Os índios do Sertão foram, em sua maioria, encarados como inimigos e acusados de dificultarem o povoamento e desenvolvimento da região. Daí, segundo as autoridades, a necessidade de enviar algumas expedições para atacar suas aldeias e conseguir sua pacificação e aceitação dos ensinamentos de Deus, mesmo que à força.
Em Minas Gerais, durante o século XVIII, houve inúmeras expedições preparadas com este fim. Em 1734, uma bandeira liderada por Matias Barbosa e contando com 70 homens e 50 escravos, atacou grupos de Botocudos e “limpou” o Sertão Leste até as Escadinhas da Natividade. Nesta mesma região, foi fundado o Presídio do Abre Campo; em 1748, o coronel Antonio Pires de Campos criou vários aldeamentos de Bororós para controlar e atacar os Caiapós que circulavam na área; em 1769, Antônio Cardoso de Souza, recebeu do Conde de Valadares ordens precisas para a conquista do gentio nas imediações do Cuieté; em 1775, D. Antônio de Noronha, governador de Minas Gerais, decretou guerra aos Botocudos que atacavam o aldeamento do Pomba e atrapalhavam a conquista do Cuieté; em 1782, João Pinto Caldeira liderou uma expedição que tinha por objetivo liquidar com os quilombolas e os Caiapó que fossem encontrados no Campo Grande. (Diogo de Vaconcelos, op.)
As justificativas ideológicas para as expedições se pautavam na importância de colonizar e povoar o sertão a fim de desenvolvê-lo. Para isso, tornava-se necessário eliminar de uma forma ou de outra, a presença marcante dos grupos considerados hostis. Os índios mais “teimosos” em não aceitarem os contatos deveriam ser exterminados em nome de uma ocupação mais efetiva.
Estes índios não pacíficos poderiam também, segundo uma legislação que mudava constantemente, ser escravizados, desde que fossem respeitadas algumas condições. As principais eram provar que os índios em questão eram bravios, não aceitavam a catequização, atacavam os colonos e eram antropófagos. A estes deveria ser decretada a Guerra Justa.
Trecho de um trabalho de Marcia Amantino.
Texto Anterior: A ação civilizatória pombalina do indígena.
Comentários
HIPÓCRITAAAS!!!!!!!!!!!
queriam a submissão, isso sim!!!!!
NÃO DISTORÇAM A HISTÓRIA DO MEU PAIS!!
SUJOS!!!!!!!!
Prezado senhor anônimo, lamento que não tenha tido juízo de ler até o fim. A professora Amato é uma franca crítica da ação colonial de massacre aos índios.
Mas para perceber isso o senhor teria que ler o texto e se não fosse pedir muito... entendê-lo.