V inha depois a Semana Santa. Eram solenidades que nós, crianças então, adorávamos, porque tornavam-se para nós dias de satisfação, visto que não faltavam motivos para nossas traquinadas. M etidos nas calcinhas novas , sapatos apertando os dedos acostumados à liberdade do ar livre, não tinhamos parada, na procura de novidades. Aqui, era um botequim que se abria pra vender doces, pastéis, broas, etc.; ali, uma banca de jogos com seus dados, roletas, tiro ao alvo em maços de cigarro; mais adiante, uma outra coisa qualquer inventada por algum espertalhão, com a finalidade de apanhar dinheiro aos trouxas das roças ou do arraial. Como não havia policiamento que proibisse Às crianças a permanência junto a tais arapucas, percorríamos todas elas e não raro arriscávamos também o nosso tostãozinho numa roda qualquer. A s solenidades da Semana Santa sempre atraíam a Carmo da Cachoeira um grande número de pessoas das cidades vizinhas porque, desde tempos anteriores, eram famosas pela ordem, pelo...