeiro Documento:
Provisão de Pia batismal ao Alferes Bernardo Gonçalves Chaves e sua mulher Francisca Maria de Mendonça.
Livro de Provisão 1761-1764, Tomo I.
(fl. 21v) "Provisão para Pia baptismal. Em 4 de Dezembro de 1761 se registrou hua Provisam a favor do Alferes Bernardo Gonçalves Chaves/ e sua mulher para terem Pia baptismal na sua Ermida que pretendem Eregir com Invocação/ da Senhora Santa Anna do teor seguinte etc. Dom Frei Manoel da Cruz Bispo etc. Fazemos saber que/ attendendo nos ao que por sua petiçam retro nos enviou a dizer o Alferes Bernardo Gonçalves Chaves e sua mulher/ Francisca Maia Mendonça havemos por bem de lhes conceder licença pela prezente nossa Provisam para que/ devem ter Pia baptismal na Ermida da Senhora Santa Anna que pertendem eregir em uma das/ paragens declaradas na petiçam retro para nella se baptizarem as pessoas que naquelle destrito/ necessitarem deste Sacramento comtando (sic) que seja Pia de pedra bem lavrada com/ capacidade de nella se administrar o baptismo por immerção que esteja bem vedada, e lim-/pa em lugar decente feixada com chave que tenha por dentro alguma invenção artificial/ para se tapar, e destapar o sumidouro de agoa que não ficara dentro da dita Pia de/ hum dia para outro mas tanto que se administrar o baptismo se destapara logo o sumidor-/ro havera hum almario feixado com chave junto a Pia onde estarão as ambulas/ dos Santos oleos que serão ao menos de estanho, e fara os tau baptizados o Reverendo Paroco ou com/ licença sua outro qualquer sacerdote sem prejuizo algum dos direitos Parochiaes o qual/ fara com sua suficiente digo fara com toda a clareza os assentos e os entregar dentro/ de hum Mês ao Reverendo Paroco para os lansar nos livros delles, e havera hum Ritual Rommano per-/tencente a Fabrica da mesma Ermida para por elle se fazerem os Baptizados, e ser/ registada esta onde pertencer. Dada e passada nesta cidade de Marianna sobo nosso sgnal/ (fl.22) signal e sello de nossas Armas aos 13 de Dezembro de 1761. Eu Antonio Monteiro/ de Noronha Escrivam Ajudante da Câmara Episcopal que a escrevy e estava a Rubrica de Sua Excelentíssima Reverendíssima/ e no olugar do sello Monteiro. Chancela 3000". Nada mais havia no referido registro.
Enviada ao Projeto Partilha pelo historiador e historiador, José Geraldo Begname, Mariana, Minas Gerais.
Segundo Documento:
Provisão para Ermida ao Alferes Bernardo Gonçalves Chaves e sua mulher Francisca Maria de Mendonça.
Livro de Provisão 1761-1764, Tomo I.
(fl.22) "Provisão para Ermida. Em 4 de Dezembro de 1761 se registrou hua Provisam a favor do Alferes Bernardo Gonçalves/ Chaves e sua mulher Francisca Maria de Mendonça para eregirem hua Ermida com Invocação da Senhora/Santa Anna do teor seguinte etc. Dom Frei Manoel Bispo de Marianna etc. Fazemos saber que/ attendendo nos ao que por sua petiçam retro nos enviou a dizer o Alferes Bernardo Gonçalvez Chaves e sua mulher Francisca Maria de Mendonça havemos por bem de lhe conceder licença pelo/ presente nossa Provisam para que possão edificar hua Ermida com seu altar em que/commodamente se possa celebrar o Santo Sacrifício da Missa com Invocação da/ Senhora Santa Anna em huma das paragens declaradas na petiçam retro onde mais comve-/niente for na qual podera celebrar o Santo Sacrificio da Missa qualquer sacer / dote por nos aprrovado não só nos Domingos, e dias Santos mas também como nos / de trabalho tendo para isso todos os paramentos necessários, e ornamentos da cor / competente ao dia em que se celebrar, e poderão juntamente fazer a roda da / mesma Ermida hum cemiterio cercado para nelle enterrarem os defun / tos sem prejuizo dos direitos Parochiaes, com condição porem de fazerem / dentro do tempo de 3 annos pelos quaes somente lhe concedemos esta graça / hua capella sufuciente para a celebração dos officios Divinos e depois de as- /sim feitos e acabados a dita Ermida e cemiterio o seu Reverendo Paroco as visitara / e benzera somente o cemiterio na forma do Ritual Romano e achando / a dita Ermida decentemente paramentada lhe dara licença para nella se celebrar / o Santo Sacrificio da Missa, e que fara de tudo certidam nas costas desta para / a todo o tempo constar, e sera registrada onde pertencer. Dada e passada / nesta cidade de Marianna sob nosso signal, chancela, e sello de Ajudante da Camara Episcopal a Escrevy, e estava a Rubrica de sua Excelentíssima Reverendíssima / e no lugar do sello Monteiro. Chancela 2$200".
Nada mais havia no referido registro.
Enviado pelo pesquisador e historiador José Geraldo Begname ao Projeto Partilha.
Terceiro Documento.
Provisão para Ermida ao Alferes Bernardo Gonçalves Chaves.
Livro de Provisão 1768-1770.
(fl.88v) "Ermida. Em o dito dia (12 de dezembro de 1769) se registrou hua Provisam para Ermida do teor / seguinte. Vicente Gonçalvez Joze de Almeida Conego prebendado na Santa Se de Marianna nella, e em todo o Bispado Vigário Ca- / pitular pelo Ilustríssimo Reverendíssimo Cabido sede vacante etc. / Fazemos saber a todos os nossos subditos saude e paz para sempre em Jesus Xpo nosso Senhor que atendendo nos aos que / por sua petiçam nos enviou a dizer a Alferes Bernardo Gonçalves / Chaves morador na comarca do Rio das Mortes, havemos por bem / conceder-lhe licença pela prezente nossa Provisam por tempo de / 3 annos para poder eregir hua Ermida com formalidade de ca- / pella tendo porta franca para a rua, sendo totalmente separada / (fl.89) das cazas de vivinde livres de comunicaçõens (profanas), e / uzos domésticos com seu altar proporcionado para nelle se poder de- / centemente celebrar o Sacro Santo Sacrifício da Missa tendo pedra / de Ara sagrada de suficiente grandeza todos os paramentos necessários / com mantos de 4 cores de que usa a igreja, e determinão os / cerimoniaes, e depois de assim satisfeito asinara nas costas com / o seu Reverendo Paroco termo pelo qual se obrigue asistir com todo o guizamento / necessario para a celebração do Santo Sacrificio, sem prejuizo porem / dos Direitos Parochiaes e de Fabrica da Matriz, e findos os 3 anos / pelos que somente lhe concedemos esta licença ficara esta de nenhum vi- / gor e sera registrada onde pertencer. Dada e passada nesta cidade/ Marianna sob nosso sinal, e sello da Meza Capitulara aos 12 de De / zembro de 1769. Eu Padre João Soares de Araujo escrivam da / Comarca. Nada mais havia no referido documento.
" (...) 40 missas ditas pelo Pe. Alexandre Gomes Salgado, ou quem ele quizer na MINHA CAPELA DE SÃO BERNARDO (...)
Ermida e Capela de São Bernardo do Macaia, da Aplicação de Ibituruna (...).
O inventário tanto de dona Francisca, quanto do alferes Bernardo estão disponibilizados pelo Projeto Compartilhar. Ele nos informa da presença de alguns de seus descendentes em Pitangui. Ao ler os inventários temos que ter presente o lado paulista, na formação deste casal, e se lembrar de que até aproximadamente 1720 (pouco mais ou menos) a presença paulista em Pitangui era maciça. Daí, por força de política governamental, buscaram novas paragens. Ibituruna e seus arredores foi uma das opções no momento. Lembrar também que uma de suas filhas casou-se na FAMÍLIA MORAES (Antonio de Moraes Pessoa) (I). O Antonio de Moraes Pessoa (II) casou-se na Família Figueiredo, com Maria Teodora Figueiredo, filha de José Alves Figueiredo e de dona Maria Villela do Espírito Santo.