No sistema do padroado, de união civil-eclesiástica, ficaram bem conhecidos os vigários colados e encomendados:
¬ os primeiros, normalmente os mais ilustrados, prestavam concurso público e, se aprovados, recebiam a paróquia por colação e dela só saíam se quisessem, pois eram efetivos, e recebiam sua remuneração diretamente do poder civil que, por sua vez, recolhia o dízimo dos fiéis e por isso tinha a obrigação de sustentar o culto e seus ministros; e
¬ os segundos eram sustentados pelos próprios fiéis, administravam as paróquias em caráter interino e estavam mais submissos ao poder dos bispos. Os vigários encomendados faziam aumentar o poder dos bispos, que os transferiam constantemente, já que não podiam fazer o mesmo com os colados.
Os párocos colados foram menos frequentes no Brasil-Império, quando já começava a vigorar a reforma eclesiástica, cuja marca principal era o fortalecimento do poder dos bispos.
Na parte da província de Minas Gerais que pertencia ao bispado de São Paulo, todas as paróquias criadas nas duas primeiras décadas do século XIX eram de natureza colativa. A primeira delas foi a do Senhor Bom Jesus de Pouso Alegre, ereta em 1810, à qual se seguiram as de Carmo do Rio Claro, Caldas, Douradinho e Alpinópolis.
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Antonio Torres.
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