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Izabel da Silva Naves e Vicente Gonçalves de Almeida.


Izabel da Silva Naves, falecida em 1735, foi casada com Vicente Gonçalves de Almeida, falecido em 1731, filho de Vicente Gonçalves de Aguiar, natural de Santana do Parnaíba (SP), falecido por volta de 1696 (neto paterno de João Gonçalves de Aguiar, natural do Rio de Janeiro, e Luzia de Mendonça) e Catharina de Almeida, esta filha de Luiz Castanho de Almeida e de Izabel de Lara.

2.1
Vicente Ferreira de Almeida, falecido em 1735, casou-se em 1726, em Santana do Parnaíba (SP), com Escholástica da Silva Bueno, filha do capitão Francisco Bueno Luiz da Fonseca e Maria Jorge Velho, este neto de Amador Bueno de Ribeira, “O Aclamado”.

Francisco Bueno Luiz da Fonseca, também conhecido como Francisco Bueno Feio, nasceu em São Paulo, por volta de 1670. Sertanista que muito se distinguiu no rio das Mortes em 1709, durante a guerra dos Emboabas. Em 28/10/1712 encabeçou o movimento que originou na expulsão, à força de armas, do desembargador Antonio da Cunha Souto Maior da vila de São Paulo. Esse desembargador tinha como missão organizar uma devassa sobre:
a) Atentados cometidos por Bartholomeu Fernandes de Faria;
b) a ocorrência de moeda falsa, tendo sido Francisco Jorge da Silva apontado como o chefe dos moedeiros;
c) desvio de quintos do ouro.
Como Francisco Bueno era grande potentado em Parnaíba e parente de Francisco Jorge, e ainda, irmão de Manuel Bueno da Fonseca, capitão-mor de São Paulo, entendeu não dever consentir mais no terrorismo que o sindicante vinha espalhando nas duas vilas. Antonio da Cunha refugiou-se no Rio de Janeiro, viajando posteriormente para a Bahia e Lisboa, para denunciar a violência contra ele praticada. Francisco Bueno teve que fugir para não ser preso, passando para o sítio que se chamava Votoruna, no rio das Mortes, em Minas Gerais. Em 1720, juntamente com seus filhos Manoel Francisco Xavier Bueno, Diogo Bueno da Fonseca, Salvador Jorge Bueno e Paschoal Leite Paes, mais o seu parente Pedro da Silva de Miranda, passou a desvendar os sertões do Rio Grande e terras do Capivari. Por volta de 1733 começou a abrir caminho para as terras goianas. Em 1739 teve sesmaria que abrangia extensa área desses territórios, sendo que em 1730 seu filho ficara de posse da Fazenda do Funil. Em 1741 fixou-se no sítio denominado “Cachoeira do Rio Grande”, onde ergueu uma capela, filial da Matriz de São João del Rey.

Amador Bueno da Ribeira nasceu em São Paulo (SP) por volta de 1584 e faleceu após 1649. Era filho de Bartholomeu Bueno da Ribeira, “o Sevilhano”, e de Maria Pires.
Foi capitão-mor e ouvidor da capitania de São Vicente em 1627. Quando D. João IV de Bragança assumiu o trono de Portugal, em 1640, após 60 anos de “União Ibérica”, sob o jugo dos reis de Espanha, a forte e rica colônia espanhola, liderada por Juan e Francisco Rendon de Quevedo y Luna, Gabriel Ponce de Leon, de Guairá, Bartholomeu de Torales, André de Zunega, João de Espíndola e Gusmão, do Paraguai, entre outros, não queria ser súdita da coroa portuguesa. Resolveram então provocar a secessão da região paulista do resto do Brasil, esperando provavelmente anexa-las às colônias espanholas limítrofes.
Em 1º/04/1641 subscreveram o termo de aclamação, aclamando como rei (daí a alcunha) a Amador Bueno, filho de espanhol, que recusou a honraria e, com a espada desembainhada, deu vivas, como leal vassalo, ao rei de Portugal. Acusado de desacato pela colônia espanhola, refugiou-se no mosteiro beneditino, pedindo a intervenção do abade e seus monges, que convenceram os manifestantes a abandonarem o seu intento.
Por esse ato, Amador Bueno recebeu carta de el-rei, em que lhe agradecia a lealdade.

Trecho do trabalho: Descendente de João de Almeida Naves
Pesquisa efetuada por Nilson N. Naves

Próximo artigo:

FONTES DE CONSULTAS:
LEME, L.G.S., Genealogia Paulistana
L.L.RICHA, Genealogia Fluminense - Cantagalo
Genealogia e História de Sant’Anna de Parnahyba
Projeto Compartilhar
Personal Ancestral File (Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias)
História e Genealogia de Araçariguama (Gen Web Project)
BORGES, M.N.F., PEGORINI M.A., MISCHEN, V., CIOTTA, C.L., Resgate da História Sócio-Econômica de Vacaria
Genealogia da Família Silveira
Wikipédia

Comentários

Anônimo disse…
Um dos filhos do Capitão-Mor FRANCISCO LUIZ BUENO DA FONSECA ( Francisco Bueno Feio) e de MARIA JORGE VELHO, o DIOGO BUENO DA FONSECA, natural da Província de São Paulo e casado com JOANA BAPTISTA BUENO, irmã da mulher de seu irmão MANUEL F. XAVIER BUENO, foi o primeiro guarda-mor das Lavras do Funil. Em 21 de maio de 1758, foi encarregado de combater os quilombos, nas regiões de Piumhi e cabeceiras do rio São Francisco. Em 1759, foi designado para Ibituruna, não participando dos combates, além do Rio São Francisco. Faleceu em Rosário 9MG), antigo distrito de Lavras do Funil, atualmente distrito de Itumirim (MG), onde foi sepultado na Capela de Nossa Senhora do Rosário. Há dois registros referentes a seu óbito. O primeiro, datado de 12 de dezembro de 1779, assinado pelo vigário José da Costa Oliveira e o segundo, feito pelo coadjutor padre Manoel Moreira Prudente, datado de 1788, nas páginas 55 e 63, respectivamente, do livro próprio (vida Escolar - 01 JUN - 1907, p.4)
Anônimo disse…
O historiador e genealogista PAULO COSTA CAMPOS é descendente desta nobre linhagem paulista. Ele enche o peito, e diz com orgulho: "costumo dizer que sou um paulista de 500 anos".
Anônimo disse…
BARTOLOMEU BUENO DO PRADO - Nascido na Província de São Paulo. Filho de Domingos Rodrigues do Prado e de Leonor Bueno da Silva. Casou-se com sua prima Isabel Bueno da Fonseca, filha do Capitão-Mor Francisco Luiz Bueno da Fonseca e de Maria Jorge Velho. Era o mais temido capitão do mato, com grande experiência no combate aos quilombos. Nomeado "Governador-Comandante que vai para o o Campo Grande e mais sertões a destruir quilombos de negros fugidos ..." pela Câmara da vila de São João Del Rei, em 20 de junho de 1759, a fim de destruir os quilombos do Campo Grande (SC. 130, p.124, APM)
Anônimo disse…
Outro filho do Capitão-Mor Francisco Luiz Bueno da Fonseca (Bueno Luiz) e de dona Maria Jorge Velho, foi Manuel Francisco Xavier Bueno. Natural da Província de São Paulo, casou-se com Lucrécia Leme Borges de Cerqueira, falecida em 20 de março de 1756. Em segundas núpcias, casou-se com MARIA DE ALMEIDA, em Rosário dos Serranos, a 26 de fevereiro de 1759. (AGB - Vol. VI, A Florenzano). A sua participação na história de Três Pontas prende-se ao fato de ter sido designado para combater quilombos nesta região. Ele deveria "colocar-se para as partes da Serra das Carrancas, no sítio chamado Três Pontas". Deixou grande descendência, não só em Lavras, mas também em Três Pontas (MG). Faleceu aos 12 de setembro de 1796 em Lavras e foi sepultado na Igreja Matriz daquela freguesia. Em um dos livros de registro de óbitos da freguesia de Lavras consta o seguinte: "com todos os sacramentos o Capm. Manoel Francisco Xavier Bueno: foi encomendado e sepultado dentro desta Matriz de que fiz este assento, que assignei. O Vigário José da Costa Oliveira" (Vida Escolar 01-JUN-1907). Seu inventário foi processado na vila de São João Del Rei, em 29-NOV-1797 e arquivado no Museu Regional (Caixa 37). Dona Maria Jorge Velho era filha do Sargento-Mor de batalha, Salvador Jorge Velho, era bisneto de AMADOR BUENO DA RIBEIRA, o Aclamado, pelo lado paterno, e de Domingos Jorge Velho, pelo lado materno.

MARIA ALMEIDA, segunda esposa de MANUEL FRANCISCO XAVIER BUENO, um dos capitães que comandaram as tropas que aqui vieram combater quilombos existentes na região. Ela requereu uma sesmaria de meia légua em quadra no Ribeirão de Três Pontas, freguesia das Lavras do Funil, termo da Vila de São João Del Rei, Comarca do Rio das Mortes (SC. 384 p.18, 10-JUN - 1778 APM)
Anônimo disse…
QUILOMBOS

Aldeamento formado por negros fugidos. Havia, entre a população dos quilombos, muitos brancos facinorosos e negros alforriados. A estrutura governamental era incipiente, com um rei ou chefe, auxiliares equivalentes a ministros e uma organização militar elementar, além de encarregados do plantio e de outras tarefas. O sentimento comunitário entre os seus membros era muito forte. Tudo que era produzido na aldeia destinava-se à comunidade e era armazenado em paióis construídos pelos quilombolas.
Anônimo disse…
QUILOMBO DO CASCALHO - Situado na região da serra de Três Pontas, possivelmente na fazenda "Canhambola". Em um mapa, ao que parece, elaborado por Antônio Francisco França, datado de 1760, este quilombo é registrado como desabitado. A carta de sesmaria, concedida a Luiz Corrêa da Estrella, dizia que ele queria arranchar "na paragem do Certão donde é chamado Quilombo do cascalho, nas vertentes da Serra das três pontas, que deságua para o Rio Verde, Freguesia das Carrancas: as quaes terras partão por huã banda, com a da Sesmaria que hoje pertencia a Luiz Corrêa Lourenço, e da outra com o Certão do Rio Verde, e por outra, com a Serra que fica apár da Serra das trespontas, correndo Rio Verde abaixo". (SC 129, p.166 e 166v., 14 -JUN -1763, APM). A sesmaria de Luiz Corrêa Lourenço, a que se refere o documento supracitado, situava-se na Fazenda da Mutuca que até hoje conserva a mesma denominação. Há outro "Cascalho", na região de Carmo do Rio Claro (MG), situado do lado esquerdo do Rio Sapucaí, hoje Lago de Furnas.
Anônimo disse…
QUILOMBO DO QUEBRA - PÉ

Uma expedição punitiva partiu do Arraial dos Buenos, que se situava na freguesia das Lavras do Funil, e se dividiu em grupos, a fim de exterminar de vez com os quilombos de toda esta região. A expedição chegou às Lavras do Funil e de lá prosseguiu viagem, no dia 27 de agosto de 1760. Os expedicionários atacaram e destruíram o chamado QUILOMBO QUEIMADO. Em 30 de setembro de 1760, chegaram ao local chamado de Boa Vista, hoje pertencente a Campos Gerais, próximo ao QUILOMBO DAS ARARAS, na realidade, QUEBRA-PÉ. No percurso, atravessaram um ribeirão, ao qual deram o nome de RIBEIRÃO DAS ARARAS, cujas nascentes ficam nas proximidades do QUILOMBO DAS ARARAS, já mencionado no Século XIX, por Cunha Matos (CHPMG, Vol. I, 122, Ed. Itatiaia/EDUSP), decorre da proximidade do povoado com o ribeirão acima citado. Seguiram os expedicionários, em direção ao povoado dos aquilombados e lá encontraram 80 casas. Os moradores do aldeamento eram negros fugidos, alguns livres e até mesmo brancos foragidos da justiça. O quilombo foi aniquilado. Nelson de Senna denomina este quilombo de Bateeiros (Terra Mineira, Imprensa Oficial, 1926).
Anônimo disse…
TERMO DE POSSE, do sertão do Campo Grande, no ano de 1759, por BARTOLOMEU BUENO DO PRADO.


"Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e cincoenta e nove anos em o primeiro de novembro do dito ano em o Quilombo do Creça, aonde eu Escrivão adiante nomeado vim com o Reverendo Padre João Corrêa de Melo, Capelão da Expedição dos Quilombos e Vigário da vara das conquistas e sertão do Campo Grande, e Rio Grande abaixo, e desde o de AGOAPÉ até a BARRA DO SAPUCAÍ, e sendo aí diante das testemunhas adiante assinadas, tomou o Reverendo Vigário da vara posse judicial e atual por comissão e ordem do Exmo. e Rvdo. Sr. Bispo de Mariana de todas aquelas conquistas e terras vertentes a elas; e suas adjacentes por pertencerem ao mesmo Bispado, e logo nos mais dias fez o dito Reverendo Vigário atos paroquiais em virtude das ordens do dito Senhor Bispo, que para tudo trazia, dizendo missas e administrando os sacramentos da Igreja, cuja posse tomou o Reverendo Vigário da vara, mansa e pacificamente, sem contradição de pessoa alguma; e para tudo constar, mandou fazer este auto de posse, em que assinou, sendo a tudo presentes o Comandante da dita Expedição BARTOLOMEU BUENO DO PRADO, e o Capitão FRANCISCO LUÍS DE OLIVEIRA, MARÇAL LEMOS DE OLIVEIRA, que todos assinaram com o dito Reverendo Vigário da vara, e eu MANOEL CARNEIRO BASTO (?) QUE O ESCREVI E ASSINEI. Manoel Carneiro Basto, o Padre João Corrêa de Mello, O Comandante BARTOLOMEU BUENO DO PRADO, MARÇAL LEMOS DE OLIVEIRA".
Anônimo disse…
Dentre os documentos arquivados no ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO, um que fala desse assunto. É uma carta de Sesmaria. Cf. Seção Colonial 129, p.99-100, em 18 de dezembro de 1760.

Sesmaria de três léguas em quadra no Sertão do Campo Grande, localizada entre a Serra da Boa Esperança, Rio Grande acima, Rio Lambari e o Pouso Alegre.
Anônimo disse…
BARTOLOMEU BUENO DO PRADO, capitão Mor ajudante nas Minas do Jacuhy, tinha laços de afinidade com a Família Garcia.

O autor de Jurisdição dos Capitães, Dr. Marcos Paulo de Souza Miranda, p.30, diz:
"Bartolomeu Bueno do Prado, a quem a família Garcia era ligada por laços de afinidade, segundo Carvalho Franco (Francisco de Assis Carvalho Franco. Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas, p.322), era paulista, filho do capitão-mor Domingos Rodrigues do Prado e de sua mulher Leonor Bueno da Silva e foi casado com Isabel Bueno da Fonseca, filha de Francisco Bueno Feio e Maria Jorge Velho. Por volta de 1755, Bartolomeu passou para a região do Palmital, no sertão do Rio Grande, onde residia seu sogro. Naquele local foi buscado pelo governo mineiro para que chefiasse bandeiras contra calhambolas, pois granjeara grande fama nesse gênero de guerrilhas. O Governador da Capitania de Minas, José Antônio Freire de Andrade, deu-lhe patente de comandante de uma expedição nesse sentido, em 12 de maio de 1757. Devido a atrasos nos preparativos teve renovada sua portaria em 8 de junho de 1758 para ir como comandante-geral de uma grande tropa que devia agir na região de Jacuí e Campo Grande. Em 18 de junho 1759, Bartolomeu Bueno do Prado, neto do famoso Anhanguera, partiu à frente de sua tropa de 400 homens, levando capelão, cirurgião, botica, tropa de índios, negros como guias, vários capitães experimentados, cada um à frente de sua companhia, constituída de homens convocados de toda a Capitania".

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