Quando ainda criança, sempre ouvia meus avós e meus tios comentarem sobre a importância da fazenda da Boa Vista na vida desta região. Diziam eles que naquela fazenda até eleições se faziam.
Naquela época eu não podia compreender muito bem o significado de tais comentários e mais tarde julgava que havia certo exagero no que diziam. Porém, há algum tempo meu prezado amigo e paciente genealogista Ari Florenzano descobriu em Lavras, e teve a gentileza de nos remeter, alguns livros de atas e outros documentos que datam no ano de 1833 e anos posteriores, que vieram confirmar tudo quanto meus avós contavam sobre os acontecimentos da Boa Vista. No mais velho desses livros, por exemplo, encontra-se o seguinte termo de abertura:
"Servirá este livro para nele se lançarem as Actas das Eleições para Juízes de Paz do Distrito da Boa Vista, e vai numerado e rubricado com o meu apelido - Teixeira - de que uso e no fim se achará o termo de encerramento declarando o nº de folhas que contém. Lavras do Funil, 1º de junho de 1833. O Presidente da Câmara, Francisco José Teixeira e Souza."
Neste livro estão as atas de quatro eleições para Juízes de Paz do Distrito da Boa Vista:Naquela época era escrivão do Juiz de Paz o senhor Manoel Teodoro Neto, carpinteiro, residente na fazenda do Campo Limpo.
Prof Wanderley Ferreira de Rezende
trecho do Livro: Carmo da Cachoeira: Origem e Desenvolvimento.
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