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Compadrio liga o Sítio Cachoeira a Fazenda Congonhal.


Joaquina Maria da Costa e Maria da Silva Pereira, mulher de Francisco de Oliveira Galante são comadres.
Através dos dados oferecidos por Ari Florenzano, o professor Wanderley Ferreira de Rezende transcreve em sua obra alguns registros que marcaram as primeiras presenças em Carmo da Cachoeira – MG. Cita em 27 de janeiro de 1770 o batizado de Caetana, filha de Cipriana e neta de Manoel Antônio Rates e Maria da Costa Morais. Em junho do ano seguinte, o batizado de Manoel, filho natural de Joaquina, solteira, filha de Manoel Antônio Rattes e sua mulher, moradores do Sítio da Cachoeira. Os padrinhos de Manoel foram, Manoel Pereira de Carvalho e Maria da Silva Pereira, mulher de Francisco de Oliveira Galante. Neste último ato deu-se o compadrio entre Joaquina e Maria. Recorremo-nos da obra do genealogista Roberto Vasconcelos Martins para saber um pouco sobre a família de dona Maria da Silva Pereira. A resposta veio pelo estudo da árvore de Costado de Miguel da Silva Teixeira. Lá encontramos a família na Fazenda Congonhal, hoje São João Nepomuceno – MG. Buscamos também referências no inventário de Domingos Reis e Silva, arquivado no Museu Regional de São João del Rei, caixa 361, datado de 17/05/1785 e que teve como inventariante a viúva, Andressa Dias de Carvalho, que informa ter sido o falecimento de Domingos em 28/11/1783. Estão relacionados 13 filhos e 26 escravos. Neste estudo nos interessa os dados contidos às fls. 09 verso, sob o Título Bens de Raiz. A inventariante se refere a “esta fazenda” como sendo a Paragem do Pouso Real, na Aplicação da Capela de Nossa Senhora da Piedade da Vila de São João del Rei, como item 1. O item 2 constitue-se do seguinte: “Declarou ela dita inventariante haver outra fazenda composta de vários campos de matas virgens e capoeiras e sem casas de vivenda sita na Freguesia de Santa Ana de Lavras do Funil que parte de uma banda com a fazenda do Alferes José Joaquim Gomes Branquinho e de outra com Manoel Gonçalves Chaves, com a fazenda de viúva e herdeiros de Simão da Silva Teixeira e com Antônio Furtado e de outra com Manoel Antônio Rates e Manoel Ferreira Guimarães que foi vista e avaliada pelos ditos avaliadores na quantia de um conto e duzentos mil réis”. Consultamos também a genealogia da Família Reis, de autoria de José Ovídio Reis, nascido em 1917. Refere-se ele, à p. 24 de sua obra a Fazenda Couro do Cervo como sendo o berço dos descendentes do patriarca Domingos dos Reis e Silva, “localizada próxima à antiga estação da Ferrovia – Rede Mineira de Viação, Município de Carmo da Cachoeira – MG, a poucos quilômetros desta cidade. Nesta região, Domingos dos Reis ganhou uma sesmaria medindo meia légua em quadra, conforme cópia da carta de Sesmaria datada de 20 de novembro de 1776”. A p. 11 da 1ª edição da obra do professor Wanderley Ferreira de Rezende lê-se: “O Capitão Manoel dos Reis e Silva foi proprietário da Fazenda do Retiro, nome primitivo da Fazenda Couro do Cervo”. Na obra Carmo da Cachoeira origem e desenvolvimento 1ª edição, às fl. 9 está registrado o seguinte: Nem todas as povoações começam pela Capela, conforme diz Pedro Calmon e “quanto à origem de Carmo da Cachoeira, por exemplo, há várias idéias, nem todas muito de acordo com a tradição”. Após estes levantamentos iniciais ora apresentados pelo Projeto Partilha poder-se-a aprofundar estudos através de alguns nomes e famílias aqui citados. Os “Gomes Nascimento”, através de João Gomes Nascimento cuja família se entrelaçou com os “Gomes Branquinhos”, através de José Gomes Branquinho e sua mulher Ângela Ribeiro de Moraes, pais de José Joaquim Gomes Branquinho, da Fazenda Boa Vista. Conforme vimos no inventário de Domingos Reis e Silva um de seus confrontantes foi o sertanista mineiro Simão da Silva Teixeira, “com a fazenda de viúva e herdeiros de Simão da Silva Teixeira”. Essa referência diz respeito a noroeste da Sesmaria de Domingos, é a Fazenda Congonhal. Lá, e descendente desta família através de Miguel da Silva Teixeira, a comadre de dona Joaquina, filha de Manoel Antônio Rates. Além de comadre eram vizinhas.

Comentários

Anônimo disse…
Vamos ouvir de o que nos tem a contar o Dr. Ricardo Gumbleton Daunt sobre a "Fazenda Congonhal". "Dotado de grande vigor físico e de singular tenacidade para o trabalho, Diogo Garcia conseguiu acumular haveres que o habilitaram a tornar-se dono de terras férteis, mais tarde acrescidas de novas glebas, que formavam a fazenda Rio Grande e cujos milhares de alqueires atingiam a margem do rio de igual nome. A este digno varão muito bem se ajusta o conceito que, sobre o paulista, formava o Morgado de Mateus, governador de São Paulo, de 1755 a 1765: ("o seu coração é alto, grande e animoso, o seu juízo grosseiro e mal limado, mas de um metal muito fino; são robustos, fortes e sadios, e capazes de sofrer os mais intoleráveis trabalhos").
A sede do latifúndio do Rio Grande, que servia de grande pastoreio ao gado vacum, localiza-se hoje no povoado chamado CONGONHAL, distrito de NEPOMUCENO. Doente com "uma grande enfermidade", redige as disposições de sua última vontade na "fazenda do Rio Grande, onde é morador, aos 23 de março de 1762".
Diogo Garcia, casado com Julia Maria da Caridade era irmão de João Garcia Pinheiro (Cf. p. 26, em Jurisdição dos Capitães).
Segundo, Dr. Ricardo em sua obra, "O Capitão Diogo Garcia da Cruz", p.2, estudando o 14 filho de Diogo e Júlia, Mateus Luiz Garcia: "Das notas do seu casamento com FRANCISCA MARIA DE JESUS, filha legítima de JOSÉ MARTINS BORRALHO e TEODORA BARBOSA LIMA, realizado na Igreja Paroquial do arraial de Aiuruoca em 11 de julho de 1764, apenas consta, omitida a data, que foi batizado na Freguezia da Conceição de Carrancas, pertencente a São João d´El Rei.
Com trabalho persistente e honrado, formou a FAZENDA DO CONGONHAL, obtida por sesmaria, à margem do rio Grande, no antigo distrito de São João Nepomuceno, hoje simplesmente Nepomuceno, que pertencia a Lavras e de cujo povoado foi um dos fundadores.
Florenzano diz que o Capitão Mateus foi o primeiro a procurar e localizar-se naquelas paragens, então cobertas de florestas virgens e bafejadas por clima excelente, de solo ubérrimo e ótimas aguadas.
Morando, anteriormente, na Vila de Aiuruoca, onde se casou, permanece ignorada a data certa em que se mudou deste lugar para a região que seria, mais tarde, São João Nepomuceno, que foi elevada a categoria de vila em 1 de abril de 1841. Entretanto, sabe-se que o primeiro batizado dali realizado, diante de um altar portátil, foi no ano de 1783 e que o primeiro casamento celebrado data de 15 de julho do mesmo ano, sendo nubentes Miguel Teixeira da Silva, filho de Simão da Silva Teixeira e de Catarina Maria de Jesus, e de Maria Antônia dos Santos, filha de Ângela Dias Vidigal".
Anônimo disse…
Dr. Ricardo narra um episódio onde "tomaram parte no feito os capitães-mores Valentim José da Fonseca e Mateus Luiz Garcia". A p. 3 de sua obra expõe um bilhete de Mateus Luiz a seu primo Januário Garcia Leal. Está assim posto: "Primo amigo e Senhor.
É verdade que queremos arrazar as casas da praça, por isso vou rogar-lhe que não se intrometa nisso, quando não ..
Mateus Luiz".
E ficou só naquele "quando não", pois a noite marcada os capitães-mores, acompanhados de seus escravos, compareceram na cidade, armados de foices chuços, picaretas, etc., e arrazaram as casas construídas no largo. Depois, transportaram os destroços para o alto da cidade e ali, em franco desafio, ficaram a espera dos valentes, inclisive JANUÁRIO GARCIA LEAL.
A prudência parece haver aconselhado aceitar o fato sem maiores complicações, pois que o prórpio Januário Garcia, talvez em sinal de mudo e cauteloso protesto, transferiu sua residência para Mato Grosso, onde constituiu família".
Anônimo disse…
Teremos que continuar estudando um pouco mais a obra de Dr. Ricardo. Diz ele, p. 3, "Do inventário de Francisca Maria de Jesus, falecida em 1819 (Segundo Ofício, Lavras), constam os seguintes bens: 25 escravos, objetos de prata, cobre, ferro e terras no valor de Rs. 12:211#000, correspondentes, segundo cálculo de Arí Florenzano, a 600 alqueires.
A meação do viúvo, Capitão Mateus, importava em Rs. 7:217$137 O Capitão Mateus Luiz Garcia sobreviveu à mulher apenas cinco anos, vindo a falecer, aos 2 de outubro de 1824, na Freguezia de São João Nepomuceno. Do seu inventário, processado em 1827 (primeiro Ofício, Lavras, cada filho recebeu a legítima correspondente a Rs. 310$944".

Para complementar dados ver na página, FRANCISCA MARIA DE JESUS - Windows Internet Explorer, em http://br.geocities.com/projetocompartilhar/Icap04franciscamariadejesus.htm

Lembrete: Ao dar busca, ver a dona Francisca, casada com Mateus Luiz, filha de JOSÉ MARTINS BORRALHO E THEODORA BARBOSA DE LIMA. O Casamento se deu no ano de 1771. Observar que valor correspondente a herança de dona Francisca é muito maior daquela de seu marido Mateus Luiz, segundo Dr. Ricardo.
Anônimo disse…
Capitão DIOGO GARCIA DA CRUZ, na fala de Dr. Ricardo Gumbleton Daunt:

"Primogênito do Capitão Mateus Luiz Garcia, nasceu em 1772, uma vez que, nos assentamentos da "Lista dos Cidadãos da Reserva dos Guardas Nacionais", do Curato de São João Nepomuceno, em 9-12-1831, está, em companhia de seus irmãos Francisco Luiz Garcia, José Luiz Garcia, Domingos José Garcia e João Luiz Garcia, registrado com a idade de 59 anos.
Era casado com sua prima Inocência Constança de Figueiredo, filha do Capitão José Alves de Figueiredo, presente e estimado cidadão domiciliado em Dores do Pântano, hoje Boa Esperança, e de Maria Vilela do Espírito Santo, batizada em 4-11-1753, filha do Capitão Domingos Vilela, português, morador na região de Aiuruoca (Minas Gerais), onde foi pessoa de respeito, e de Maria do Espírito Santo, filha de Diogo Garcia e Júlia Maria da Caridade, tronco da numerosa família Vilela.
Pela relação dos "Guardas Nacionais" acima apontada, vemos que o Capitão Diogo Garcia da Cruz, em 1831, morava na ainda hoje existente FAZENDA DO PARAÍZO, na margem do rio Grande, propriedade agrícola pertencente à família GARCIA DE FIGUEIREDO.
Por compra a D. Tomaz de Molina, em 1833 e pela importância de Rs 12:462$000, tornou-se proprietário das terras da "Alegria", no Curato de São Bento do Cajurú, termo da vila de Franca do Imperador, antiga Franca d´El Rei, comarca de Itú, província de São Paulo.
É uma grande área compreendida entre o ribeirão das Areias, os rios Canoas e Pardo e ribeirão da Boiada e a serra da Borda da Mata".
Anônimo disse…
"Delfino de Souza, em 13/01/1858, morador no Distrito do Ingahy que vindo a negócio ao lugar denominado SOBRADINHO e ahi nos (...) apareceo JOSÉ DE TAL, filho de Guerino Ferreira(...). Assina arrogo de Delfino, Antonio Roiz da Silva". Esta comunicação recebida pelo Projeto Partilha levou-o a se recordar da obra "O Poço da Cobra Preta", de autoria do prof. Jaime Corrêa Veiga. 1976. Grasal - Gráfica Santo Antônio Ltda. Três Pontas-MG. Editor, o jornalista Francisco S. Silva. O prof Jaime, irmão de dona Neta(nome dado em homenagem a sua avó, dona ALEXANDRINA VEIGA, mãe de Clara). O prof Jaime nasceu na Fazenda União, em Nepomuceno e foi prof. em Carmo da Cachoeira. Estudioso e conhecedor do lugar onde nasceu e cresceu, o professor conta-nos sobre a compra do SOBRADINHO, pela família ANDRADE JUNQUEIRA, que é também "SOUZA". A referência está na p.36 de sua obra.
A Fazenda Porangaba, a que se refere o conto fica entre os municípios de Três Pontas e Carmo da Cachoeira. É assim que Jaime inicia sua história:
"A presente história remota a meus (parte danificada)anos.
Deu-se em fazenda próxima da de meus pai. A fazenda consta de uns trezentos alqueires de terras boas. Agricultura e pecuária bem manejadas. O proprietário Aurélio Souza, homem forte, mineiro da gema, vivia contente em seu mundo. Sua esposa, Helena Andrade Junqueira de Souza. Hilário Pereira, seu administrador, casado com Sunta Angelo, emigrante, após a guerra de 1914".
Anônimo disse…
O Projeto Partilha agradece a contribuição da família LOPES GUIMARÃES pelos seguintes dados: "Dizem dona Anna Cândida da Costa, Gabriel J. Junqueira, Cândida Bernardina de Andrade, José Martins de Andrade, Cândida Umbelina Branquinho, Marciano José da Costa, Antonia Bernarda Soares, sócios interessados na Fazenda denominada VARGEM DO RIO DO PEIXE do DESTRICTO DA BOA VISTA, em 4/4/1857, que achando-se a dita Fazenda por "indivisa", não ouvindo os suppicantes permanece em (indecifrável) comunhão com os mais sócios da mesma Fazenda que possuem muito menos parte. Requerem MANDAR CITAR os referidos sócios ten. Francisco Ignácio de Souza e sua mulher, Ignácio Lopes Guimarães e sua mulher, todos moradores neste mesmo destricto para a audiência reconciliar. Nomeiam capitão Manoel Ferreira Martins e o alferes Joaquim J. Pereira. Assinam: por mim e arrogo de minha May dona Anna Cândida da Costa o José Martins de Andrade. Cândida Umbelina Branquinho, Gabriel José Junqueira, Cândida Bernardina de Andrade, Marcianno José da Costa e Antonia Bernarda Suares.

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