Não obstante terem falhado as duas primeira tentativas anteriores o Sr. Antônio de Rezende Vilela não desanimou e silenciosamente continuava a trabalhar pela criação do Município de Carmo da Cachoeira. É lamentável que, talvez por um descuido da família, se perdessem as cartas e telegramas por ele recebidos de amigos que se prontificaram a auxiliá-lo na sua campanha porque, se dispuséssemos desses documentos, poderíamos demonstrar como foi a sua atuação sem desfalecimentos durante vários anos.
Finalmente, na revisão administrativa e judiciária do Estado, em 1938, contando com o apoio do Dr. Odilon Dias Pereira, então Secretário de Viação do Governador Benedito Valadares o nome de Carmo da Cachoeira foi incluído na relação dos distritos que deveriam ser emancipados e a 17 de dezembro daquele mesmo ano, pelo Decreto n° 148, era criado o município de Carmo da Cachoeira, constituído pelos distritos da sede e de Eremita, ex-S. Bento, desmembrados do Município de Varginha.
Cabe ainda aqui uma explicação: - Algum tempo antes destes acontecimentos, em carta ao Prefeito Municipal de Varginha, Dr. Manoel Rodrigues de Souza, o Sr. João Vilela Fialho lhe mandava um recorte de jornal em que se publicavam as condições para a criação de municípios e lhe dizia que Carmo da Cachoeira se achava em condições para pleitear a sua emancipação. Em resposta, o Dr. Manoel Rodrigues de Souza, homem progressista, de espírito lúcido e de boa vontade, dizia que muito bom grado Varginha abriria mão do Distrito de Carmo da Cachoeira e que seria muito justa a sua pretenção de tornar-se município.
Por esta troca de correspondência verificamos que não houve, por parte de Varginha, nenhum obstáculo à nossa emancipação e convém que fique esclarecido que, se Varginha se opusesse, não seria muito fácil conseguir-se nossa emancipação.
A 1° de janeiro de 1939 instalava-se festivamente o município, tomando posse como seu primeiro Prefeito o Sr. Antônio de Rezende Vilela que, por motivo de saúde, dirigiu os destinos da nova comuna mineira apenas durante sete meses, passando então a Prefeitura ao seu filho Sr. Amynthas de Oliveira Vilela, nomeado pelo Governador do Estado para suceder-lhe.
De 7 de agosto de 1939 a 28 de novembro de 1945, dirigiu os destinos do novo município o Sr. Amynthas de Oliveira Vilela. Com uma renda quase nula, pois o orçamento da Prefeitura para 1939 (1° orçamento) a receita não ultrapassava a casa dos 70 contos de réis, é claro que o Prefeito não poderia apresentar grande soma de realização; apesar disto, o Sr. Amynthas ainda conseguiu reformar o prédio da cadeia, que estava em ruínas, construiu o matadouro municipal, adquiriu máquinas e outros materiais para melhorar a instalação da Prefeitura, etc., etc.
A partir de 28 de novembro de 1945, até 3 de janeiro de 1948, Carmo da Cachoeira teve 10 prefeitos, sendo que alguns, como os Srs. João Silvestre Gonçalves, Luiz Galvão Corrêa (1ª vez) e Oliveiros Gonçalves de Araújo, não chegaram a ficar 15 dias à frene da Prefeitura.
Prof Wanderley Ferreira de Rezende
trecho do Livro: Carmo da Cachoeira: Origem e Desenvolvimento.
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Comentários
Joaquim Camilo da Silva e Maria Leocádia do Nascimento, na Igreja Matriz. Testemunhas: João Alves de Gouveia e Joaquim F. Xavier;
Cândido Rodrigues dos Reis e Jacinta Maria de Jesus. Testemunhas: Jerônimo Ferreira Pinto Vieira e Joaquim da C. Ramos;
Elias e Marciana, na Igreja Matriz. Testemunhas: Jerônimo e João de Nação;
Miguel João Evangelista e Ana Maria de Jesus, na Igreja Matriz. Testemunhas: Manoel A. Teixeira e Joaquim José dos Reis;
Antonio Teixeira de Rezende e Maria Teodora de Figueiredo, na Ermida de José Reis e Silva. Testemunhas: José Marcelino Teixeira e Joaquim G. de Figueiredo;
José Veríssimo Xavier e Ana Francisca das Dores, na Igreja Matriz. Testemunhas: Domingos A. Teixeira e Francisco B. Carneiro;
Francisco e Antonia, na Igreja Matriz. (Não aparece o nome das testemunhas);
Elias e Emerenciana, na Igreja Matriz. Testemunhas: José Antonio Lucas e Apolinário de Nação;
Justino Geralcino Alves Ferreira e Fermina Francisca de Jesus, na Igreja Matriz. Testemunhas: Luíz A. Teixeira e Joaquim M. de Souza Diniz;
Francisco Daniel da Costa e Maria Carolina de Gouveia, na Ermida de Antonio Severiano de Gouveia. Testemunhas: João A. de Gouveia e Gabriel F. Ribeiro;
Domingos Africano e Mariana, na Ermida de Antonio Severiano de Gouveia. Testemunhas: Gabriel José Junqueira Júnior e João Florisbelo de Souza;
Antonio Francisco Xavier e Vitalina Francisca de Jesus, na Igreja Matriz. Testemunhas: Antonio Dias Pereira de Oliveira e Joaquim R. Branquinho;
Antonio Machado da Silva e Maria Paulina de Souza, no Oratório de Paulino Francisco Mafra. Testemunhas: Raimundo A. de Castro e Inácio Lopes Guimarães;
Antonio Pinto da Costa e Maria Vicência de Brito, na Igreja Matriz. Testemunhas: Manoel B. de Brito e Joaquim F. dos Reis;
Antonio e Francisca, na Capela de São Bento. Testemunhas: José Fernandes Avelino e Inácio Lopes Guimarães;
Zeferino e Maria, no Oratório de Domingos José Pinto, tendo como celebrante o Padre Zeferino Cândido P. de Avelar. Testemunhas: Romualdo e Antonio;
Mizael Urias e Ana Quintina de Jesus, tendo como celebrante o Pe. Zeferino Cândido P. de Avelar, na Ermida da Fazenda dos Tachos. Testemunhas: José M. Teixeira e José Manoelino T. Júnior;
Elias Francisco Xavier Sobrinho e Jesuína Maria Umbelina, na Igreja Matriz. Testemunhas: Francisco de S. Bispo e Gabriel dos Reis Silva;
(?) Gruenino José do Nascimento e Maria das Dores de Jesus, no Oratório de João da Matta Ribeiro. Testemunhas: Domingos T. de Carvalho e Antonio José da Silva;
Adão Francisco da Matta e Ana Felícia de Jesus, no Oratório de dona Ana Jacinta de Figueiredo. Testemunhas: Francisco L. Machado e Felisberto A. Martins;
Antonio Alves de Siqueira e Maria Flauzina do Nascimento, no Oratório de Joaquim H. de Souza. Testemunhas: José V. de Rezende e Francisco de Paula Batista.
Boaventura e Romana, na Igreja Matriz. Testemunhas: Francisco L. Machado e Teodoro A. Naves;
Raimundo e Josefa, na Igreja Matriz. Testemunhas: Manoel Antonio dos Reis e Paulo;
Adriano e Joana, na Igreja Matriz. Testemunhas: Targino e Jerônimo Ferreira Pinto;
João e Virgínia, na Igreja Matriz. Testemunhas: Francisco da Costa Ramos e José A. de Figueiredo;
Inácio Domiciano de Carvalho e Maria Justina de Jesus. Testemunhas: Joaquim F. dos Reis e José Celestino Terra;
Antonio Francisco de Assis e Ana Bernarda de Brito, na Igreja Matriz. Testemunhas: Manoel B. de Brito e Justino F. das Chagas;
Joaquim Pedro da S. Antonio e Francisca Evangelista, na Igreja Matriz. Testemunhas: Domingos T. de Rezende e Antonio José da Silva;
André e Izabel, na Igreja Matriz. Testemunhas: Caetano e Feliciano;
Inocêncio e Maria, na Igreja Matriz. Testemunhas: Francisco de Paula Resende e Caetano;
André Dias dos Santos e Francisca Maria de Jesus, na Igreja Matriz. Testemunhas: Manoel de Souza Reis e Antonio Dias Pereira de Oliveira;
Firmino e Ana, na Igreja Matriz. Testemunhas: Joaquim Ferreira dos Reis e Florêncio;
Francisco e Praxedes, na Igreja Matriz. Testemunhas: Antonio Dias Pereira de Oliveira e Casseano C. de Oliveira;
Lino e Izabel, na Capela de São Bento. Testemunhas: João R. da Costa e Francelino A. da Costa;
Lucas e Iria, na Igreja Matriz. Testemunhas: Francisco de P. Cândido e Francisco Daniel da Costa;
Dionizio e Rita. Testemunhas: José Ferreira Godinho e Francisco de Paula Cândido;
Francisco Jesus de Andrade e Maria Custódia de Jesus, na Igreja Matriz. Testemunhas: Francisco de P. Batista e Domiciano F. de Oliveira (este assento está fora de ordem. Aparece na fl. de n.68).