Natércia – Santa Catarina
Anagrama de Caterina, que aparece nos Lusíadas de Camões. (Da. Catarina de Ataíde, filha de D. Antônio de Lima, mordomo do infante D. Duarte). Teve, outrora, o nome de Santa Catarina. A Paróquia foi povoada por volta do ano 1743. Capela desde 1749, foi erigida canônicamente plo decreto de 5 de outubro de 1762. Criada Paróquia plo alvará de 9 de maio de 1822.
Caxambu – Nossa Senhora dos Remédios
Dos muitos significados do topônimo afro, abonamos este: “tambor de música”, certamente relativo ao morro próximo. Os que vêem no topônimo a possibilidade de elementos tupis, apresentam o significado: “ferver em torvelinho”, como que lembrando a existência das águas minerais. O nome Caxambu já era conhecido em 1711, mas a povoação teve a sua origem em uma fazenda de Estácio da Silva, em 1747,. Capela provisionada a 8 de junho de 1748, foi criada paróquia pela lei mineira N° 2157, de 16 de novembro de 1875, e reconhecida, bem posteriormente, pelo Bispado. Com o Ginásio Caxambu, a Escola Normal Santa Teresinha, a Casa de Caridade S. Vicente de Paulo, o Dispensário Virgo Potens, o Patronato Wenceslau Brás e a Maternidade.
Pouso Alto – Nossa Senhora da Conceição
Caminho natural dos bandeirantes, foi povoada por Manuel Garcia, por volta do ano de 1736. Paróquia de instituição canônica de 1748, foi declarada de natureza colativa a 16 de janeiro de 1752.
Sant'Ana do Capivari – Sant'Ana
Capivari – rio das capivaras, era uma das trilhas comuns dos bandeirantes paulistas. O topônimo já era conhecido desde 1598, mas se povoou a localidade por volta de 1733. A 1ª capela tem a data de 23 de maio de 1752. Criada Paróquia pela lei n° 138, de 3 de abril de 1839, restaurada a 5 de abril de 1884.
Lavras – Sant'Ana
O topônimo (outrora Lavras do Funil), revela a existência de sulcos deixados pelos explorados, quando da extração do ouro. Fundada em 1729, teve sua primeira capela a 18 de setembro de 1752. Foi sede da Paróquia de Carrancas, em 1768. Criada Paróquia pelo alvará régio de 19 de junho de 1813. Com um Seminário dos Padres do S. C. J., o Colégio Nossa Senhora Aparecida, a Escola Nornal Nossa Senhora de Lourdes e a Santa Casa Nossa Senhora de Lourdes.
Três Corações – Sagrada Família
O topônimo de origem religiosa: a devoção aos Santíssimos Corações de Jesus, Maria e José: Fundada pelo Alferes Tomé Martins Ribeiro, em 1760, teve sua instituição regia de 14 de julho de 1832, teve sua instituição canônica a 27 de setembro de 1833. Com o Ginásio São Luís, Escola Normal e Ginásio Sagrado Coração de Jesus, Hospital São Francisco de Assis, Maternidade Nossa Senhora de Fátima e Casa da Criança.
Peralva – São Sebastião
Teve os nomes de São Sebastião de Capituba e Pedra Branca, que se aglutinou em Capela fundada pelo Padre Manuel Antônio Teixeira de Miranda, com provisão episcopal de 27 de novembro de 1769, posteriormente restabelecida, em 183. Criada Paróquia pelo decreto imperial de 14 de julho de 1832. Com um Ginásio e uma Santa Casa.
Cotia – Sagrado Coração de Jesus
Nome de um dos bairros da cidade de Três Corações, de onde foi desmembrada a Paróquia pelo decreto de ereção canônica de 8 de janeiro de 1952.
Comentários
A partir desta data, a assistência espiritual ficou mais próxima e, consequentemente, as paragens passaram a serem mais frequentadas, assistidas e dinamizadas, de forma que o perfil de cada uma fosse se manifestando, moldando transformando-se, conforme projetos coloniais.
Município situado no sul de Minas Gerais, é banhado ao Sul e Sudoeste pelo Rio Verde e a Oeste pelo Rio Sapucaí (hoje Represa de Furnas). Confronta ao Norte com os Municípios de Campos Gerais e Santana da Vargem, ao Sul com os Municípios de Varginha e Elói Mendes, a Leste com os Municípios de Nepomuceno e CARMO DA CACHOEIRA e a Oeste com os Municípios de Paraguaçu e de Campos Gerais. O local mais elevado do Município está na Serra de Três Pontas, que tem seu ponto culminante a 1.234 m. de altitude. Área Total: 662 km. Altitude: 901 m. Posição Geográfica: Paralelo 21 22' 20" de Latitude Sul, em sua interseção com o meridiano, 45 30' 40"" de Longitude Oeste (Gr.). O povoamento, da região de Três Pontas, iniciou-se em meados do Século XVIII. Logo após a destruição dos quilombos, existentes à esquerda do Rio Grande, até as barrancas dos rios Verdes e Sapucaí, pelos Capitães Bartolomeu Bueno do Prado, Diogo Bueno da Fonseca, Antônio Francisco França e Manuel Francisco Xavier Bueno, novos povoadores foram chegando à região. A pouco a pouco, ao longo do Ribeirão das Três Pontas, caudatário do Rio Grande, bem como para as bandas do Rio Verde e do Rio Sapucaí, novas cartas de sesmarias foram concedidas. Anteriormente à extinção dos quilombos, algumas sesmarias já haviam sido concedidas, dentre elas a do PADRE BENTO FERREIRA e a de Domingos Leitão Coelho (também grafado como Leytão), no Rio do Cervo e Rio do COURO DO CERVO. Segundo os textos das citadas cartas de sesmarias, as terras se situavam "indo para a Serra das Três Pontas", o que comprova que a região já era conhecida, antes de 1750, e servia de referência, até mesmo pelos poderes governamentais. A primeira capela, do arraial em formação, foi erigida por Provisão de 5 de outubro de 1768. Dois anos depois, em 19 de abril de 1770, nova Provisão foi concedida, a fim de ampliar a capela existente, demonstrando assim o rápido crescimento populacional do povoado de Nossa Senhora da Ajuda. Por equívoco histórico e erro na leitura de documentos antigos, alguns historiadores atribuem ao povoado a denominação de ARRAIAL DE SÃO GONÇALO ou ainda CANDONGAS. Em realidade, o nome do arraial, desde o início de sua formação, foi Aplicação da Capela de Nossa Senhora da Ajuda das Três Pontas. O topônimo Três Pontas é devido a serra existente a cerca de 10 quilômetros da cidade, que apresenta três sinuosidades mais destacadas. Equívoco maior é atribuir a BENTO FERREIRA DE BRITO a doação do patrimônio de Três Pontas, pois, até a data desta trabalho, nenhum documento foi encontrado que comprove a doação, nem mesmo a cópia da pública forma, de 20 de julho de 1895, consta a propalada doação. A influência do Coronel Antônio José Rabello e Campo, conhecido como Rabelinho, foi decisiva para o progresso de Três Pontas. Em 14 de julho de 1832, por resolução da Regência, foi criada a Freguesia, tendo sob sua jurisdição os curatos de NOSSA SENHORA DO CARMO (Campos Gerais) e Espírito Santo da Varginha. A elevação à vila e, ao mesmo tempo, a município, ocorreu pouco depois, pela lei n.202, de 1 de abril de 1841. A primeira Câmara Municipal foi instalada, em 10 de fevereiro de 1842, e seu primeiro presidente eleito foi o Sargento-Mor Antônio Gonçalves de Mesquita, neste mesmo dia, erigiu-se o pelourinho. A circunscrição da nova vila compreendia os distritos de Àgua-Pé (Guapé), Carmo do Campo Grande (Campos Gerais), Dores da Boa Esperança (Boa Esperança) e Varginha. Em 27 de abril de 1850, pela Lei n.464 foi criada a Comarca. Sua elevação a cidade se deu pela lei n.801, de 3 de julho de 1857.
Era de média estatura, cabelos negros, usava, bigodes aparados e trajava-se elegantemente. Nasceu na Fazenda do Retiro, município de Nepomuceno, foram seus pais FRANCISCO CORRÊA DE FIGUEIREDO e CLARA COSTA DE FIGUEIREDO. Como seu pai mudou-se para a cidade de Três Pontas, aqui passou sua infância e juventude. Cursou o ginasial em Alfenas -MG e depois estudou em Belo Horizonte. Casou-se com Irene Tiso, com o qual teve seis filhos. Com a morte de sua esposa, casou-se novamente com Maria Tereza Guimarães. Exerceu as funções de Escrivão Judicial, durante 30 anos, período em que era responsável pelo Tabelionato e Oficial de Registro de Títulos e Documentos, de Protesto de Títulos e Registro de Firmas Comerciais. Aposentou-se em 1959 e foi residir em Belo Horizonte. Foi colaborador do jornal local "Correio Trespontano", desde a sua fundação até ouço antes de seu falecimento. Em 16 de junho de 1991, recebeu o Título de Cidadão Honorário de Três Pontas.
JOÃO FRANCISCO DO VALE, capitão da primeira Companhia de Ordenanças de Nossa Senhora da Ajuda das Três Pontas. A carta-patente, datada de 9 de março de 1781, diz: "tendo em consideração o grande número de brancos no distrito de N. S. da Ajuda ..." o Governador da Província houve por bem criar uma nova companhia, que foi desmembrada das Lavras do Funil e seu território abrangia os seguintes limites: "dividindo pela Três Pontas ao Rio Grande, do Ribeirão das Três Pontas tudo o que verte para os Rios Sapucaí e Verde e, correndo das mesmas Três Pontas ao Rio Grande, pelo alto das vertentes do rio das Três Pontas e ribeirão da Trombuca ..." (História de Três Pontas, Ed. JC, 1980, p.124). Quando a carta patente diz "pelas Três Pontas" está se referindo a serra existente, nas proximidades do ribeirão de mesmo nome. Pelo citado documento, podemos concluir que o território de Três Pontas era extenso e sua população numerosa.