Fazenda do Paraíso de Francisco Garcia de Figueiredo Francisco Garcia de Figueiredo é citado como um dos condôminos / herdeiros da tradicional família formada por Manuel Gonçalves Corrêa (o Burgão) e Maria Nunes. Linhagistas conspícuos, como Ary Florenzano, Mons. José Patrocínio Lefort, José Guimarães, Amélio Garcia de Miranda afirmam que as Famílias Figueiredo, Vilela, Andrade Reis, Junqueira existentes nesta região tem a sua ascendência mais remota neste casal, naturais da Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila de Horta, Ilha do Fayal, Arquipélago dos Açores, Bispado de Angra. Deixaram três filhos que, para o Brasil, por volta de 1723, imigraram. Eram as três célebres ILHOAS. Júlia Maria da Caridade era uma delas, nascida em 8.2.1707 e que foi casada com Diogo Garcia. Diogo Garcia deixou solene testamento assinado em 23.3.1762. Diz ele, entre tantas outras ordenações: E para darem empreendimento a tudo aqui declarado, torno a pedir a minha mulher Julia Maria da Caridade e mai...
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Tive algumas dificuldades em conseguir o contato com a autora, no ano de 2005. Naquela ocasião, pelo que fui informada estava morando na zona rural e só semanalmente visitava a cidade. Foi me passado um telefone, mas não consegui falar com ela, a pessoa informava não conhecer a pessoa. Liguei para uma livraria da cidade, JOSÉ PEDRO DOS SANTOS - ME. Avenida Régis Bittencourt, 12. Perdões. O marido da autora é Ailton Carlos Marques, e o endereço que me foi passado é Rua professor Gomide, 159. Perdões - Palestina. Minas Gerais. O telefone, que na época não consegui contato, foi (35) 3864-18-45 e fax (35) 3864-1380.
O proprietário da livraria é uma pessoa que colabora com a cultura local e parece ser amigo pessoal do casal. Enviou-me o livro, via sedex, com a nota e número da conta bancária.
Digitação - Power Computadores. Era Informática
Montagem Fotográfica - Millennium Publicidade
Diagramação - Jornal Folha de Perdões Ltda
Érica Rodrigues Bastos
Flaviano Bastos Barbosa
Chris W. Sandy
Marketing
Jornal O Perdoense
Francisco João Cintra
Revisão
Maria das Graças Carvalho Gomide
Cleusa Carvalho Marques
Impressão e Acabamento
Studio Gráfica
Capa
Igreja do Rosário - século XVIII
Grupo Escolar "Otaviano Alvarenga"
e Praça da Matriz - inicio do século XX.
Maio de 2004.
Os registros históricos aqui relatados enceram-se no ano de 1970, exceção faz-se à instituição da bandeira do município, que data de 1975. Duzentos anos foram percorridos e a imaginação, portadora do condão mágico que transporta o ser humano no tempo e no espaço, pôde navegar pelos desbravamentos de uma região inóspita e viver personagens e momentos que marcaram a escalada do desenvolvimento da terra. A história não termina aqui, sua construção é progressiva e mais de três décadas ainda permanecerão nos arquivos dos órgãos públicos, nas residências e nas memórias dos perdoenses. Inúmeros serão os filhos da terra, ou os perdoenses de coração, que prestarão grandes serviços à cidade. Várias empresas geradoras de empregos serão criadas e dotarão o município de uma nova estrutura econômica. O comércio apresentará significativo aumento e a modernidade estará presente, através do processo de evolução, que caminhará a passo acelerado, em uma corrida vertiginosa que o próprio homem, o construtor do processo, muitas vezes, não conseguirá acompanhar. Em pouco mais de três décadas, Perdões passará por transformações diversas, o aumento populacional será responsável pelo crescimento urbano; a crise econômica, a nível nacional, impedirá a geração de empregos suficientes para o atendimento à demanda existente; muitos estabelecimentos de ensino serão criados e muitos filhos de Perdões tornar-se-ão promotores do desenvolvimento e da prosperidade da terra.
Seria gratificante o relato até os dias atuais, mas o fato, quando ocorrido recentemente, traz conotações de cunho pessoal e emocional, que contribuem ou determinam o risco da visão distorcida e da deturpação, através do posicionamento pessoal tendencioso. Assim, espero que, no futuro, outros perdoenses, impulsionados pela mesma motivação que me levou a buscar, no tempo, as raízes da terra, através de novos relatos, contem fatos, nomes e atos de grandes personagens que propiciarão, às gerações vindouras, o conhecimento desse período que se encontra ausente nesta obra.
. Arquivo Nacional, Mesa de Consciência e Ordens documento n.64.
. Arquivo Público Mineiro Belo Horizonte MG.
. Arquivo da Escola Cenecista "Dulce Oliveira".
. Arquivo da Escola Estadual "Professor Getúlio José Soares".
. Arquivo da Escola Estadual "João Melo Gomide".
. Arquivo da Escola Estadual "José Norberto de Andrade".
. Arquivo da Escola Municipal "Padre Pedro Machado".
. Arquivo fotográfico da Escola Municipal "Otaviano Alvarenga".
. Arquivo da Santa Casa de Misericórdia de Perdões.
. Atas do Lar Trabalho e Escola do Menor Perdoense.
. Atas do Lar Vicentino "Chico Norberto".
. Coletânea de Poemas Professora Adalgiza Pereira Silva.
. Diário de Jayme Teixeira.
. História da República Brasileira Edições ISTO É.
. História do Grupo Escolar "Octaviano Alvarenga", de Lygia de Souza Lima.
.I Exposição de Fatos e Fotos Alba Rezende Bastos e Alba Stela Rezende Bastos Nascimento.
. II Exposição de Fatos e Fotos Alba Rezende Bastos e Alba Stela Rezende Bastos Nascimento.
.Informações verbais de cidadãos perdoenses.
. Jornal A Cidade.
. Jornal O Perdoense 1912 a 1916.
. Jornal A Platéa.
. Jornal Do Comenta.
. Jornal Folha de Perdões - 1968.
. Jornal O Estudante - do Lyceu Perdoense.
. Jornal Tribuna de Lavras.
. Jornal O Zig-Zig.
. Levantamento Histórico da Santa Casa de Misericórdia de Perdões Professora Adalgiza Pereira Silva.
. Livros de Atas da Câmara Municipal de Perdões anos 1912 a 1970.
. Livro de Atas da Juncta Parochial de Perdões.
. Livro de Contratos do Conselho Distrital.
. Livro de Transcrição das Listas de Votantes de Perdões.
. Livro Metade do Caminho, de Eugênia Carvalho.
. Monografia do Município ano de 1949.
. Monografias diversas arquivo do Museu Municipal "Joaquim de Bastos Bandeira".
. Museu Bi Moreira Lavras. Minas Gerais.
. Museu Municipal "Joaquim de Bastos Bandeira" Perdões Minas Gerais.
. Publicação comemorativa aos trinta anos da Corporação Musical "Lira Perdoense. 1970.
. Revista dos Municípios Ano 2 N.23. Maio de 1969.
. Sobre Trilhos Subsídios Para a História de Ribeirão Vermelho, de Márcio Salviano Vilela.
. Terra dos Coqueiros. Otávio J. Alvarenga.
. Textos de Padre Miguel Ângelo Freitas Ribeiro.
. Textos de Sônia Carvalho Freire.
Transcrição do documento histórico:
"ROMÃO FAGUNDES DO AMARAL pede confirmação da Capela do Senhor Bom Jesus de Perdões. Diz o Sargento-Mor Romão Fagundes do Amaral, morador na sua fazenda da Mata, da Freguesia de Santana das Lavras do Funil, do Bispado de Mariana, que erigiu na dita freguesia uma capela com a invocação do Bom Jesus dos Perdões, sem licença Régia, pela ignorância dos povos daquela Capitania e Bispado e distância que havia da mesma à Corte de Lisboa, recorre a V.A.R. se digne conceder-lhe Provisão de Ereção, retroagindo ao tempo da mesma.
Pede a V.A.R. se digne conceder-lhe por graça o que suplica. E.R.M."
"Aos 5 de julho de 1815 passada provisão provisão a 12 do mesmo mês e ano.
Fonte: Arquivo Nacional, Mesa de Consciência e Ordens. Caixa 281. Pacote n.2, documento n.64.
Nota: A primeira provisão de capela, passada pelo bispo de Mariana, a favor de Romão Fagundes, é datada de 3 de agosto de 1770."
Há ainda o registro da filha de Romão Fagundes do Amaral e dona Maria José da Incarnação com que uni-se pelo casamento. A filha, Angélica Rosaura do Amaral, casou-se com Alexandre Vieira de Gusmão e os descendentes perpetuaram a família na região. Em registro histórico, o óbito de Romão Fagundes data do ano de um mil oitocentos e vinte e seis, no mês de outubro, aos oitenta e quatro anos de idade. Falece com todos os sacramentos, acompanhado pelo Pe. Manoel Maxado e pelo Vigário Aleixo Antônio da Mota, sendo sepultado na Capela do Senhor Bom Jesus de Perdões.
TRANSCRIÇÃO:
"No ano de mil oitocentos e vinte e seis no mês de outubro falecendo com todos os Sacramentos o Sargento Mor Romão Fagundes do Amaral de oitenta e quatro anos casado com Maria José da Incarnação. Foi acompanhado pelo Padre Manoel Maxado e pelo Vigário Aleixo Antônio da Mota encomendado na Capela do Senhor Bom Jesus dos Perdões de que fiz este assento.
O Vigário Encomendado Francisco de Paula Diniz."
Com Cleuza Carvalho Marques, Capítulo IV
"No início do século XX, as escolas oficiais tinham a denominação de Grupo Escolar e é assim que vamos falar da fundação do Grupo Escolar "Otaviano Alvarenga", o primeiro Grupo Escolar fundado em um distrito, no Estado de Minas Gerais.
(...) O grupo foi criado graças ao trabalho de perdoenses compromissados com a terra. O terreno foi doado pelo Coronel Francisco Moreira de Andrade. O responsável pela construção foi ANTÔNIO AUGUSTO DA LUZ, construtor português, recém-chegado ao distrito. Otaviano Alvarenga foi o perdoense que, com idealismo, trabalhou pela criação da escola. Ele era irmão do Deputado Federal Zoroastro Alvarenga que, de Belo Horizonte, coordenou toda a campanha de criação do grupo escolar. (...)"
Cf.; Vida Escolar - Windows Internet Explorer.
http://www.portalmuseu.ufla.br/vida12.htm
LEOPOLDO DIAS DE OLIVEIRA, p.85 da obra, Perdões e sua História.
"A preocupação com a varíola e a tuberculose era grande nomeio da população e, nesse ano (1913), uma forte epidemia de varíola, a "bexiga", assola o povoado do Cerrado, uma doença que facilmente se espalha entre a população e que, na maioria das vezes, leva à morte. Por iniciativa de Custódio Felipe de Carvalho, junto ao Coronel LEOPOLDO DIAS DE OLIVEIRA, é realizada uma barreira de contenção e a epidemia não se espalha pelo município. Custódio Felipe de Carvalho era encarregado de levar alimentos e medicamentos. Um posto foi instalado em um ponto indicado, onde havia uma porteira e, ali, Custódio Felipe realizava a entrega a dois guardas que encaminhavam à comunidade. A sua fazenda, também no Cerrado, ficava fora da área de risco, mas mesmo assim, ele prestou toda assistência aos moradores e, sob sua orientação, os mortos foram enterrados em um cemitério local, que hoje já foi transformado em pasto para animais. Segundo informações, o cemitério dos portadores da "bexiga" ficas próximo à Igreja do Cerrado e o marco é o cruzeiro ali construído".