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Emigração Açoriana para o Brasil. P. 11 da obra "Jurisdição dos Capitães", de autoria de Dr. Marcos Paulo de Souza Miranda diz:
De longa data é a emigração de açorianos para o Brasil.
A alta densidade demográfica, os frequentes tremores de terra, a posição geográfica privilegiada para viagens ao Brasil, a falta de perspectivas de melhoria financeira numa economia fundada exclusivamente na agricultura de subsistência e uma latente imobilidade social foram alguns dos fatores que fizeram com que açorianos deixassem sua terra para demandar melhor sorte em solo brasileiro. Entretanto, o número desses emigrantes ilhéus, aumentou enormemente a partir do início do século XVIII, quando se descobriu o ouro nas Minas Gerais, para onde passaram incontáveis levas daqueles homens simples, laboriosos e honrados, que muito contribuíram para a formação da sociedade mineira.
Segundo Djalma Garcia Campos, do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, nos Açores estão as raízes da maioria da gente mineira, da sua formação étnica e de seus costumes. Ao açoriano cabe a palma de ter sido o nosso colonizador, o nosso desbravador, foi aquele bravo que fixou as nossas fronteiras e que matou e morreu na preservação de nossa integridade territorial". Cita para Cf.:Denise Cássia Garcia. Em Os Garcia Frades, p.07.
De longa data é a emigração de açorianos para o Brasil.
A alta densidade demográfica, os frequentes tremores de terra, a posição geográfica privilegiada para viagens ao Brasil, a falta de perspectivas de melhoria financeira numa economia fundada exclusivamente na agricultura de subsistência e uma latente imobilidade social foram alguns dos fatores que fizeram com que açorianos deixassem sua terra para demandar melhor sorte em solo brasileiro. Entretanto, o número desses emigrantes ilhéus, aumentou enormemente a partir do início do século XVIII, quando se descobriu o ouro nas Minas Gerais, para onde passaram incontáveis levas daqueles homens simples, laboriosos e honrados, que muito contribuíram para a formação da sociedade mineira.
Segundo Djalma Garcia Campos, do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, nos Açores estão as raízes da maioria da gente mineira, da sua formação étnica e de seus costumes. Ao açoriano cabe a palma de ter sido o nosso colonizador, o nosso desbravador, foi aquele bravo que fixou as nossas fronteiras e que matou e morreu na preservação de nossa integridade territorial". Cita para Cf.:Denise Cássia Garcia. Em Os Garcia Frades, p.07.
Um dos descendentes de uma numerosa e respeitada família de imigrantes açorianos foi JANUÁRIO GARCIA. Personagem estudado pelo historiador Marcos Paulo de Souza Miranda, entre muitos outros escritores, foi o Capitão de Ordenança no Brasil Colônia, na Capitania de Minas Gerais. Em função de um episódio ocorrido com seu irmão João Garcia Leal, morador em São Bento do Campo Bello, hoje município de São Bento Abade, atuou como justiceiro na causa. O referido Município surgiu a partir da Sesmaria de Pe. José Bento Ferreira. O município e vizinho do de Carmo da Cachoeira, no Sul de Minas Gerais.
Ao prefaciar a obra de Dr. Marcos Paulo, o Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, JOSÉ GUIDO DE ANDRADE, escreve o seguinte:
Recrudescia sua fama de justiceiro, fazendo com que ele, Mateus e Salvador tomassem com encargo específico a missão de distribuir, na Capitania, aquilo que ali tanto faltava: uma justiça pronta e eficiente.
Instalava-se, assim, na Capitania de Minas Gerais, a jurisdição dos capitães, importante realidade histórica vivida por aquela sociedade, agora retratada por Marcos Paulo.
Um trabalho que resgata, inquestionavelmente, em nossa memória histórica, a honorabilidade da família Garcia Leal, da mesma forma que também destaca o importante papel desempenhado, durante tantos anos, por três dos seus integrantes "como verdadeiros e valiosos instrumentos de pacificação do território mineiro".
Ao prefaciar a obra de Dr. Marcos Paulo, o Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, JOSÉ GUIDO DE ANDRADE, escreve o seguinte:
Recrudescia sua fama de justiceiro, fazendo com que ele, Mateus e Salvador tomassem com encargo específico a missão de distribuir, na Capitania, aquilo que ali tanto faltava: uma justiça pronta e eficiente.
Instalava-se, assim, na Capitania de Minas Gerais, a jurisdição dos capitães, importante realidade histórica vivida por aquela sociedade, agora retratada por Marcos Paulo.
Um trabalho que resgata, inquestionavelmente, em nossa memória histórica, a honorabilidade da família Garcia Leal, da mesma forma que também destaca o importante papel desempenhado, durante tantos anos, por três dos seus integrantes "como verdadeiros e valiosos instrumentos de pacificação do território mineiro".
Januário Garcia Leal foi casado com Mariana de Oliveira, neta de dona Ignácia Lemos de Godoy, também encontrada como Ignácia de Lemos Oliveira e Godoy. Cf. http://br.geocities.com/projetocompartilhar/cap02IgnaciaLemosdegodoy.htm
OBSERVAÇÃO: não confundam com uma homônima que foi casada 2 vezes, e aparece no mesmo trabalho. Esta aparece casada com José Joaquim da Cunha, e esm estado de viúva, com Luiz Ferreira Rocha ou Roxa.
OBSERVAÇÃO: não confundam com uma homônima que foi casada 2 vezes, e aparece no mesmo trabalho. Esta aparece casada com José Joaquim da Cunha, e esm estado de viúva, com Luiz Ferreira Rocha ou Roxa.
Foi na fala de José Guimarães, na obra "As Três Ilhoas",p. 114/115 do v.I, que o Projeto Partilha encontrou o ponto de ligação com o povoador paulista, marcada pela presença de dona Maria da Costa Moraes, casada com Manoel Antonio Rates, do Sítio Cachoeira, no Ribeirão do Carmo. Diz ele ao se reportar ao emigrante açoriano: "Essa gente ordeira, laboriosa, profífera, antes ilhada nos Açores, não encontraria limites para sua expansão em terras brasileiras. Unindo seu sangue AO DOS PAULISTAS QUE POVOARAM AS MINAS GERAIS, transformaram-se em novos bandeirantes, passando seus ramos genealógicos de povoado em povoado. Obtêm grande número de sesmarias, onde estabelecem suas fazendas e fundam povoados e cidades. De São João del Rei, passam para Lavras, Aiuruoca, Baependi, Campanha, Caldas, Ouro Fino, Pouso Alegre, Cabo Verde, Jacuí, fundando nas suas caminhadas novas povoações. De Aiuruoca e de São João del Rei, passam para a região fluminense do Vale do Paraíba. Ultrapassam a fronteira paulista, sempre rumando para o Oeste, indo contribuir para o povoamento da região da Mogiana, onde se localizam em Casa Branca, Franca, Mogi-Mirim, Batatais, São João da Boa Vista, Espírito Santo do Pinhal, Mococa e tantas outras, que são as bases para novas avançadas pela região de Araraquara, Rio Preto, e por aí afora. Ribeirão Preto passa a ser a princesa do Oeste, embora fique ao |Norte geográfico de São Paulo, pois esses açorianos que passaram a ser mineiros caminhavam para o Oeste. As novas gerações são paulistas e serão goianas, mato-grossenses e paranaenses, pois, em sucessivas levas, os descendentes daqueles açorianos, atingem o verdadeiro oeste de São Paulo, chegam ao Sul de Mato Grosso e ao Sul de Goiás, e mais tarde colonizam o norte do Paraná".
Dr. Marcos Paulo de Souza Miranda lembra o escritor açoriano de angra do Heroísmo, Gervásio Lima, que "com grande orgulho e patriotismo escreveu que
Não há, em todo o vastíssimo território brasileiro, povoado algum, cidade ou vila, edificação, monumento, tudo que exija trabalho, esforço, energia, que não tivesse a construí-los, a cimentá-los, braços rijos de açorianos, suor, sangue, lágrimas, ossos, cinzas dos laboriosos filhos do Arquipélago". CF. p.13 da obra, Jurisdição dos Capitães.
Não há, em todo o vastíssimo território brasileiro, povoado algum, cidade ou vila, edificação, monumento, tudo que exija trabalho, esforço, energia, que não tivesse a construí-los, a cimentá-los, braços rijos de açorianos, suor, sangue, lágrimas, ossos, cinzas dos laboriosos filhos do Arquipélago". CF. p.13 da obra, Jurisdição dos Capitães.
Bartolomeu Bueno do Prado foi considerado um dos maiores sertanistas paulistas, foi capitão-mor ajudante nas minas do Jacuhy, e segundo informa o historiador Marcos Paulo, era ligado por laços de afinidade a família Garcia, diz ele: "Pedro Garcia Leal, parece que andou acompanhando as expedições de conquista". Pedro Garcia Leal é pai de João Garcia Leal, morador em São Bento do Campo Belo, e a vítima no episódio, cuja história é estudada em Jurisdição dos Capitães. O personagem central da obra é o capitão de Ordenança, Januário Garcia Leal, irmão de João. Bartolomeu Bueno do Prado, casado com dona Isabel Bueno da Fonseca, segundo Paulo Costa Campos, colaborador no Projeto Partilha, historiador e genealogista trespontano, é seu ancestral. Em sua obra "Dicionário Histórico e Geográfico de Três Pontas", p.28 diz:
"Bartolomeu Bueno do Prado era o mais temido capitão do mato, com grande experiência no combate aos quilombos. Nomeado "Governador-Comandante que vai para o do Campo Grande e mais sertões a destruir quilombos de negros fugidos ..." pela Câmara da vila de São João Del Rei, em 20 de junho de 1759, a fim de destruir os quilombos do Campo Grande (SC. 130, p.124, Arquivo Público Mineiro)".
Dona Isabel Bueno da Fonseca, mulher de Bartolomeu é filha de Francisco Bueno Feio e de dona Maria Jorge Velho. Na obra supra citada, Paulo Costa Campos esclarece, p. 27: "Capitão-Mor Francisco Luiz Bueno da Fonseca e Maria Jorge Velho".
Em Jurisdição dos Capitães, p. 30 lê-se: "Por volta de 1755, Bartolomeu passou para a região do Palmital, no sertão do Rio Grande, onde residia seu sogro. Naquele local foi buscado pelo governo mineiro para que chefiasse bandeiras contra calhambolas, pois granjeara grande fama nesse gênero de guerrilhas".
"Bartolomeu Bueno do Prado era o mais temido capitão do mato, com grande experiência no combate aos quilombos. Nomeado "Governador-Comandante que vai para o do Campo Grande e mais sertões a destruir quilombos de negros fugidos ..." pela Câmara da vila de São João Del Rei, em 20 de junho de 1759, a fim de destruir os quilombos do Campo Grande (SC. 130, p.124, Arquivo Público Mineiro)".
Dona Isabel Bueno da Fonseca, mulher de Bartolomeu é filha de Francisco Bueno Feio e de dona Maria Jorge Velho. Na obra supra citada, Paulo Costa Campos esclarece, p. 27: "Capitão-Mor Francisco Luiz Bueno da Fonseca e Maria Jorge Velho".
Em Jurisdição dos Capitães, p. 30 lê-se: "Por volta de 1755, Bartolomeu passou para a região do Palmital, no sertão do Rio Grande, onde residia seu sogro. Naquele local foi buscado pelo governo mineiro para que chefiasse bandeiras contra calhambolas, pois granjeara grande fama nesse gênero de guerrilhas".
Localização da fazenda onde morava João Garcia Leal, segundo o historiador Marcos Paulo, p. 73, citando Meirelles: " (...) fazenda denominada Campo Formoso, que se situava em território hoje compreendido pelo município de São Bento Abade.
Essa pitoresca localidade situada no Sul de Minas Gerais, vizinha do município de Três Corações, surgiu no cenário histórico mineiro em meados do século XVIII. Em 14 de agosto de 1752, o Capitão-General de Minas Gerais, José Antônio Freire de Andrade, atendendo ao que havia lhe representado o Pe. Bento Ferreira, concedeu-lhe uma gleba de meia légua em quadra ao peticionário. Na Sesmaria recebida o Pe. Bento constituiu a FAZENDA CAMPO BELO, onde edificou uma capela dedicada a São Bento, em torno da qual, tempos mais tarde, surgiu o povoado.
JOÃO GARCIA LEAL estava estabelecido naquela região, talvez explorando as terras de seu sogro NICOLAU MARTINS SALDANHA, sesmeiro nas cercanias do Rio Verde", terras dividindo com Antônio José Salgado e por outro com Antônio Fernandes.
Essa pitoresca localidade situada no Sul de Minas Gerais, vizinha do município de Três Corações, surgiu no cenário histórico mineiro em meados do século XVIII. Em 14 de agosto de 1752, o Capitão-General de Minas Gerais, José Antônio Freire de Andrade, atendendo ao que havia lhe representado o Pe. Bento Ferreira, concedeu-lhe uma gleba de meia légua em quadra ao peticionário. Na Sesmaria recebida o Pe. Bento constituiu a FAZENDA CAMPO BELO, onde edificou uma capela dedicada a São Bento, em torno da qual, tempos mais tarde, surgiu o povoado.
JOÃO GARCIA LEAL estava estabelecido naquela região, talvez explorando as terras de seu sogro NICOLAU MARTINS SALDANHA, sesmeiro nas cercanias do Rio Verde", terras dividindo com Antônio José Salgado e por outro com Antônio Fernandes.
Foto acima: Família de José Villela
Na ocasião, já viúvo ao centro.
Acima, da esquerda para a direita:
Antônio Ricardo Vilela (filho)
Antônio Rezende Vilela (genro)
Joaquim Pedro de Figueiredo (genro)
José Ricardo Vilela (filho)
Embaixo:
Maria Alexandrina de Rezende (filha) casada com Antônio Vilela de Rezende
juntamente com Marieta Vilela de Rezende
Ao Centro: José Villela (de Rezende)
Lado direito: Mari Ricardina de Rezende (filha) casada com Joaquim Pedro de Figueiredo e filhos do casal. Estes deixaram descendentes em Três Pontas.
Na ocasião, já viúvo ao centro.
Acima, da esquerda para a direita:
Antônio Ricardo Vilela (filho)
Antônio Rezende Vilela (genro)
Joaquim Pedro de Figueiredo (genro)
José Ricardo Vilela (filho)
Embaixo:
Maria Alexandrina de Rezende (filha) casada com Antônio Vilela de Rezende
juntamente com Marieta Vilela de Rezende
Ao Centro: José Villela (de Rezende)
Lado direito: Mari Ricardina de Rezende (filha) casada com Joaquim Pedro de Figueiredo e filhos do casal. Estes deixaram descendentes em Três Pontas.
Correção> digo: Maria Ricardina de Rezende
Foto acima: Família de José Villela
Na ocasião, já viúvo ao centro.
Acima, da esquerda para a direita:
Antônio Ricardo Vilela (filho)
Antônio Rezende Vilela (genro)
Joaquim Pedro de Figueiredo (genro)
José Ricardo Vilela (filho)
Embaixo:
Maria Alexandrina de Rezende (filha) casada com Antônio Vilela de Rezende
juntamente com Marieta Vilela de Rezende
Ao Centro: José Villela (de Rezende)
Lado direito: Maria Ricardina de Rezende (filha) casada com Joaquim Pedro de Figueiredo e filhos do casal. Estes deixaram descendentes em Três Pontas.