Ao
Reverendíssimo Dom Diamantino Prata de Carvalho.
Digníssimo Bispo da Diocese da Campanha.
O “Conselho Paroquial Pastoral da Carmo da Cachoeira”, CPP, em reunião de estudos, reflete e discute a partir de algumas questões norteadoras.
São elas: Missão da Igreja, apreciação da realidade e discernimentos sobre os novos desafios. Em Carmo da Cachoeira optou-se por estes temas surgidos da 41ª Assembléia-Geral da CNBB, realizada em Itaici de 30 de abril a 9 de maio de 2003. Foi a reunião que traçou as “diretrizes” da ação evangelizadora da Igreja no Brasil e cujo conteúdo ainda não foi totalmente explorado.
Com o livro em mãos, lê-se a nota introdutória, (p.q.): “A Igreja inserida na história e atenta à realidade, mantendo sua identidade, procura discernir os desígnios nos sinais do tempo.” Foi a partir deste impulso que o Conselho reunido sintetizou sua percepção da “realidade” neste ano de 2008 em Carmo da Cachoeira. Foca sua reflexão em quatro pontos: “os medos”; “a reação das pessoas diante do risco”; “as incertezas”, e “a presença física do líder” como elemento atenuante e preventivo de manifestações de pânico. Interessante que as conclusões não diferem do que está sendo vivido e discutido pelas lideranças mundiais e do que se encontra descrito (p.34). Além de catástrofes climáticas e ecológicas, consequência da intervenção humana sem limites, agressiva ao meio ambiente, as catástrofes químicas e atômicas, o terrorismo.
Mesmo quem não se preocupa com esses fenômenos mundiais teme pelo seu posto de trabalho, pela insegurança de seu futuro, e pela violência cotidiana, inclusive dentro de casa.
Diante da percepção que existe uma situação geradora de incerteza dentro até mesmo de pequenos núcleos populacional, o Conselho entende a necessidade de se ter em presentes medidas de caráter preventivo que visem a tranquilizar as pessoas, no caso específico da Igreja – os fiéis. O líder local, ou seja, o pároco, que é Pastor de Almas, é a ele que as “ovelhas” ouvem, a sua linguagem é o elemento apaziguador. Não é com visão paternalista ou egocêntrica que discutimos a necessidade da presença do líder junto à sua comunidade. E dentro da vivência da vida cristã – o amor. Este amor que para se ver manifestado passa pelo crivo da percepção das reais necessidades de cada fiel: Não “saber pelos relatos”, mas “saber por ver”. Esta situação requer a “presença”. A presença que vela, que protege, que tranquiliza, que é reveladora.
Nós do Conselho, pretendemos manifestar nosso amor incondicional ao alertar sobre a sobrecarga que está refletindo no corpo físico de nosso pároco, em virtude de um contínuo período de exaustão pelo ir-e-vir em sua dedicação plena e constante a duas paróquias. O pároco que se ofertou em espírito para a vida de sacerdócio exerce sua missão com o corpo material, e este necessita de ritmo e do descanso mínimo necessário para poder apresentar o equilíbrio, a harmonia, a paz, a alegria, a serenidade em sua plenitude.
A consciência de que essa dupla missão está desgastando nosso padre, tivemos durante a realização da Semana Santa, quando tantas atividades conjuntas propiciaram diversos desconfortos aos fiéis, em questão de programação, horários, etc.
O padre André é possuidor de um espírito elevado de dedicação e sua lealdade ao Bispo impede-o de reclamar, muitas vezes de questionar, mas nós, sua comunidade paroquial, temos a obrigação de relatar ao Senhor Bispo que nos sentimos prejudicados, mais ainda agora que Deus levou o padre Bernardo.
Conhecendo nosso Bispo, sua sensibilidade e discernimento, propomos a V. Revma. Destacar outro padre para a comunidade paroquial de São Bento Abade, tomando a liberdade de reiterar que tanto os fiéis de uma como de outra paróquia terão a oportunidade de serem “melhores cristão se tiverem por perto o seu pároco, que melhor os orientará no discipulado missionário e seguimento de Jesus Cristo”.
Antecipando nossos agradecimento, desde já firmamos a presente carta pedindo mais uma vez a sua benção sobre a nossa comunidade paroquial.
Digníssimo Bispo da Diocese da Campanha.
O “Conselho Paroquial Pastoral da Carmo da Cachoeira”, CPP, em reunião de estudos, reflete e discute a partir de algumas questões norteadoras.
São elas: Missão da Igreja, apreciação da realidade e discernimentos sobre os novos desafios. Em Carmo da Cachoeira optou-se por estes temas surgidos da 41ª Assembléia-Geral da CNBB, realizada em Itaici de 30 de abril a 9 de maio de 2003. Foi a reunião que traçou as “diretrizes” da ação evangelizadora da Igreja no Brasil e cujo conteúdo ainda não foi totalmente explorado.
Com o livro em mãos, lê-se a nota introdutória, (p.q.): “A Igreja inserida na história e atenta à realidade, mantendo sua identidade, procura discernir os desígnios nos sinais do tempo.” Foi a partir deste impulso que o Conselho reunido sintetizou sua percepção da “realidade” neste ano de 2008 em Carmo da Cachoeira. Foca sua reflexão em quatro pontos: “os medos”; “a reação das pessoas diante do risco”; “as incertezas”, e “a presença física do líder” como elemento atenuante e preventivo de manifestações de pânico. Interessante que as conclusões não diferem do que está sendo vivido e discutido pelas lideranças mundiais e do que se encontra descrito (p.34). Além de catástrofes climáticas e ecológicas, consequência da intervenção humana sem limites, agressiva ao meio ambiente, as catástrofes químicas e atômicas, o terrorismo.
Mesmo quem não se preocupa com esses fenômenos mundiais teme pelo seu posto de trabalho, pela insegurança de seu futuro, e pela violência cotidiana, inclusive dentro de casa.
Diante da percepção que existe uma situação geradora de incerteza dentro até mesmo de pequenos núcleos populacional, o Conselho entende a necessidade de se ter em presentes medidas de caráter preventivo que visem a tranquilizar as pessoas, no caso específico da Igreja – os fiéis. O líder local, ou seja, o pároco, que é Pastor de Almas, é a ele que as “ovelhas” ouvem, a sua linguagem é o elemento apaziguador. Não é com visão paternalista ou egocêntrica que discutimos a necessidade da presença do líder junto à sua comunidade. E dentro da vivência da vida cristã – o amor. Este amor que para se ver manifestado passa pelo crivo da percepção das reais necessidades de cada fiel: Não “saber pelos relatos”, mas “saber por ver”. Esta situação requer a “presença”. A presença que vela, que protege, que tranquiliza, que é reveladora.
Nós do Conselho, pretendemos manifestar nosso amor incondicional ao alertar sobre a sobrecarga que está refletindo no corpo físico de nosso pároco, em virtude de um contínuo período de exaustão pelo ir-e-vir em sua dedicação plena e constante a duas paróquias. O pároco que se ofertou em espírito para a vida de sacerdócio exerce sua missão com o corpo material, e este necessita de ritmo e do descanso mínimo necessário para poder apresentar o equilíbrio, a harmonia, a paz, a alegria, a serenidade em sua plenitude.
A consciência de que essa dupla missão está desgastando nosso padre, tivemos durante a realização da Semana Santa, quando tantas atividades conjuntas propiciaram diversos desconfortos aos fiéis, em questão de programação, horários, etc.
O padre André é possuidor de um espírito elevado de dedicação e sua lealdade ao Bispo impede-o de reclamar, muitas vezes de questionar, mas nós, sua comunidade paroquial, temos a obrigação de relatar ao Senhor Bispo que nos sentimos prejudicados, mais ainda agora que Deus levou o padre Bernardo.
Conhecendo nosso Bispo, sua sensibilidade e discernimento, propomos a V. Revma. Destacar outro padre para a comunidade paroquial de São Bento Abade, tomando a liberdade de reiterar que tanto os fiéis de uma como de outra paróquia terão a oportunidade de serem “melhores cristão se tiverem por perto o seu pároco, que melhor os orientará no discipulado missionário e seguimento de Jesus Cristo”.
Antecipando nossos agradecimento, desde já firmamos a presente carta pedindo mais uma vez a sua benção sobre a nossa comunidade paroquial.
Comentários
O Projeto Partilha foi informado de que o grupo presente ao encontro onde foi entregue a refeirda missiva está elaborando um relatório sobre o encontro. O Sr. Coordenador do CPP nos adiantou que o encontro foi muito positivo e altamento esclarecedor. Colocou o grupo ciente da necessidade da participação efetiva do leigo. Um dos pontos mais fortes, segundo ele, foi a marca deixada por Dom Diamantino que com muita sinceridade e alegria mostrou seu enganjamento e luta por ver implantada em sua Diocese as decisões da V Conferência, ou seja, as propostas contidas no documento de Aparecida. Assim que o Projeto receber o relatório o divulgará. Aguardem, por favor.
2- A opção pelos pobres. É uma opção TRINÁRIA: É a opção do Pai(cf.Ê 3,7-10;20,2; Mt 11,25-26), do Filho, Jesus de Nazaré (Lc 4,16-21) e do Espírito Santo que envia Jesus para o meio dos pobres (Lc 4,18-19) e é a opção de Maria, a Mãe de Jesus (Lc 1,46-56).
3- A reafirmação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) como célula inicial de estruturação eclesial e foco de evangelização, sendo verdadeiras esvcolas que formam discípulos/as missíonários/as do Senhor.
4- O reconhecimento dos povos indígenas e afro-americanos.
5- O diálogo ecumênico e inter-religioso. "Que todos sejam um" (Jo 17,21).
6- O reconhecimento do papel da mulher na Igreja e na sociedade.
7- A volta do método VER-JULGAR-AGIR.
8- O desafio da construção de um continente de justiça e de paz como tarefa principal da política.
9- A busca da Integração dos povos da América Latina e Caribe, para a formação da Pátria Grande.
10- O cuidado com a natureza. Nos convida a sermos como São Francisco que soube louvar a nossa Irmã Mãe Terra.
11- "O trabalho é a chave essencial de toda questão social" (João Paulo II).