de: Lopes Machado
Como a festa da padroeira está chegando, já enviamos o presente. Pe. André, peço que o senhor possa recebê-lo em nome de nossa tradicional família. Fazemos esta oferta com muito carinho, e pedimos que a Virgem do Monte Carmelo olhe pelos nossos ancestrais e ilumine sua vida nos planos Divino. Eis o teor:
"Em 27/09/1867, diz José Celestino Terra na qualidade de procurador e zelador da Matriz de Nossa Senhora do Carmo que Manoel Vicente de Assis tendo feito uma olaria num cercado no terreno do patrimônio da Matriz desta freguesia, agora de próximo acha-se fazendo um valo por baixo das casas da rua de baixo e tem feito tanto a olaria como o cercado e valo sem consentimento de pessoa alguma. José Fernandes Avelino morador em sua fazenda da Saquarema e Antônio Dias Pereira de Oliveira, neste arraial da Caxoeira. Testemunhas: Francisco de Paula Cândido (1862 e 1878), Joaquim Pedro da Silva (1859), José Francisco Manço (José Francisco Manso), Francisco Lopes Machado, Joaquim Francisco Xavier, Thomé Ignácio de Souza, Domingos José de Oliveira e Francisco Nunes das Chagas."Fica, Manoel Vicente de Assis obrigado entupir os vallos que avia feito e retirar as cercas, que estão além da olaria; e tendo o mesmo direito de disfructar o lugar demarcado da maneira seguinte: principiando do lado da Ponte onde o Ribeirão fás uma volta que esta perto do forno, e desta volta em rumo direito a uma árvorezinha que se acha ao pé da estrada, contendo dizaseis e meias braças, lugar demarcado, e deste marco em Rumo direito a uma árvore de espinho, contendo de frente dizenove e meias braças, e por este abaixo athe onde teve principio esta demarcação; e ficando o mesmo obrigado a pagar a quantia de três mil e novecentos réis anualmente a beneficio da Matris, ficando o mesmo Assis, obrigado a pagar (...). Testemunhas presentes Antônio Dias Pereira e Oliveira e José Felizardo de Assis, moradores nesta freguesia. Eu Aureliano José Mendes, escrivão em 1/10/1867. Assina arrogo de Manoel Vicente de Assis, Francisco de Paula Cândido."
Assim, fica ofertado nosso presente.
de: projeto partilha
Nossos agradecimentos ao pessoal que nos auxiliou, e de forma voluntária repassou os preciosos dados. Eles vem nos mostrar nomes de antigos moradores, e até então desconhecidos da sociedade cachoeirense.
"José Rodrigues da Silva, 42 anos, casado, natural da freguesia do Carmo da Cachoeira, destricto do Carmo da Boa Vista, termo da villa de Lavras, comarca do Rio Verde, filho de Matheus Rodrigues da Silva e Mariana Mathildes, lavrador, em 08/06/1865 esteve presente a uma audiência Extraordinária. O Juiz de Paz presente foi Antônio Dias Pereira de Oliveira. O oficial de Justiça Luís Antônio da Silva. Estavam presentes também: Manoel Francisco Xavier, 70 anos, empregado na lavoura, natural e morador nesta freguesia, parente de José Rodrigues da Silva; José Joaquim Alves, 35 anos, empregado na lavoura, cazado, morador e natural desta freguesia; José Joaquim de Lima mais adiante citado como Joaquim José de Lima, 24 anos, natural e morador desta freguesia. Testemunha: Francisco de Paula Cândido, 22 anos, empregado público, natural da cidade de Ouro Preto, morador nesta freguesia. São citados ainda: José Felizardo de Assis; Francisco Godinho e Joaquim Pedro da Silva."
Comentários
Dêem uma olhadinha lá. Tem dados muito interessantes, ok?
Recebemos através de um colaborador o seguinte registro que trata de Domiciano Ferreira da Luz e sua mulher Maria Vitalina. Ele é neto materno de Escolástica Albernáz e Francisco de Oliveira Braga, filho do primeiro casamento de Francisco com Tereza. Segundo o que recebemos é o seguinte: "Escritura de compra e venda que fazem DOMICIANO FERREIRA DA LUZ e sua mulher MARIA VITALINA, no ano de 1859, na freguesia do Carmo da Caxoeira (...) FAZENDA DO RIO DO PEIXE". Diz que houverão de herança de seus finados pai e sogro DOMINGOS FERREIRA DO AMARAL e dona Tereza Cândida (esta é segunda filha do casal supra citado). Aparecem como testemunhas: Marciano Jozé da Costa e Jozé João da Silva, José Martins de Andrade e Fidellis da Luz. Assinado na FAZENDA DO RIO DO PEIXE, no ano de 1859. Escrivão MANOEL ANTONIO DE MELLO. Assina arrogo de Maria Vitalina, Honório Antonio Ximenes do Prado.
Obs. A grafia foi mantida conforme recebido.